Jesus digno de confiança

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Ontem nós falamos sobre o encontro de Jairo com Jesus. Agora, Cristo se dirige à casa do chefe da sinagoga, que já O reconheceu como sendo Deus mesmo. Enquanto Jairo guia o Mestre, pelo caminho, algo acontece, que nos revela ainda mais sobre a pessoa do Senhor:

“E Jesus, levantando-se, o seguia, e também os seus discípulos. E eis que uma mulher, que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste; porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste, ficarei curada. E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã” (Mt 9:19-22).

O relato de Mateus aqui é bem mais resumido que o dos outros textos paralelos (confira Mc 5:24-34; Lc 8:42-48), e a reflexão sobre Jesus que eu gostaria de trazer hoje é, simplesmente, que Ele é digno de fé.

Jesus merece toda a fé que pudermos depositar nEle. Não há nada que mereça nossa fé tanto quanto Ele, e não há ninguém que possa receber toda a confiança, além dEle. Jairo tinha fé de que Jesus poderia ressuscitar sua filha, porque já havia visto Jesus curar, ou pelo menos ouvido relatos confiáveis. Nós também devemos crer em Jesus, porque o relato da Bíblia é confiável, dado por “testemunhas oculares” (Lc 1:2), coisas que foram investigadas desde sua origem, a fim de que tenhamos plena certeza das verdades que nos foram ensinadas.

Nós também devemos ter fé por causa da pessoa que Cristo é. Ele é uma pessoa com um caráter imaculado, santo, perfeito. Não há mancha na pessoa de Jesus. Não há nenhum traço que possa gerar desconfiança. Podemos confiar plenamente, entregando nosso caso a Ele e descansarmos por saber que, estando nas mãos dEle, o caso já está resolvido.

Jairo creu pelo testemunho, a mulher creu e Jesus era digno de confiança, porque ela foi curada. Agora eu gostaria de falar sobre no que podemos confiar a Jesus. Se Ele é digno de confiança, o que podemos confiar a Ele?

Certamente, todos os nossos problemas e aflições. Todas as nossas doenças e tormentos. Não porque, no mesmo instante, Ele nos curará. Talvez sim; mas talvez apenas naquele Dia em que formos revestidos de incorruptibilidade e imortalidade. Mas um dia certamente Ele enxugará toda lágrima dos olhos dos Seus. Podemos confiar, ainda que nos pareça demorado, porque é certo que Ele nos fará todo o bem que Ele mesmo deseja para nós.

Certamente podemos confiar que Cristo irá suprir todas as nossas necessidades. Isso não quer dizer que não precisamos trabalhar, mas sim que, mais do que o nosso patrão que paga o nosso salário, mais do que a nossa renda, mais do que um plano muito bom de gestão do nosso dinheiro, devemos confiar em Cristo para o nosso alimento, para as nossas vestes. É Ele quem sustenta todas as coisas vivas! Se Ele abre a mão, Suas criaturas se fartam de bens! Se, porém, fecha-nos a mão, já não existimos mais!

Mas, principalmente, devemos confiar em Cristo para a nossa salvação. Não somos bons, e precisamos que alguém perfeito, digno não só da nossa confiança, mas da confiança do próprio Pai, sim, o Seu grande e único Filho e herdeiro, é digno de toda a nossa confiança a fim de que sejamos salvos. Que o Senhor nos dê essa graça! Amém.