quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Jesus é bom!

Graça e paz, da parte de Deus, vos sejam multiplicadas! Hoje a postagem demorou um pouco para sair, pois não pude escrevê-la pela manhã, como é meu costume. Ainda bem que depende do Senhor, e não de mim, que vocês sejam edificados! Continuamos, como é de se esperar, no texto de Mateus 5:38-42:

“Ouviste o que foi dito: Olho por olho, denteo por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que demandar continugo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes”.

Algumas pesoas poderiam pensar que Jesus está louco, ao dizer estas coisas. Como assim, “não resistais ao perverso”? Devemos deixar as pessoas fazerem o mal para nós? Não seria justo nos defendermos? Não é bom que resistamos ao perverso, para impedirmos que ele faça mais mal ainda?

A verdade é que a justiça não está em reações enérgicas ao mal, mas no fazer o bem o tempo todo. Não sabemos realmente fazer o bem e, às vezes queremos ser compensados pelo mal que recebemos; achamos injusto ficarmos sem uma restituição. Mas a verdade é que podemos vencer o mal com o bem.

Podemos deixar que o perverso leve todo o nosso dinheiro; podemos deixar que nos processem e tirem as nossas coisas de nós; podem nos tratar mal com nosso consentimento mesmo. Porque se fizermos o bem a todas estas pessoas que nos fazem mal, se demonstrarmos tal caráter que não se abala com estas coisas, estamos agindo, assim, como Jesus.

Nosso Senhor conhece nosso coração muito bem. Não temos facilidade em recebermos o mal. Quem tem? Mas somos instruídos a vencer o ma com o bem. Fazer o bem, e não abrir processos judiciais, é o que produz a verdadeira vitória sobre o mal; é uma ação que nos dá muito mais do que aquilo que perdemos.

Nós temos um conceito de justiça que nos condena. Nós achamos que é justo que aquele que fez o mal a nós seja punido; já pensou se Deus resolvesse punir e negar o bem a todos que Lhe insularam, ou a todos os que fazem o mal? Nenhum de nós subsistiria!

Porque não sofremos, então o dano? Porque não vencemos o mal com um caráter como o de Jesus, que fazia o bem e tinha misericórdia? Porque não demonstramos menos apego às coisas dessa vida, e aproveitamos as circunstâncias que a Providência nos dá a fim de fazermos o bem mesmo na adversidade?

Se fôssemos realmente bons, faríamos o bem mesmo quando insultados, maltratados, roubados, forçados a trabalhos pesados. Porque se somos bons, isso independe das circunstâncias. Mas nós não somos bons; bom só é um que é Deus. Jesus Cristo é perfeito, bom em todo o tempo, e nós temos provado que o Senhor é bom mesmo. Que bom saber que Ele é tão diferente de nós!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Jesus e o juramento!

Graça e paz vos sejam multiplicadas! As misericórdias do Senhor, esta manhã, já foram renovadas! E agora, que Deus nos dê graça a fim de que possamos viver para o Seu inteiro agrado! Para isso, o Senhor precisa mudar nosso coração, coisa que não podemos fazer por nós mesmos, mas Ele, usando o bisturi da Sua Palavra, pode muito bem.

“Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jureis pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mt 5:33-37).

Apesar do que muitos pensam que Jesus diz nesse texto, Ele não está de fato proibindo o juramento, totalmente. Arthur Pink, em seu “An Exposition on the Sermon on the Mount”, comentando sobre esse texo, afirma que não é o juramento, mas o juramento falso, que nosso Senhor aqui condena. Isso é importante porque para conhecermos melhor o Cristo é necessário nesta passagem que saibamos o que Ele está ensinando.

Sabemos que o juramento, por si só, não pode ser pecado. “Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, é o fim de toda contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento” (Hb 6:13-17).

Da mesma forma, Sabemos que em Apocalipse 10:5, 6, um anjo jura, levantando a mão direita aos céus. Sabemos, do Velho Testamento, que Deus ordenou aos israelitas que jurassem em nome do Senhor. Então o que Jesus quer dizer nesse texto? E porque ele é tao parecido com outro, em Tiago 5:12?

Observe que Jesus e Tiago não proíbem o jurar em nome de Deus. Deus ordenou que os israelitas jurassem em Seu nome, no nome do SENHOR, porque só assim um juramento solene seria verdadeira garantia. Mas os intérpretes da Lei haviam inventado um recurso pelo qual eles poderiam anular seus próprios juramentos, enganando aos homens com juramentos falsos sem sentir remorso: ao invés de jurarem a Deus, juravam por parte da criação.

E é justamente isso que Jesus está condenando aqui, de duas formas: primeiro, mostrando que, ao jurar por qualquer coisa da criação, eles estão, na verdade e ainda assim, jurando por Deus; segundo, Ele não aceita juramentos mentirosos, porque assim as pessoas fazem o mau umas às outras. Se elas dizem sim, que seja sim! Se elas dizem não, então que seja não! Jesus está repreendendo, aqui, a mentira.

E quantas vezes nós não desejamos justificar nossas mentiras! Quantas vezes queremos mentir, ou já mentimos, mesmo por coisas pequenas, a fim de não termos problemas! Precisamos que as pessoas acreditem nas nossas mentiras, e por isso nos esforçamos em mentir bem, fingindo dizer a verdade! Não fazemos diferente das pessoas que Jesus está corrigindo aqui, e Sua correção serve para nós também, porque Ele conhece nosso coração. Que o Senhor mesmo nos transforme de glória em glória à imagem de Cristo! Amém!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jesus e o que faz pecar

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Temos estudado Mateus a fim de conhecer mais ao Senhor. Muitas coisas poderiam ser ditas sobre Seu ensino, e devem mesmo ser ditas, mas estamos nos concentrando em conhecer Seu caráter. Precisamos conhecê-lo para crescermos na fé! Precisamos conhecê-lo para imitá-lo e também para reconhecer nossa pecaminosidade e dependermos dEle!

“Ouviste o que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura no coração já adulterou com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno. Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério” (Mt 5:27-32).

Este texto da Bíblia nos mostra que Jesus é muito sério com o pecado. Diante das multidões, ensinando-as, pregando o Evangelho do Reino, não sabemos tudo o que Ele disse. Mateus talvez tenha resumido Seu ensino aqui, no sermão do monte. Esse é o Evangelho do reino? Esse é o ensino de Jesus? Então a nossa pregação é muito falha, porque é muito diferente disso!

Não podemos evitar perceber que Jesus não só tem um padrão de justiça mais elevado que o que nós inventaríamos, mas de que Ele, de fato, tem razão no Seu padrão. Se nós olhamos para alguém com intenção impura, isso já não prova que somos impuros? Se somos impuros, ainda que somente no olhar, será que a distância que há entre nós e alguém que adultera é assim tão grande como gostamos de pensar? Cristo aqui critica nossa própria consciência cauterizada, nossa própria vontade de que certas impurezas não sejam pecado para que possamos praticá-las. Mas Jesus está condenando essa impureza! Ele não deseja que vivamos nela!

A seriedade de Jesus é vista nessas palavras também: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno”. Jesus sabe aquilo que nos faz pecar. É a nossa impureza; nossos olhos estão cheios de adultério! Nós precisamos tirar de nós essa impureza, precisamos cortar e lançar fora o desejo de pecar, e os pensamentos sujos; temos de ter desgosto e não prazer em fazer aquilo que é mal. É isso que precisa ser retirado de nós, e isso faz parte da nossa natureza e da nossa cultura!

Triste homem que sou! Somente pela operação do Espírito, militando contra a carne, isso é possível. Não podemos produzir isso por nós mesmos; somente um milagre da parte de Deus pode nos fazer nascer denovo, novas criaturas, criados em Cristo Jesus.

Jesus também não tem medo de confrontar o ensino que largamente era apresentado em Seus dias. Os homens eram indulgentes com o próprio pecado, com padrões que eles mesmo inventaram. Mas Jesus apresenta o padrão real, aquele que é cumprido naturalmente pelo homem que, como Cristo, tem prazer no Senhor Deus, e está cheio do Espírito Santo.

Nós também temos de ser assim, nós temos de imitá-lo! Nós temos de estimar o Seu padrão. Que o Senhor Deus, o Seu Espírito, faça isso em nós, porque nós não conseguiremos jamais, está além das nossas forças! Amém!

domingo, 27 de novembro de 2011

Jesus condena o ódio!

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Nesse blog eu tenho estudado Mateus a fim de que conheçamos melhor o Senhor, e estamos no Sermão do Monte. Infelizmente, por falta de espaço e diferença de foco, passagens importantes e profundas dos ensinos de Jesus não podem ser estudadas a fundo, mas tenho a esperança de que algo do que se pode conhecer do Senhor, nestas passagens, seja ensinado a nós pelo Seu Espírito.

“Ouviste o que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferirum insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mt 5:21-26).

Jesus tinha um entendimento muito completo sobre o coração das pessoas, e sobre o propósito da Lei. As pessoas tendem a alterar o ensino da Palavra de Deus, da Lei de Deus, deixando-a ora mais fácil para tentarem justificar seus pecados, ora deixando-a mais difícil para condenar os outros. Jesus, porém, sabia que a Lei ia mais além e condenava o pecado de fato, isto é, proibia o amor ao pecado e qualquer coisa que nos levasse em direção a ele. Se não podemos matar alguém, então também não podemos desenvolver um sentimento ou provocar qualquer agressão que esteja na emsma direção do homicídio, ainda que seja um xingamento.

Nosso Senhor também sabia muito bem que a melhor forma de evitarmos qualquer ódio contra os que convivem conosco é buscando a reconciliação. Nós não queremos o mal do próximo nem fazer mal a ele, então nós devemos pedir perdão uns aos outros todas as vezes que cometermos algum mal, e tenhamos certeza de que fomos perdoados.

Observe a sabedoria de Jesus! Como Ele nos conhece tão bem! Nós muitas vezes somos tão indulgentes conosco mesmos que não queremos acreditar que uma agressão verbal seja coisa tão séria; nós somos orgulhosos demais para pedir perdão quando erramos. Nós muitas vezes teimamos em não resolver um conflito, pelo simples fato de termos certeza de estarmos certos. Mas isso não produz a justiça de Deus e, muitas vezes, essas atitudes só nos colocam em mais problemas. Jesus sabe que é assim.

Não somente isto, mas precisamos notar que o Mestre é realista com as circusntâncias da nossa vida. Quantas vezes você não pensou, talvez, em como seria bom que esta ou aquela pessoa estivesse morta? Olhe quanta maldade em nossos corações! Nós não levamos o desejo a efeito, mas talvez tenhamos sido corajosos o suficiente para xingar a pessoa, provocá-la. E tudo isso às vezes até por um mal-entendido!

Nós também muitas vezes não consideramos a importância de pedirmos perdão, ou buscarmos reconciliação, resolvendo um conflito. Quantas coias nós emsmos já peredmos com isso? Às Vezes é muito melhor resolver um conflito com um acordo do que judicialmente, porque ambas as partes podem perder muito. Melhor do que ir para a cadeia, é acertar as contas  e as partes darem-se por satisfeitas.

Jesus conhece nossos corações e, ao mesmo tempo, sabe que a Lei foi dada para nos fazer bem e nos instruir a fim de que vivamos vidas tranquilas no convívio com as outras pessoas. E quando ela diz, “Não matarás”, que nós sintamos culpa e tristeza por mesmo pensarmos na morte do próximo, que nós sintamos temor do julgamento de Deus quando mesmo agredimos com nossas palavras o nosso próximo. E que o padrão de Justiça do Senhor seja o nosso padrão, e não aquele que nós mesmos fabricamos. Amém!

sábado, 26 de novembro de 2011

Jesus e a Lei

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como tem sido sua semana? Como tem sido seu tempo com Deus? Espero que tenha sido ótimo. Oro para que você cresça no conhecimento de Jesus, ou venha finalmente a conhecê-lo! Hoje a Bíblia vai apresentar um Jesus exigente e categórico, sem meias-palavras:

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5:17-20).

Essas palavras de Jesus mostram-nosso quanto Ele estava consciente do Seu discurso, o quanto que Ele sabia que Suas palavras poderiam ser mal –interpretadas. E, de fato, foram. Ele disse que não veio revogar ou considerar inútil o Velho Testamento, e há pessoas, hoje, que consideram assim! Mas quantas coisas podemos aprender com aqueles textos! Quantas coisas aprendemos de Jesus aqui, ao olhar as profecias! Jesus sabia o mal que isso causaria, e por isso Ele foi bem claro: “Não penseis que vim para revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar [...]”.

Jesus conhecia bem os corações das multidões que O ouviam e que hoje leem o sermão do monte. Todos nós queremos um Jesus agradável à carne, que não é exigente, cujos mandamentos não são pesados. Mas Jesus exige que sejamos justos, muito justos. É verdade que Ele é gracioso, tendo morrido por nós e ressuscitado; é verdade que Ele perdoa todas as nossas iniquidades; mas Ele também é exigente e deseja que sejamos tão justos quanto Ele é.

Não podemos ter um conhecimento correto de Jesus se acreditamos que Ele é só misericórdia e não é santidade! Que Ele é gracioso mas não o Juiz de vivos e mortos! É impossível ter um conhecimento correto de Jesus se cremos que Ele nos perdoa mas não cremos que Ele exige de nós obediência e justiça perfeitos, que só Ele pode produzir em nós mesmos! Se alguém não crê assim, não crê que Jesus tem um padrão d exigência impossível de cumprir-mos, como essa pessoa buscará ao Senhor a fim de que receba graça e Deus cumpra nela a justa demanda de Cristo?

Nosso Senhor não usa, aqui, palavras ambíguas. Sabemos exatamente o que Ele disse. A questão é: queremos que Ele tenha dito estas coisas? Queremos um Jesus que aponte para a Lei? Queremos um Jesus que nos exija uma justiça tão perfeita? Mas não pode ser diferente, porque Jesus é assim: Ele, sendo Deus, tem um padrão de justiça perfeito. Seu caráter não permite que demande nada menos de nós.

Senhor Deus, perdoa-nos quando não permitimos o Senhor ser quem você é. Perdoa-nos por sermos tão coniventes com o nosso próprio pecado, mesmo torcendo ou rejeitando a Sua Palavra para isso. Ajuda-nos, Senhor, a vivermos para o Seu inteiro agrado, porque se o Senhor não fizer, jamais seremos aquilo que você deseja que sejamos. Em nome de Jesus, amém!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jesus sal e luz

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Hoje está um dia lindo aqui em Belo Horizonte. Deus faz nascer o Seu sol sobre bons e maus, e descer a Sua chuva sobre justos e injustos. Estamos quase chegando nesse texto, em Mateus! Agora estamos no capítulo 5, versos 13 a 16:

“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.

Como nas bem-aventuranças, Jesus está apresentando um caráter que Ele mesmo aprova, e que claramente se refere a Ele mesmo. O sal certamente faz muita diferença nas nossas vidas, todos os dias. Nosso Senhor Jesus também! Não passa um dia sequer em que não provamos a Sua bênção, ou a Sua provisão. Talvez não a percebamos facilmente, mas Ele nos protege de perigos que nós mesmos desconhecemos.e Ele tem misericórdia de nós e não somos consumidos. É Ele quem nos dá a vida, respiração e tudo mais, e sustenta todas as coisas criadas.

Ele também é luz. Era impossível esconder Jesus: as multidões o estavam procurando sempre; Ele fazia o bem por onde passava, e as pessoas notavam isso. Era tão difícil esconder Jesus das pessoas quanto esconder uma cidade edificada sobre uma montanha!

Ele também pregava o Evangelho a toda parte. Sabemos que, no primeiro século, o termo “ser iluminado” significava ter ouvido o Evangelho, significava que o Evangelho havia sido eexplicado para aquela pessoa. É nesse significado que muitos textos do Novo Testamento se encaixam, quando se referem à luz. Cristo fazia a diferença porque a Sua mensagem era o Evangelho, que resplandecia sobre os homens!

Mas Jesus não está dizendo, nesse texto, assim como nas bem-aventuranças, “Eu Sou”, mas “vós sois”. Cristo afirma que nós somos assim, e devemos nos comportar de acordo. Jesus é sério quanto ao Seu critério: Ele deseja discípulos que O imitem, que sejam como Ele. Não poderia ser diferente, pois Ele mesmo diz: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre” (Mt 10:24). Nós temos de ser como Ele, não por outro motivo senão que Ele é nosso Mestre e aprendemos dEle. E certamente seremos como Ele!

Nós devemos ser como Ele a fim de cumprirmos um propósito:  “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. As pessoas devem conhecer nosso caráter, que se reflete em tudo que fazemos. Se temos o caráter de Cristo, faremos obras semelhantes às dEle. Faremos coisas boas! E isso a fim de que o Evangelho seja conhecido verdadeiramente pelas pessoas, e elas então sejam convertidas e salvas!

Muitas pessoas dizem que a melhor forma de pregar o Evangelho é pelas boas obras. Deixe-me dizer que Satanás é astuto o suficiente, e sendo o mentor daqueles que vivem na desobediência, influencia as pessoas que agora não creem. Então quando elas virem você vivendo uma vida pura e santa, é bem provável que Satanás “sugira” a essas pessoas que zombem de você. Ou talvez ele “explique” que você não tem os problemas que elas teem, e ele cega o entendimento dos incrédulos, a fim de que a luz de Cristo não resplandeça em seus corações.

Mas se você abrir a sua boca e pregar, com um testemunho fiel de boas obras, a pregação sendo como uma chama de luz, a fim de que tudo se torne claro, então você estará agindo como Jesus. Ele não se contentou em uma vida perfeita, senão que também pregava o Evangelho e ensinava às pessoas. Que o Senhor mesmo nos dê forças, porque nós mesmos não faremos isso sozinhos. Amém! 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Felizes como Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Com o objetivo de conhecer mais ao Senhor, estamos estudando Mateus. Já chegamos ao capítulo 5! Esse capítulo é o começo do famoso Sermão do Monte, que vai do começo do capítulo 5 até o final do capítulo 7. Nele, podemos conhecer o ensino de Jesus mais profundamente, e conhecê-lO melhor também!

“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que chora, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5:1-12).

O texto nos informa que Jesus viu as multidões; sabemos que esse “ver” não foi uma simples olhada, porque assim que Jesus as viu, resolveu que iria ensiná-las algo. O Senhor, que sonda os corações, que sabe o que passa no íntimo do nosso ser, que sabe quando nos levantamos e quando nos deitamos, esse Senhor viu as multidões. Ele viu a tristeza e a alegria de cada um, viu a esperança que depositavam nEle, por Ele ter curado tantos. Viu também o coração corrompido deles, e soube quais palavras deveria dizer.

O Mestre, então, começa a ensinar aquela multidão. Que precioso termos um relato tão completo do Seu ensino! Imagine-se em um monte, agora; imagine-se cercado de uma multidão, de multidões de pessoas, todas em silêncio, porque Jesus vai falar. Ele começa, dizendo palavras doces, sobre as pessoas que são realmente felizes. Não entendemos no começo, mas aos poucos fica mais claro o que Ele quer dizer.

Jesus afirma que os bem-aventurados são pessoas humildes, choronas, mansas, com um sentimento quixotesco de justiça, pessoas que perdoam, inocentes, pacíficas. Jesus diz que as pessoas felizes são aquelas que sofrem porque fazem o bem. Essas pessoas são realmente felizes, porque, na realidade, elas são muito parecidas com Cristo mesmo. Elas são felizes porque conhecem Jesus de verdade, porque vivem como Ele viveu.

Sua humildade ao obedecer ao Pai e vir; Sua angústia e tristeza por nossa causa e por causa do sofrimento que iria enfrentar. Ele é manos e humilde de coração. Ele prega uma justiça que nenhum de nós consegue alcançar sozinho, de sermos perfeitos como o Pai celeste. Quanta misericórdia nos Seus atos! Todas aquelas curas, todas as palavras de conforto! Toda a pureza do Seu coração que se revolta contra o pecado! Ele fez a nossa paz com Deus pelo Seu sangue! Ele foi odiado e rejeitado por todos, perseguido e morto como os profetas antes dEle, apesar de viver de forma perfeita e justa!

Bem-aventurados somos nós porque temos a Bíblia e podemos conhecer mais a Jesus. Bem-aventurados somos nós porque o Seu caráter pode ser conhecido quando nós mesmos vivemos com esse caráter. Quando imitamos corajosamente a Jesus, passamos a conhecê-lo melhor, e somos, realmente, bem-aventurados! Que nós possamos ser como Ele, transformados por Ele, reconhecendo que Ele está em nós. Senhor, o Senhor fará isso por nós! Amém!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Jesus, Jesus!

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Que o Espírito desvende nossos olhos e nós possamos contemplar a glória do Senhor mais esse dia! Hoje eu vou falar de Mateus 4:23-25, então vamos ler o texto:

“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensiando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouzeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam”.

Jesus tinha um ministério itinerante: Ele não ficava muito tempo no mesmo lugar. Aqui, ele ainda está morando na Galiléia, mas percorre toda a região. Ele sabia que a sua missão não seria cumprida se Ele ficasse parado! Como nós temos de aprender com a diligência, com o esforço do nosso Senhor!Missionários deveriam cruzar o mundo, mas muitos de nós cruzam os braços, para sequer ajudar, e eles vivem de esmolas. Se ao menos considerássemos o quanto eles são parecidos com Jesus, o quanto eles tem a nos ensinar!

Nosso Senhor percorria a Galiléia ensinando nas sinagogas. Ele era um professor. Quão bom deve ter sido para aqueles que O ouviram! Ele não hesitava em ensinar aquilo que Ele mesmo sabia, mas, como professor, usava uma linguagem que até uma criança pode entender. Tanto isso é verdade que hoje nós ensinamos Suas palavras às crianças nas igejas e elas aprendem, porque Cristo é um ótimo professor, que deseja que todos aprendam o que Ele precisa nos ensinar.

Além de ensinar, Jesus também pregava o Evangelho do reino. Ele sabia qual era Sua missão muito bem, e não hesitava em cumpri-la. Deus havia determinado desde o princípio que Jesus iria restaurar a descendência de Abraão, iria levar o Seu povo escolhido a obedecê-lo novamente. Nós, os vermezinhos de Jacó, não precisamos temer, pois Deus disse: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porqueeu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41:10). E para isso Jesus precisava pregar o Evangelho. Ele não deixaria de fazer aquilo que Ele mesmo havia proposto desde o começo.

Mas a maior parte do nosso texto é gasta com o poder de Jesus de curar as enfermidades e tormentos. Esse texto confirma que Jesus, tendo ido morar em Cafarnaum, realmente cumpriu as profecias: antes, um lugar desprezado em Israel, por causa dos gentios que moravam ali; agora, um lugar glorioso, com um grande Mestre indo por toda parte, ensinando, pregando e, para o espanto de todos, com poder de curar todos os doentes! Até da Síria os enfermos vem, porque Jesus pode curar a todos com a mesma facilidade!

Isso acontece até hoje em nossos dias: as pessoas muitas vezes consideram mais o poder de Jesus de curar enfermdiades do que de curar a alma. Quando Ele ensinava e pregava o Evangelho, não era exatamente isso que estava acontecendo? Quando lemos Sua palavra, Deus não nos abençoa? Jesus curou a todos naqueles dias na Galiléia, é verdade, mas houve dias que Ele não fez muitos milagres. Se o assunto, porém, é ensino, Ele nunca deixou de ensinar; Seus lábios estavam sempre pregando também.

Como Jesus é maravilhoso! Incansável professor e pregador, atento a cumprir Sua missão, e abençoa o povo com a cura de suas doenças! Ele nos ensina até hoje, e também é Ele quem deve pregar o Evangelho. Ele pode realizar curas agora tanto quanto antes; mas busque a Ele, Seu caráter; imite-o, e você irá descobrir bênçãos muito maiores!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como não seguir a Jesus?

Graç a e paz a vós outros da parte de Deus Pai! Louvado seja Deus por causa de Jesus Cristo, que nos derrama continuamente todas as bênçãos espirituais que necessitamos! Hoje eu vou continuar a estudar Mateus, a fim de que possamos conhecer melhor o Senhor Jesus!

“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescdores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Passando adiante, viu ouros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram” (Mt 4:18-22).

Mateus apresenta rapidamente o chamamento de Jesus, e vamos respeitar sua escolha por essa apresentação. Quem quiser saber em maiores detalhes, porém, recomendo a leitura de Lucas 5:1-11.

Jesus escolhe nesse texto quatro pescadores para O seguirem. Cristo estava começando Seu ministério. E Ele não escolheu estudantes das sinagogas, apesar de sabermos que Ele pregava nas sinagogas (confira Lc 4:14-16, 31, 42-44, que vem antes de Lc 5:1-11, do chamamento dos discípulos). Ele não escolheu discípulos como os fariseus ou saduceus o fariam. Ele não escolheu sacerdotes, ainda que houvessem religiosos sinceros mesmo nessa época. Ele escolheu pescadores, homens que não iriam resistir ou fazer objeções complicadas ao ensino de Jesus. Jesus foi sábio ao escolher Seus discípulos também porque aquela era uma região costeira. Era como se Ele estivesse dizendo: “Todos podem ser meus discípulos, até as pessoas mais comuns”!

Ouça Jesus falando com Pedro e André: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Pedro e André eram pescadores e devem ter entendido essa fala muito bem. Jesus ia os apresentar a um novo ofício, superior ao da pesca, mas ao mesmo tempo, similar. Observe quanta sabedoria tem o Mestre Jesus, capaz de ensinar coisas espirituais, como a pregação do Evangelho, com uma pequena frase! Ensinar que depende dEle o resultado dessa pesca (confira Lc 5:1-11), que devemos lançar nossas redes aonde Ele mandar!

Observe também o poder do chamamentod e Jesus, a força da Sua fala. Ele é o verbo, como sabemos do Evangelho de João: nada existe sem que Ele tenha dito, e a Sua palavra tem poder para ordenar ao nada, Haja luz, e o nada vira luz! Assim também, Ele diz aos pescadores: “Vinde após mim”, chamando-os, e eles deixam tudo e o seguem. Pedro resiste seguir Jesus, e diz ao Senhor: “retira-te de mim, porque sou pecador”; mas o Verbo encarnado diz a Ele: “Vinde após mim”, e Pedro nunca mais sairá de perto de Jesus!

Quanto medo e admiração esses discípulos tinham de Jesus! Mas o Seu chamado é doce e agradável; é irresistível, porque é cheio da graça de Deus. Um dia, eu também fui chamado de forma irresistível, e foi então que eu cri no Evangelho; a doce voz de Jesus me dizia, “Vinde após mim”. Você, que confia nEle, também deve ter ouvido Sua voz. E você, que não crê ainda, o Senhor, soberano do universo, Rei eterno, Deus forte, inclina-se para falar ao Seu ouvido e lhe dizer, “Vinde após mim”. Como não seguir a Jesus?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Jesus fugiu!

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Estamos lendo Mateus, com o objetivo de conhecer mais o Senhor Jesus. Já estamos no capítulo quatro, e leremos hoje dos versos 12 a 17:

“Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, alé do Jordão, Galiléia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu uma grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. Daí por diante, passou Jesus a pregar e dizer: Arrependei-vos; porque está próximo o reino dos céus”.

A primeira coisa que salta aos olhos é que Jesus, ao saber da prisão de João, fugiu. Ele havia acabado de vencer Satanás e suas tentações, mas porque João foi preso, ele foge!  Uma das tentações era justamente se por em perigo sem motivo, e Jesus respondeu, dizendo: “Não tentarás o Senhor, teu Deus”. Só podemos concluir que o Senhor Jesus obedeceu ao mandamento, não se colocando em risco voluntariamente, mas se entregando à vontade de Deus.

Isso é confirmado por mais uma profecia que se cumpre, agora em Isaías, capítulo nove. Nós já vimos essa profecia antes, lembram? Nos versos 6 e 7, mas agora percebemos os versos 1 e 2:

“Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas nos último, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Is 9:1,2 vale a pena conferir até o verso 7).

Mais uma vez, o escritor de Mateus apresenta Jesus como sendo especial. A genealogia dEle tem seu ápice, seu clímax não em Abraão ou Davi, mas nEle mesmo. Sua família se muda por causa dEle, para cumprir profecias sobre Ele e revelar Sua pessoa. João mesmo admite que Jesus é muito superior a ele. E, de fato, não poderia ser de outra maneira. Agora, Jesus vai para Cafarnaum para cumprir uma profecia que revela novamente quem Ele é, e ao mesmo tempo torna o lugar tão especial!

Jesus é essa luz que resplandece sobre as pessoas de Zebulom. Porque Ele está ali, as coisas agora são diferentes: se antes viviam em trevas, agora veem a luz; se antes eram desprezíveis, agora exultam de alegria e glória. Quanto mais a nós! Se Cristo está conosco, quão especiais nós somos, não por algo achado em nós mesmos, mas porque Ele ilumina e glorifica todas as coisas!

Observe, porém, como Ele o fez: Ele passou a pregar arrependimento e o reino dos céus. Jesus, nosso Senhor, era sério com relação à justiça de Deus. A verdadeira luz revela toda a podridão dentro de nós, e confronta nosso pecado com Sua pureza (confira I Jo 1:5-10). Jesus sonda nossos corações, e confronta nosso padrão medíocre e desprezível com Seu caráter glorioso e incomparável!

Que nós possamos nos regozijar com isto, que Cristo nos dá luz, e nos torna especiais por termos a Ele, e Ele a nós. Que possamos aprender a Sua sabedoria, e a obedecer em tudo às Escrituras. Que sejamos sensíveis a fim de fazermos toda a vontade de Deus, como nosso Mestre. Amém!

domingo, 20 de novembro de 2011

Jesus sendo tentado

Graça e paz a vós outros da parte de Deus Pai! O conhecimento do Senhor Jesus é maravilhoso, e todas as outras coisas perto desse conhecimento são como nada (confira Jo 17:3, Fp 3:8-11). Hoje veremos Jesus enfrentando o próprio diabo. Vamos não só aprender com Seu exemplo, vamos descobrir algo de Seu caráter!

“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e, Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram” (Mt 4:1-11).

Não é à toa que a Escritura diz que Jesus foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado (Hb 4:14-16). Por isso mesmo, podemos nos achegar a Ele para buscar graça e misericórdia: porque Ele se compadece de nossas fraquezas! Jesus precisava ter sido tentado, a fim de que tivéssemos nEle a referência de como lutar contra o pecado, e ao mesmo tempo, a fim de que não duvidássemos de que Deus o soubesse, melhor do que nós. Se Jesus não tivesse experimentado nenhuma tentação, talvez nós não levássemos tão a sério a luta contra o pecado. E certamente Ele não poderia nos substituir naquela cruz, porque Ele só poderia morrer por aqueles que não houvessem sido tentados, se Ele mesmo não houvesse sido.

Nosso Senhor lutou contra o pecado. Todos nós lutamos contra o pecado! Mas Ele, sendo tentado à nossa semelhança, não caiu, nem tropeçou. O que quer dizer que Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, senão que a tentação, sobre Ele, tinha a mesma intensidade que sobre nós? Se Ele reistiu, não foi porque Sua tentação foi mais fraca. Pelo contrário: quantos de nós podem dizer que são tentados pelo próprio Satanás? Ele resistiu porque Ele é santo, Ele é Justo. É o Seu caráter de retidão e integridade que o fez resistir as tentações, mesmo no deserto, onde apenas o Pai estava vendo.

Observe também que Jesus é levado ao deserto para ser tentado, no entanto, Ele não é tentado imediatamente. Por um espaço de quarenta dias, Jesus espera ser tentado, em jejum. A prática do jejum é importante porque estamos afirmando que precisamos mais de Deus do que do alimento. Estamos dizendo, como Jesus: “Nem só d epão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Nós precisamos praticar a disciplina do jejum também para vencer o pecado: Jesus esperou a tentação e venceu o próprio Satanás, porque estava em jejum.

Jesus também responde às tentações usando a Palavra de Deus. Isso é muito impotante para nós. Há muitas pessoas que debatem e questionam hoje a validade da Bíblia, a sua relevância, se devemos levar a sério o que este ou aquele texto diz. Há pessoas que dizem que o Velho Testamento não serve para nós hoje. Mas vemos aqui Jesus usando o Velho Testamento para triunfar sobre o pecado! Amados irmãos, vamos empunhar a Espada do Espírito: nós devemos memorizar versículos, como Jesus, para que, quando as tentações aparecerem, nós possamos resistir e vencer!

Obrigado, Senhor, pela Sua reitdão, justiça, e santidade. Obrigado por ter vencido o pecado e todas as tentações. Que nós possamos aprender a resistir também, por amor ao Seu nome, e ao Seu caráter. Nos guarda de tropeçar. Em nome de ti mesmo, amém!

sábado, 19 de novembro de 2011

Jesus é batizado

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Até agora no Evangelho segundo Mateus temos visto a divindade de Cristo manifesta no cumprimento das profecias. Sabemos também que Ele é o Messias, o SENHOR Justiça Nossa, o Pastor das ovelhas e Rei eterno. E estamos apenas terminando o terceiro capítulo!

“Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:13-17).

Até agora, a história de Jesus tem sido contada como um acontecimento distante dEle mesmo, onde Ele assiste passivo ao que acontece, mas aqui Ele mesmo toma a iniciativa, aqui Ele passa a ter voz. Aqui temos o encontro de Jesus com João. João reconheceu Jesus, não nos é contado como aqui, mas provavelmente deve ter sido da mesma forma que quando ele e o Senhor “se encontraram” pela primeira vez (confira Lc 1:39-45). João reconhece o Senhor, reconhece Sua autoridade e superioridade. João era um mestre; mas Jesus era o Messias, o Deus encarnado.

João insistiu que Jesus é quem deveria o batizar. Mas nosso Senhor fez questão de ser batizado. Porque? Porque assim convinha “cumprir toda a justiça”. João batizava para arrependimento, com água. A fim de ser totalmente Justo, cumprir toda a Justiça, Jesus precisava ser um exemplo para todos. Se Ele não se batizasse, se Ele recusasse reavaliar Sua própria justiça, ainda que perfeita, nós que não somos perfeitos talvez não o fizéssemos também, e nós dificilmente cresceríamos em justiça se não estivéssemos dispostos a nos arrepender. Ele se batizou, a fim de que a nossa justiça, e não a dEle, fosse aperfeiçoada.

Jesus se identificou conosco em todos os momentos da nossa vida. Ele até se identificou com a nossa morte e nosso pecado, ao morrer por nós. E aqui, Ele se batiza a fim de que o nosso batismo também tenha real significado, a fim de que seja eficiente, sendo o sinal de real arrependimento, e união com Ele no Seu batismo na terra, Seu sepultamento. Ele precisava se batizar, não por Si mesmo, mas por nós, para cumprir toda a justiça por nós!

Assim que o Senhor saiu das águas, os céus se abriram e o Espírito de Deus desceu sobre Ele como uma pomba. É até desnecessário dizer que Jesus já tinha o Espírito de Deus em Si mesmo. Mas esse era mais um sinal, de que Jesus era o Ungido de Deus. No Velho Testamento, era normal que apenas poucas figuras importantes tivessem o Espírito de Deus, como Moisés, ou Samuel, Davi, e os profetas. Isso queria dizer que Jesus havia recebido de Deus uma missão especial para cumprir, e o Espírito sobre Ele era não só para indicar isso, mas também para protegê-lo e capacitá-lo.

Por último, temos o próprio Deus Pai falando com Jesus. Jesus é o Filho amado de Deus! Ele é o Filho que Lhe dá todo o Seu prazer! O Senhor Jesus não é mais um homem habilitado pelo Espírito, mas o próprio Deus, gerado por Ele! Se os profetas foram ouvidos, quanto mais merece ser ouvido o Senhor Jesus! Moisés disse: “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (confira Dt 18:15-19). Se Moisés era ouvido pelo Seu povo, quanto mais o Cristo!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O discurso de João Batista

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Espero que todos estejamos crescendo no conhecimento do Senhor Jesus Cristo, essa é a minha oração por vocês! A leitura de Mateus continua, no capítulo 3, versos 1 a 12:

“Naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama do deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Usava João vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro; a sua alimentação era gafanhotos e mel silvestre. Então saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada ao fogo.

Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A sua pá ele a tem na mão, e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo inextinguível”.

E mais uma profecia! De verdade, se alguém deseja conhecer a Cristo, não deve se limitar ao Novo Testamento, mas deve conferir aquelas profecias maravilhosas do Velho Testamento que se cumpriram quando Ele veio. A profecia sobre João Batista está em Isaías 40:3, mas ela também fala do Senhor Jesus:

“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro da mão do SENHOR, por todos os seus pecados. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplainados. A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse” (Is 40:1-5, vale a pena conferir até o verso 11).

Essa é uma profecia sobre João Batista e também sobre Jesus. João Batista, e o seu próprio ministério, eram um indicador de quem era Jesus! Ele era o SENHOR que viria e manifestaria a Sua glória entre todos!

João Batista dá um discurso bem duro nos fariseus e nos saduceus. As pessoas iam se batizar com João, sinalizando seu arrependimento, e confessando os seus pecados. João provavelmente ouviu as confissões de muita gente, e desses religiosos também. Ele sabia quem eles eram, e sabia da hipocrisia deles. Mas o seu discurso fica ainda muito mais sério quando ele fala de Jesus.

João provavelmente sabia das profecias a respeito de si mesmo, porque seu próprio pai, Zacarias, conhecia bem as Escrituras e era sacerdote no templo (confira Lc 1:5-79). Ele sabia quem ele era e sabia que o SENHOR Deus viria depois dele. Ele reconhecia que Jesus viria para consertar todas as coisas, julgar todas as coisas, fazer com o que é dEle uma limpeza completa: recolher o trigo no celeiro, mas queimar a palha com fogo inextinguível.

Jesus certamente demonstra amor pelos Seus, representados pelo trigo na fala de João: eles são resultados do trabalho de Deus na terra (confira Mt 13:24-30, 36-43). Ele também há de julgar e condenar os ímpios, que “são como a palha que o vento dispersa”. Pela fala do próprio João Batista e pela profecia, sabemos quem é Jesus: o Juiz de toda a terra, de vivos e mortos, o SENHOR Deus manifestando Sua glória entre nós!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SENHOR Justiça Nossa

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Hoje eu vou continuar com o estudo em Mateus. Nosso objetivo é conhecer cada vez mais o Senhor Jesus. Estamos no capítulo 2, versos 19 a 23:

“Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho, a José no Egito, e disse-lhe: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe, e regressou para a terra de Israel. Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galiléia. E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito, por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno”.

Se você tem acompanhado desde o começo das postagens sobre Mateus, já deve ter percebido que José recebeu quatro visões, quatro sonhos com anjos lhe dizendo o que fazer. Esse não é o procedimento normal de Deus para com Seus filhos, mas o Senhor Jesus, ainda menino, precisava ser protegido a fim de que toda a vontade de Deus fosse cumprida e, ao mesmo tempo, cumprir todas as profecias a fim de que, quando as pessoas soubesse de onde Ele era, e o que havia acontecido na infância, logo se lembrassem da promessa de Deus de enviar o Messias.

Vocês também devem ter notado que a família de Jesus ia para onde era necessário que Ele estivesse. José e Maria se mudaram já duas vezes apenas por causa dEle. A vida deles deve ter mudado também! É a mesma coisa quando recebemos o Senhor Jesus: a nossa vida precisa mudar: precisamos nos adequar à vontade do Senhor; precisamos obedecer aquilo que Ele nos diz. A infância de Jesus é apenas um exemplo para nós de como devemos tê-lo como precioso, de como a vontade de Deus sempre se cumpre, e como ela está sempre associada com Cristo.

Vocês devem ter notado que há mais uma profecia nesse texto. Desde o começo de Mateus, também são quatro profecias. Só que há uma diferença muito grande agora: não há nenhuma profecia do Velho Testamento que fale, literalmente, que o Messias seria chamado de Nazareno! Natanael mesmo ficou em dúvida quando Filipe o chamou para ver o Messias, ao questionar se de Nazaré poderia vir algo de bom (confira Jo 1:46).

Muitas pessoas discutem a origem dessa citação de Mateus, mas eu vou apresentar aqui uma simples e que creio ser importante. A palavra Nazaré, no hebraico, é muito parecida com duas palavras que aparece tanto em Isaías quanto em Jeremias. Se for realmente o caso, aqui Mateus está citando duas profecias, de dois profetas diferentes. E, de fato, no texto, ele diz “para que se cumprisse o que fora dito, por intermédio dos profetas”, e não somente do profeta. As palavras, parecidas com Nazaré, são “rebento” e “renovo”, iguais no hebraico, e aparecem nas seguintes profecias:

“Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR” (Is 11:1, 2; vale a pena conferir até o verso 10).

“Eis que vem dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR Justiça Nossa” (Jr 23:5, 6).

Mais uma vez, Mateus usa os acontecimentos da infância de Jesus para mostrar quem ele era. Mesmo a Sua genealogia, o Seu nascimento, a Sua infância, a mudança de um lugar para outro, tudo aconteceu apenas para que desde o começo todos soubessem quem Ele é: o Messias, cheio do Espírito do SENHOR, o Rei prometido da linhagem de Davi, o Justo, aquele que é o SENHOR, Justiça Nossa!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mais uma profecia

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como vocês hão de perceber, o blog sofreu mudanças, e agora as postagens podem ser comentadas por qualquer um. Aproveite e ajude o blog, dando sugestões, fazendo críticas, ou adicionando comentários aos textos, que você acha que ficaram faltando! Hoje continuamos a ler Mateus 2, estamos nos versos de 16 a 18:

“Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente, e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. Então se cumpriu o que fora dito, por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem”.

Esse texto mostra a reação furiosa de Herodes. Ele havia pedido aos magos que dissessem onde estava o futuro Rei que ele tanto temia. Ele queria matar Jesus logo ali, como uma criança, antes talvez de Ele aprender a andar! Se você não acompanhou as postagens anteriores, recomendo dar uma lida para entender melhor. A reação de Herodes mostra quão violento um homem pode ser quando deseja manter o poder passageiro que possui. Nós também podemos ser tão maus quanto ele: Jesus deseja reinar em nossa vida, e de fato Ele é Senhor sobre todos. Como você reage a isso? Jesus, sendo Rei maravilhoso e grande, Irá dirigir sua vida de acordo com a vontade de Deus. Você tem medo disso, ou logo o abraça e lhe dá o melhor lugar?

Outra coisa, muito importante para nós: como deve ter sido a infância de Jesus, no Egito? Eu sei que ele deve ter voltado a Israel, pouquíssimo tempo depois de ter ido ao Egito. Isso porque eles voltaram quando Herodes morreu, e isso não demorou muito, menos de um ano na verdade, pelas minhas pesquisas. Eles logo voltaram a Israel, como veremos na próxima postagem.

Mas agora nós nos deparamos, novamente, com uma profecia: mesmo a terrível maldade que Herodes fez, de matar as crianças inocentes, estava profetizado. Esse texto de Jeremias é enorme, é o capítulo 31 inteiro, com 40 versículos, e se você quer entender melhor esse texto de Mateus, recomendo a leitura. É uma profecia de restauração, muito bonita, onde Deus afirma que um dia Ele restauraria a paz em Israel. Ele restauraria a felicidade de Israel, fazendo voltar aqueles que estavam no exílio. Ele trataria Israel como Seu rebanho. Isso é realizado com Jesus! Essa profecia não é colocada no texto de Mateus à toa, mas para nos mostrar quem é esse Jesus, o que dizem as profecias sobre Ele!

“De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jr 31:3)

“Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho” (vs 10)

Eis aí vem dias, diz o SENHOR, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR. Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois, perdoarei as suas iniquidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei” (vs 31-34)

Eis aí Jesus, mediador da Nova aliança (confira Hb 8)! A maldade de Herodes nada pode contra a vontade de Deus, mas deixa cada vez mais claro quem é Jesus para nós: o Ungido de Deus, prometido!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Filho do Egito

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Hoje vamos continuar a ler o Evangelho segundo Mateus. Já vimos que Jesus é o descendente de Davi, que tinha tantas profecias sobre Ele e Sua vinda. Hoje ainda veremos mais uma profecia. Vamos ao texto, então!

“Tendo eles partido, eis que aparece um anjo do Senhor a José em sonho, e diz: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe, e partiu para o Egito; e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2:13-15).

Só para relembrar da postagem anterior, Herodes sabia que Jesus era o Rei prometido por Deus. Ele tinha muito medo do Senhor Jesus, ainda que menino, porque temia perder o poder político que possuía. Então novamente um anjo aparece a José, dizendo a ele que ele deve fugir para o Egito, o que José faz durante aquela noite mesmo.

A profecia, dessa vez, vem de Oséias, capítulo 11, primeiro verso. A profecia de Oséias 11 é muito especial, e para entender o que vou dizer a seguir recomendo que você leia Oséias capítulo 11. Essa profecia fala da história de Israel, sendo tirado do Egito, por um Deus amoroso. Mas Israel não era fiel a Deus. E Deus com amor mantém o Seu povo, e depois novamente corrige o povo de Israel, mas o povo de Israel era inclinado a desviar-se do Senhor Deus. Deus, mesmo assim, não consegue desistir de Israel, porque Ele é santo. E Ele sabe que um dia o povo andará após Ele mesmo.

E esse momento chegou, em que Deus demonstraria mais uma vez o amor que Ele tem por Seu povo, um amor tão grande e irresistível que aqueles que o conhecessem certamente andariam nos Seus caminhos. Jesus nasceu, e as profecias finalmente estavam se cumprindo. E quando Herodes tentou impedir, ele apenas permitiu que ainda mais uma profecia se cumprisse, uma que apontava para o grande amor de Deus!

Amados, vejamos quão especial é o Senhor Jesus. Sendo Deus, o Rei prometido, o Bom Pastor, Ele não poderia morrer sem antes cumprir Seu propósito, qual seja, demonstrar o grande amor de Deus por Seu povo. E não entendam por povo apenas a Israel, mas entendam como sendo a Igreja. E nada, nenhuma tentativa humana poderia impedir a Jesus de cumprir tudo o que fora dito a Seu respeito; mas, pelo contrário, como diria Paulo,

“Pois os que habitavam em Jerusalém, e as suas autoridades, não conhecendo a Jesus nem os ensinos dos profetas que se leem todos os sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias” (At 13:27).

Mateus ainda reserva várias profecias que Jesus iria cumprir, mas já estejamos certos de que o propósito e vontade de Deus não podem ser impedidos pelo homem. Quando o homem tenta impedir a vontade de Deus de se realizar, ele acaba apenas cumprindo a vontade de Deus mesmo! Ainda que ele tente conscientemente, conhecendo a vontade de Deus, obstruí-la, Deus ainda assim fará toda a Sua vontade! Que regozijo, que alegria e confiança termos um Deus assim, cujos pensamentos por nós são de nos fazer bem, cujos planos são de que tudo coopere para o nosso bem! Glórias a Deus nas alturas!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Os visitantes distantes

Graça e paz vos sejam multiplicadas pelo nosso Senhor! Ontem falei sobre o reconhecimento de José de que Jesus era o Messias prometido. O texto de hoje aponta para uma outra direção! Vamos ler de Mateus 2:1-12:

“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes e, com ele, toda Jerusalém; então convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam deles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel. Com isto Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. E vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra”.

Esse texto apresenta alguns “magos”. A palavra grega aqui se refere especialmente aos estudiosos das estrelas, e a palavra vem direto do persa, uma nação ao oriente da palestina. Muito provavelmente, foi da pérsia que vieram esses magos. Vejam que coisa incrível! O nascimento de Jesus era tão importante, que Deus sinalizou ao mundo o nascimento de Jesus, por meio de uma estrela, a pessoas que não eram de Israel. Assim, Deus nos apresenta um Jesus muito mais importante, que não somente será o rei do Seu povo, mas que também será reconhecido e adorado por estrangeiros.

Os magos também dão a Jesus um título: o Rei dos judeus. Esse título será depois encontrado na cruz de Jesus. Durante Seu ministério, o Senhor Jesus vai ter de fugir dos judeus para não ser feito rei (confira Jo 6:15). Jesus recebe esse título de forma apropriada, mas o Seu reino é estabelecido de forma muito diversa àquela que talvez mesmo os magos esperavam.

Herodes deseja encontrar a Jesus também, mas para mata-lo e, por isso, ele recorre aos escribas e sacerdotes. Estes apresentam outra profecia sobre Jesus:

“E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. Ele se manterá firme, e apascentará o povo na força do SENHOR, na majestade do nome do SENHOR seu Deus; e eles habitarão seguros, porque agora será ele engrandecido até aos confins da terra” (Mq 5:2-4).

Essa profecia fala que as origens desse que iria reinar eram desde o começo da eternidade. Jesus não havia sido criado naquele momento, mas pelo contrário, já existia desde que Deus existia, sendo, literalmente, Deus de verdadeiro Deus, como a profecia apresenta.

Uma última coisa que deve ser dita: observem o medo com que Herodes fica de Jesus! Ele se apavora, porque certamente ele leu a profecia inteira, como fizemos, e viu o poder que Jesus teria se alcançasse o poder.

O nosso Senhor Jesus Cristo veio para reinar em nós, para ocupar o trono do nosso coração e tirar de nós mesmos o poder, para Ele mesmo governar com a majestade do SENHOR Deus. Não deixe que o medo do Seu poder lhe leve a fazer loucura, mas antes, coloque-o logo no trono! Glórias a Deus e a Ele somente!

domingo, 13 de novembro de 2011

O nascimento de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Continuando com a postagem anterior, hoje eu vou falar sobre o texto seguinte em Mateus, e vamos tentar descobrir mais coisas sobre quem é Jesus. Segue o texto:

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixa-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isso aconteceu, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor, e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus” (Mt 1:18-25).

Esse texto mostra principalmente a atitude de José. Maria havia ficado grávida, e José sabia que ele não era o pai da criança. Imagine quanta coisa não deve ter passado pela cabeça dele! Ele talvez tivesse certeza de que Maria não o trairia, que era uma moça decente, mas como explicar então que ela estivesse grávida? Ele pensou então, consigo mesmo, que talvez fosse melhor deixa-la. O texto afirma que eles estavam noivos, é isso que quer dizer “desposada”. Eles ainda não tinham consumado o casamento, pois não haviam “coabitado”, isto é, tido relação sexual. Ele pensou, talvez, que seria melhor fugir porque ninguém contestaria que o menino era seu filho, e ele tomaria a vergonha de a ter abandonado, e não ela de ter tido um filho de outra pessoa. Esse era o caráter do casal que Deus escolheu para criar a Jesus. Será?

As palavras do anjo revelam muita coisa. Primeiro, ele diz que José não deve ter medo de casar com Maria. José, então, deveria estar com medo! Ele deveria mesmo estar assustado. Provavelmente, ele passava tempo o suficiente com Maria e sua família para saber que aquela gravidez era inexplicável. E o anjo então explica a ele o que aconteceu realmente: Maria havia ficado grávida pela ação do Espírito Santo. A criança que haveria de nascer era decerto muito especial!

O anjo continua, dizendo que o nome dessa criança era Jesus. Esse nome significa “salvação” ou “salvador”, no hebraico. E de fato, o anjo revela a José que Jesus haveria de salvar o seu povo dos seus próprios pecados. Isso soa estranho para pessoas que não estão familiarizadas com as profecias do antigo testamento, mas José provavelmente pensou em um texto de Isaías que era muito lido na época:

“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos [...] Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos” (Is 53:5, 6, 10)

Jesus, então, era o tão esperado Messias! José provavelmente entendeu isso. Ele deve ter ficado com mais medo ainda, ainda mais assombrado pelo conhecimento de que, enfim, as profecias sobre Deus habitando entre os homens, fazendo uma nova aliança com eles, se cumpririam e ele estava bem no meio disso tudo. E o nascimento de Jesus, de uma virgem, é o sinal de Deus profetizado ainda em Isaías, capítulo 7, verso 14.

A profecia que se cumpre no texto que lemos não é somente sobre um menino que nasceria em uma virgem, mas a própria encarnação de Deus, na terra, para viver entre os homens. Jesus Cristo é Deus! Glórias, pois, a Ele!

A genealogia de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Hoje, como prometido, eu vou começar a postar sobre o Senhor Jesus, Sua pessoa, Seu caráter. Vamos começar do começo de Mateus, onde temos a genealogia de Jesus.

“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; Judá gerou de Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias; Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; Asa gerou a Josafá; Josafá a Jorão; Jorão, a Uzias; Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias; Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia. Depois do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor; Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde; Eliúde gerou a Eleázar; Eleázar, a Matã; Matã, a Jacó. E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao desterro para a Babilõnia, catorze; e desde o desterro de Babilônia até Cristo, catorze.” (Mt 1:1-17)

Há muitas curiosidades sobre essa genealogia, em comparação com a outra genealogia de Jesus, encontrada em Lucas (Lc 3:23-38), mas basicamente, o importante é que essa genealogia estabelece Jesus como sendo herdeiro direto do trono de Davi. Essa genealogia traça a descendência de Abraão a Davi, depois de Davi ao desterro da Babilônia e, finalmente, do exílio até o nascimento de Jesus, de forma simétrica.

Nessa descendência, nós vemos coisas bem particulares. Aparecem mulheres, o que não era tradicional. Raabe é uma delas. Ela é a mãe de Boaz. Apesar de ter sido uma prostituta em Jericó, o filho conseguiu bastante sucesso como dono de terras em Israel. A descendência de Jesus apresenta mais casos como este. O Próprio Davi tinha sido esquecido pelo próprio pai, Jessé, quando Samuel veio ungir o novo rei de Israel. E Jesus não descende de algum filho de Abigail, esposa de Davi, mulher sensata (confira I Samuel 25), mas da que fora casada com Urias!

Davi também era um “tipo” de Jesus. Chamamos a “tipo de Jesus” uma pessoa do Velho Testamento cuja vida apresenta alguma característica do Senhor Jesus, o Cristo. Ele era um homem segundo o coração de Deus. Ele dependia de Deus até para cuidar de suas ovelhas. Ele é chamado várias vezes de “ungido”, nos salmos especialmente, e em geral o que se fala de Davi nos Salmos é tomado como se referindo igualmente a Jesus.

Mas, principalmente, várias profecias aparecem sobre o trono de Davi, que se referem a Jesus: “O SENHOR jurou a Davi com firme juramento, e dele não se apartará: um rebento da tua carne farei subir para o teu trono” (Sl 132:11); “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto” (Is 9:6, 7).

É assim que Mateus começa apresentando Jesus: como sendo esse menino, como sendo aquele que ocuparia para sempre o trono de Davi reinando com paz e justiça! A genealogia aqui é especial, não por causa deos descendentes, mas porque Jesus, nosso Senhor, de fato o rei de todo o Seu povo, é maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade e príncipe da paz, e é assim que Ele governa sobre nós! Aleluia!

Força maior

Por motivos de força maior, não pude publicar as postagens ontem. Apenas hoje de tarde, e portanto segue a postagem que deveria ter sido colocada ontem bem como a de hoje. Deus continue a nos abençoar!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nos próximos episódios...

Graça e paz vos sejam multiplicadas! E que o conhecimento e sabedoria de vocês cresçam sempre em direção ao Senhor Jesus!

Até agora falamos de muitas coisas que Deus faz por nós, em nosso favor, a fim de que sejamos santos e vivamos para o Seu inteiro agrado. Coisas que Cristo faz em nós, coisas que o Espírito faz por nós, coisas que Deus Pai fez e promete fazer por nós. Já havia comentado isso antes, mas tendo em vista o que foi falado aqui neste blog, eu tenho a certeza de que a vida que Cristo dá é eterna, e que Ele não perde nenhum daqueles que vêm a Ele.

Deus faz tantas coisas a fim de que sejamos santos que é inevitável que sejamos puros e perfeitos um dia. Pode não ser hoje, pode parecer que seja num futuro bem distante, mas se percebemos que Cristo está em nós, que o Espírito luta contra a carne e o pecado em nós, podemos ficar certos de que as promessas de Deus não irão falhar e seremos como Cristo um dia.

Como vimos, uma das formas que Deus tem de nos dar todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, é pelo conhecimento de Cristo. E, da mesma forma, a fim de que uma pessoa creia em Cristo e seja salva, que vem da operação do Espírito, de convencimento, nós somos chamados a falar sobre Jesus, assim como fizeram os discípulos e apóstolos nas Escrituras. Por isso, a partir dessa postagem, eu vou começar a escrever pequenas devocionais sobre Jesus, começando do começo, de Mateus 1, passando por cada trecho.

Essas devocionais não serão sobre o poder da fé para obter milagres, ou sobre ensinamentos de Jesus. O objetivo é conhecer ao Senhor, então aonde houver milagres e ensinos, vamos tirar o máximo que pudermos de conhecimento sobre Jesus Cristo. Certamente Seus ensinos e Seu poder serão comentados, mas o principal é o Seu caráter, Sua pessoa.

Com isso em mente, eu gostaria de estimular vocês a mostrarem o blog para amigos, pessoas que já crerem em Cristo ou pessoas que ainda não creem nEle, a fim de que elas conheçam a Jesus Cristo, o Seu Evangelho. Eu também gostaria de incentivar vocês a participarem mais do blog, dando sugestões, fazendo comentários, e mesmo me avisando quando eu falar algo muito absurdo ou estranho.

Espero que vocês orem por mim também, a fim de que eu pregue o Evangelho com ousadia, como convém! Por hoje é só! Deus continue a lhes abençoar!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A edificação e os dons

Graça e paz a vós outros da parte de Deus nosso Pai! Hoje eu vou falar de dons espirituais. Eu creio na contemporaneidade dos dons, mas eu preciso falar algumas coisas específicas sobre dons espirituais, porque eu creio que há muita falta de conhecimento sobre isso e também muita discussão na internet, sem necessidade.

Primeiro, sempre tive a tendência de ser cessacionista (que crê que os dons espirituais não são mais dados aos cristãos) porque congreguei em igrejas tradicionais, onde o uso dos dons espirituais ou é tímido ou nem é reconhecido. Mas eu não posso ser cessacionista. Cristo disse que edificaria a Sua igreja usando dons espirituais (confira Ef 4:7-14), e a Bíblia nos instrui a buscarmos esses dons (I Co 14:1), mas em parte alguma das Escrituras eu encontrei indícios de que os dons cessariam. Por isso, preciso crer que os dons espirituais são para hoje também.

Segundo, os dons espirituais não são fins em si mesmos. Várias igrejas empregam os dons espirituais de forma errônea, isso quando são dons espirituais e não um “simulacro”. O uso dos dons sem seguir a orientação bíblica me dá motivos para ignorar a experiência dessas igrejas, pastores e até alguns artistas evangélicos (I Co 14:37, 38). Os dons espirituais possuem ordens e regras para serem devidamente empregados no culto, todas essas coisas encontradas na palavra de Deus (confira I Co 12-14). Eis um trecho:

“A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. [...] Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (I Co 12:7, 11, confira I Co 12:4-11)

A primeira coisa que devemos notar nesse texto é que um dom espiritual é uma manifestação do Espírito, isto é, o uso de um dom espiritual depende da ação do Espírito Santo sobre a pessoa. Não é algo que a pessoa possa ativar sozinha, de forma voluntária. Também não é uma manifestação do coração, algo que a pessoa sente que deve fazer em um momento “catártico” do culto e pronto, faz. Os dons espirituais são manifestações do Espírito de Deus agindo em nós, e não dependem de um “louvor ungido” para acontecer. Pode ser que você exerça um dom espiritual enquanto conversa com uma pessoa, e não sinta nada muito diferente.

A segunda coisa é que essa manifestação, os dons espirituais, é concedida a cada um. Não existe nenhum cristão que não possa exercer um dom espiritual. Ao mesmo tempo, não existe nenhum cristão auto-suficiente em dons espirituais, isto é, alguém que possui a todos os dons. Isso porque todos os cristãos devem ser inter-dependentes, sendo que nenhum está acima do outro, como se houvesse o grupo dos que tem dons espirituais e outro dos que não tem.

Terceiro, os dons tem um fim proveitoso. O Espírito Santo não dá dons espirituais para você ficar gritando em uma língua estranha e ninguém entender o que você diz (confira I Co 14:6-19); se você receber uma língua durante o culto, e ninguém possa a interpretar, fique calado na igreja!

Quarto, temos de buscar dons espirituais. Nós devemos ter o desejo de edificar nossos irmãos, e sabemos que Cristo concedeu dons aos homens para isso. Mas lembre-se de que o Espírito dá os dons como Lhe apraz. É possível que você não busque dons espirituais e Ele lhe conceda, mas, creia-me, se Ele deseja lhe dar um dom espiritual, Ele primeiro moverá você em oração e estudo da palavra, bem como em amor aos irmãos. E pode ser que você busque dons espirituais e Ele não conceda; ou melhor, conceda o dom maior e mais perfeito, o amor, que dá sentido a todos os outros.

Dons espirituais são mais uma coisa que Deus faz em favor dos crentes, a fim de que sejam edificados e aperfeiçoados! Glórias a Deus pelos dons espirituais!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Não deixe de ir à igreja!

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Hoje eu vou falar de mais uma coisa que Deus faz por nós, mais uma coisa que coopera para o bem daqueles que O amam!

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” (Hb 10:24, 25).

Esse texto fala coisas muito importantes sobre a vida cristã (vale a pena conferir Hb 10:19-25). Ele fala para considerarmos uns aos outros, isto é, para nos importarmos uns com os outros, para pensarmos uns nos outros. Literalmente, para fazermos o que muitas vezes as pessoas veem como algo negativo: cuidarmos uns dos outros.

Mas como cuidamos dos nossos irmãos? Nós podemos fazer isso incentivando eles a amarem a si mesmos, aos outros, e a Deus, e a fazerem boas obras. Nós não precisamos de discursos para fazer isso, porque a Bíblia se encarrega dos discursos. Nós podemos amar nossos irmãos. Nós podemos fazer a coisa certa, as tais das boas obras, e convidar os que estão perto para ajudar, ou contar a experiência para nossos irmãos. Eu passei um tempo na casa Refúgio, da Jocum em Belo Horizonte, cuidando de órfãos e crianças carentes com aids, e quando eu compartilho isso com meus irmãos, eu espero que eles se sintam encorajados e constrangidos a fazer o bem também.

O texto diz ainda, “não deixemos de congregar-nos”. Participar de uma igreja é muito importante. Quando eu tinha sete anos, meu pai deixou de congregar na igreja que íamos, e desde então ele não congrega em igreja alguma (aproveite que agora você sabe disso e ore pelo meu pai, por favor), e em casa nós sofremos bastante com isso. Sem nenhum irmão para incentivá-lo ao amor e às boas obras, ele foi se tornando cada vez menos alegre, mais briguento.

A igreja também é lugar de admoestação. Admoestação é uma palavra que pode significar tanto um conselho quanto um sermão ou uma repreensão. Em uma sociedade em que cada um cuida de si mesmo, o mundo nos ensina a nunca questionarmos a nós mesmos, e quando formos questionados, temos de questionar a pessoa também. Ensinam que, já que todos somos imperfeitos, qualquer um que me repreender ou tentar me corrigir é moralista e hipócrita, mas a Bíblia diz: “não repreenda o zombador, caso contrário ele o odiará; repreenda o sábio, e ele o amará” (Pv 9:8). A verdade é que quando fugimos da repreensão, quando evitamos ouvir aquilo que nos constrange, estamos sendo tolos, e não sábios.

Por isso, não vamos fugir da igreja! Não vamos deixar de congregar, mas olhar para a assembleia dos santos como o lugar onde seremos encorajados, corrigidos, e também poderemos incentivar uns aos outros ao amor e às boas obras! Vamos lembrar que foi Deus quem instituiu a igreja a fim de que todos sejamos irmãos e sejamos santos!