Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom sabermos a natureza do ministério de Jesus! O Mestre, em todas as coisas, dava evidências da Sua divindade e apresentava a Verdade de Deus aos homens. Mas não devemos crer senão por causa da Sua Pessoa, inteiramente digna de confiança para nos prover salvação e perdão de pecados, por ser o Senhor de tudo e todos!
“Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mt 12:22-28).
Jesus havia se retirado, como vimos no texto anterior, mas as pessoas ainda O procuravam a fim de serem curadas. Aparentemente, os fariseus conseguiram também encontrar a Cristo realizando um milagre inédito até então: a expulsão de um demônio e duas curas físicas.
Mas o verdadeiro problema do homem, como já vimos antes, é o pecado, e não apenas doenças ou tormentos. Jesus sabe que deve lidar com esse real problema, seja na Sua vida perfeita, seja na demonstração de que o poder requerido para esses milagres não é grande, seja explicando o reino dos céus (Mt 5-7), seja, finalmente, provendo perdão ao morrer e ressuscitar a fim de que Seu povo seja perdoado e purificado e comunicando a este povo uma vida nova que por fim eliminará a presença do pecado.
A multidão, porém, se guia por vistas e se deixa impressionar e convencer com a mesma facilidade que terá de deixar qualquer credulidade logo depois. Eles olham para o milagre de Jesus e então se perguntam se Ele não seria o Filho de Davi. Mais que Isso, Jesus é o Senhor de Davi, mas o título de Filho lhe cai bem também. Jesus é de fato o Messias do qual Davi era tipo e que também O anunciou. O que impediria as pessoas de verem isso tão claramente?
Os Fariseus também têm sua opinião sobre Jesus. Eles afirmam que Ele faz milagres e exorcismos pelo poder do próprio Satanás, afirmando que Cristo tinha a intenção de enganar o povo. Os fariseus são outro tipo de pessoa: o incrédulo que, apesar de as provas lhe serem apresentadas dia a dia, na frente dele, ele não crê, e irá buscar qualquer explicação, por mais absurda que seja, para justificar sua incredulidade.
Por fim, temos a resposta de Jesus. Sabemos que Jesus conhecia os pensamentos dos fariseus. Jesus tinha uma percepção fantástica, senão que Ele realmente conseguia ler as mentes das pessoas, auxiliado pelo Espírito Santo a profetizar o que havia dentro dos corações. Ele conhece o erro dos pensamentos dos incrédulos fariseus, e os confronta.
Jesus primeiro defende a validade do Seu próprio ministério. Não faria sentido Satanás ir contra a ação de si mesmo. Assim também, Jesus não poderia estar agindo em nome de Belzebu ao desfazer as obras do mesmo! Depois, Ele questiona se os outros exorcistas tinham a mesma autoridade que Ele ou não. Porque dois pesos e duas medidas?
Por fim, nos é dito que o reino de Deus é chegado sobre nós. Jesus reina, aleluia!