Jesus digno de confiança

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Ontem nós falamos sobre o encontro de Jairo com Jesus. Agora, Cristo se dirige à casa do chefe da sinagoga, que já O reconheceu como sendo Deus mesmo. Enquanto Jairo guia o Mestre, pelo caminho, algo acontece, que nos revela ainda mais sobre a pessoa do Senhor:

“E Jesus, levantando-se, o seguia, e também os seus discípulos. E eis que uma mulher, que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste; porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste, ficarei curada. E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã” (Mt 9:19-22).

O relato de Mateus aqui é bem mais resumido que o dos outros textos paralelos (confira Mc 5:24-34; Lc 8:42-48), e a reflexão sobre Jesus que eu gostaria de trazer hoje é, simplesmente, que Ele é digno de fé.

Jesus merece toda a fé que pudermos depositar nEle. Não há nada que mereça nossa fé tanto quanto Ele, e não há ninguém que possa receber toda a confiança, além dEle. Jairo tinha fé de que Jesus poderia ressuscitar sua filha, porque já havia visto Jesus curar, ou pelo menos ouvido relatos confiáveis. Nós também devemos crer em Jesus, porque o relato da Bíblia é confiável, dado por “testemunhas oculares” (Lc 1:2), coisas que foram investigadas desde sua origem, a fim de que tenhamos plena certeza das verdades que nos foram ensinadas.

Nós também devemos ter fé por causa da pessoa que Cristo é. Ele é uma pessoa com um caráter imaculado, santo, perfeito. Não há mancha na pessoa de Jesus. Não há nenhum traço que possa gerar desconfiança. Podemos confiar plenamente, entregando nosso caso a Ele e descansarmos por saber que, estando nas mãos dEle, o caso já está resolvido.

Jairo creu pelo testemunho, a mulher creu e Jesus era digno de confiança, porque ela foi curada. Agora eu gostaria de falar sobre no que podemos confiar a Jesus. Se Ele é digno de confiança, o que podemos confiar a Ele?

Certamente, todos os nossos problemas e aflições. Todas as nossas doenças e tormentos. Não porque, no mesmo instante, Ele nos curará. Talvez sim; mas talvez apenas naquele Dia em que formos revestidos de incorruptibilidade e imortalidade. Mas um dia certamente Ele enxugará toda lágrima dos olhos dos Seus. Podemos confiar, ainda que nos pareça demorado, porque é certo que Ele nos fará todo o bem que Ele mesmo deseja para nós.

Certamente podemos confiar que Cristo irá suprir todas as nossas necessidades. Isso não quer dizer que não precisamos trabalhar, mas sim que, mais do que o nosso patrão que paga o nosso salário, mais do que a nossa renda, mais do que um plano muito bom de gestão do nosso dinheiro, devemos confiar em Cristo para o nosso alimento, para as nossas vestes. É Ele quem sustenta todas as coisas vivas! Se Ele abre a mão, Suas criaturas se fartam de bens! Se, porém, fecha-nos a mão, já não existimos mais!

Mas, principalmente, devemos confiar em Cristo para a nossa salvação. Não somos bons, e precisamos que alguém perfeito, digno não só da nossa confiança, mas da confiança do próprio Pai, sim, o Seu grande e único Filho e herdeiro, é digno de toda a nossa confiança a fim de que sejamos salvos. Que o Senhor nos dê essa graça! Amém.

A fé devida a Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom podermos conhecer a Jesus, o Senhor! Como é bom poder confiar nEle somente, e saber que Ele pode todas as coisas! Ele é digno da nossa adoração!

“Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá” (Mt 9:18).

Cristo não tinha muito tempo livre, pelo que nos diz o texto. Ele estava ainda conversando com os discípulos de João, talvez estivesse ocupado quando, de repente, chega Jairo, o chefe da sinagoga (confira Lc 8:41-59). Jairo se aproximou de Jesus quando Ele ainda estava ocupado! Ele já tinha passado dias e dias sem parar, curando muitas pessoas em Cafarnaum. Todas as pessoas provavelmente exigiam e pediam coisas a Jesus, e pressionavam para que Ele fizesse isso ou aquilo. Mas chega Jairo e o Mestre lhe dá atenção também!

Assim que Jairo se viu na presença de Jesus, ele O adorou. Jairo era o chefe da Sinagoga de Cafarnaum, e provavelmente já deveria ter testemunhado muitas curas e sinais, que Jesus fazia. Ele provavelmente identificava Jesus como pelo menos um profeta, mas agora, adorando-o, reconhece que Jesus é a única esperança que lhe resta, na aflição de ter sua filha morta. Para Jairo, ou Jesus é Deus e pode ressuscitá-la, ou é um grande profeta como Elias.

Jesus não rejeita a adoração de Jairo, mas permite que ele se manifeste de uma forma que só é devida a Deus. Jairo, adorando-o expressa o reconhecimento de Sua divindade. Alguns podem argumentar que Jairo fez isso por interesse, apenas para que sua filha fosse curada.

Mas se fosse uma manifestação hipócrita, porque Jesus não o corrigiu? Alguns argumentam por este texto que muitas vezes o sofrimento é um meio pelo qual nos chegamos a Deus. Eu não creio assim. Creio que Jairo estava lá no dia em que Jesus curou a sogra de Pedro, ou quando Ele curou um endemoninhado na sinagoga mesmo. Jairo provavelmente conhecia as Escrituras e sabia que Jesus deveria ser o Messias, Deus mesmo, ou pelo menos, um grande profeta. É isso que revela a sua adoração a Jesus. E, se Jesus não o repreende, devemos supor que Jairo não tinha segundas intenções.

Mas o pedido de Jairo é talvez o que melhor expresse a adoração que ele ofereceu a Cristo. Jesus até agora não ressuscitou ninguém, ou pelo menos não que os Evangelhos nos digam. Jairo viu sinais e curas pelas mãos de Jesus, mas ainda na havia visto nenhuma ressurreição. Mas ainda assim, ele crê que se Jesus impuser as mãos sobre a Sua filha, ela viverá novamente.

Não é esta a fé que devemos ao nosso Salvador? Não devemos pedir justamente aquelas coisas que são inéditas, ou absolutamente impossíveis, com a confiança de que Ele pode fazer com a mesma facilidade que todas as outras coisas? É claro que devemos depender inteiramente dEle, mas não são justamente as nossas súplicas por algo evidentemente sobrenatural que dão a Ele maior glória e evidenciam melhor Seus atributos?

Que o Senhor Deus mesmo nos dê a graça de olharmos para o Filho e crermos que Ele pode fazer, com igual facilidade, ainda mais do que aquilo que temos visto. Para o louvor da Sua glória! Amém!

Jesus e a coerência

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Não é bom que, tendo recebido mais um dia do Senhor, para vivermos em Sua presença, vivamos como nos dias em que éramos filhos da ira, como os demais. Não combina que em um dia tão lindo como este fiquemos a murmurar e nos entristecer!

“Vieram, depois, os discípulos de João, e lhe perguntaram: Por que jejuamos nós, e os fariseus [muitas vezes], e teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar. Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura. Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam” (Mt 9:14-17).

Jesus Cristo é o noivo da igreja (confira Ef 5:25, 26). Ele usa essa imagem para si mesmo, podendo assim tanto explicar Sua missão quanto o fato de Seus discípulos não jejuarem. Ele veio para realizar uma festa de casamento com Sua igreja. Ele veio para preparar Sua noiva para as Suas bodas, a fim de apresentá-la perfeita para Si mesmo.

A festa de casamento era e ainda é, de longe a festa mais alegre dentre todas as que são comemoradas. O fato de o noivo estar entre seus amigos naturalmente provoca conversas alegres; o humor é dominado pela felicidade do noivo e os seus amigos simpatizam com ele. A vinda de Jesus era motivo de grande alegria para todos!

Da mesma forma, não convinha que, estando Jesus entre os discípulos, eles se entristecessem. O jejum representa tristeza, arrependimento. Hoje as pessoas não dão muita atenção a essa parte intrínseca do jejum, mas ele representa sofrimento e tristeza segundo o Espírito. Jesus Cristo, sendo o noivo e estando entre os homens, trazia alegria! Como poderiam Seus discípulos jejuar naquele momento?

Jesus também está consciente de que uma hora Ele não estará mais entre os discípulos e então eles irão jejuar, expressando tristeza. Ele reconhece que uma vez cumprida Sua missão de salvar o Seu povo dos pecados deles, Ele irá para os céus, cumprir a missão de interceder por eles, e nesse tempo, em que Emanuel não estará mais visivelmente entre nós (confira Mt 28:20), iremos sofrer muito.

Esse é o presente tempo, que nós vivemos! Como gostaríamos que Jesus voltasse! Como ansiamos Sua presença novamente, Seu reino sobre todos claramente demonstrado!

Mas agora, devemos agir de forma coerente às circunstâncias. Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha, porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura. Agora que Cristo já pagou o preço pelos nossos pecados, não devemos nós buscar perdão em momento oportuno? Agora que Cristo ressuscitou pela glória do Pai, não devemos andar nós também em novidade de vida? Agora que Ele intercede eternamente pelos Seus, não devemos buscar constantemente Sua graça? Que Deus nos ajude a sermos coerentes com a Graça que nos foi dada! Amém!

Jesus te chama

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Todo aquele que o Pai dá a Cristo, este vai a Ele, e o que vai a Ele, de modo algum Cristo lança fora! Isso não é motivo de grande esperança para nós? Não é bom sabermos que nossas afeições por Cristo são dadas por Deus, e que Ele não rejeita quem quer que venha a Ele?

“E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento]” (Mt 9:10-13).

Esse precioso texto nos conta muitas coisas sobre Jesus, e é mesmo fonte de grande esperança para aqueles que ainda não crêem nEle, ou que hesitam chegar-se a Ele. Jesus estava em casa, comendo, e pessoas reconhecidamente pecadoras sentaram-se com Ele. Ele não as impediu: estavam em Sua casa, comendo a Sua comida, mas o Senhor não os repreendeu.

Amados, se Cristo não hesitou em receber pecadores, haveria de hesitar receber a você também? Talvez você creia que seja muito mal, indigno. Certamente, indigno você é. Mas Ele recebia publicanos e toda sorte de pecadores. Ele pode receber você também, à mesa, para desfrutar da Sua comunhão.

Ele não só não impediu que as pessoas chegassem, mas também não as lançou fora. Independente de em qual estado de pecado estejam, Cristo recebe a todos os que o Pai Lhe dá (confira Jo 6:37). Isso quer dizer que, se você se achegar a Ele, Ele não irá rejeitar você. Se você se chegar a Ele, é porque você é um presente do Pai ao Filho,que o Filho jamais irá rejeitar. Corra para Jesus, então, pois você será aceito, certamente.

Também notamos que a resposta de Jesus aos fariseus é muito preciosa para nós que temos esperança nEle: Ele não veio salvar os que estavam seguros, mas os que precisavam de um Salvador. Se somos pecadores, Cristo irá atrás de nós, pois assim como um médico cura os doentes, Jesus quer estar entre os pecadores, para que estes sejam salvos. Você não gostaria que Cristo viesse Lhe buscar? Não gostaria que Ele curasse você do mal do pecado?

Jesus também afirma que veio chamar pecadores ao arrependimento. Não se engane: Jesus não deseja que você continue a pecar. O Mestre deseja que você seja como Ele é, pois se você continua como está, que vantagem tem a sua atual situação da anterior? Você não pode ser salvo e continuar o mesmo.

Ouça, portanto, o chamado de Jesus. Ele não irá rejeitar você, mesmo você sendo tão indigno. Ele nunca irá te expulsar. Ele irá curar você desse terrível mal que é o pecado, muito pior que nossas doenças e tormentos, pois estes Ele remove com uma palavra, mas aquele, Ele precisa dar a Sua vida. Ele te chama hoje ao arrependimento, a fim de que você seja salvo. Achegue-se a Jesus, arrependa-se; Ele não irá rejeitá-lo!

Siga a Jesus!

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, é tão único, que quando Ele vê, Ele verdadeiramente enxerga. Quando vemos, damos atenção às aparências, mas não Emanuel: de longe sonda nossos corações e nos conhece por dentro, e também sabe os nossos pensamentos. Como fugir de Jesus? Aonde poderíamos nos esconder dEle? Aonde a mão dEle não nos guiaria?

“Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu” (Mt 9:9).

Nada que Jesus faz é sem um motivo, um propósito ou decreto eterno. Ele escolheu Seus discípulos, e não Seus discípulos a Ele. Este pequeno verso é aquele em que o escritor mesmo fala de seu chamamento por Jesus. E nesse texto ele resume quatro coisas que Jesus fez, quando o chamou.

A primeira, Jesus saiu de algum lugar. Jesus estava em casa, segundo o texto anterior, em Cafarnaum, e as pessoas haviam se reunido em volta dEle. A multidão era tanta que não havia espaço na casa e mal havia fora dela. Cristo havia acabado de curar um paralítico, na frente de todos. Ainda assim, de alguma forma, Ele saiu dali e no caminho encontrou Mateus. Não foi uma ação despropositada!

A segunda, o Mestre viu Mateus, sentado na coletoria. Mateus era um publicano. Publicanos eram considerados traidores da nação de Israel, e em geral contratavam outras pessoas para ficarem em seu lugar na coletoria; apenas os mais orgulhosos publicanos sentavam, eles mesmos, para cobrar impostos. E dentre eles, estava Mateus. Mas Jesus viu Mateus; percebeu não um traidor orgulhoso somente, mas enxergou um dos eleitos de Deus, um dos futuros pescadores de homens.

A terceira, Jesus dá uma ordem a Mateus. “Segue-me!” são as palavras do Senhor. Às vezes nos preocupamos tanto com doutrinas, com opiniões sobre o que acontece na igreja, mas o que realmente importa é seguirmos a Jesus. Mateus imediatamente deixou tudo para trás e, levantando-se, seguiu a Jesus.

A quarta coisa, que devemos inferir desta anterior, é que Jesus seguiu adiante. Mateus não poderia tê-lO seguido se Cristo permanecesse parado. O Mestre está sempre em movimento, e acompanhar Sua caminhada é um privilégio que reis e profetas desejaram e não alcançaram. Que privilégio vivermos num tempo em que as promessas foram cumpridas! Abraão e Moisés acenaram para elas, mas nós vivemos essas promessas.

Hoje, também, Jesus deseja que você O siga. Talvez você ache que Ele está longe, mas é bem certo que Ele está perto. Talvez você creia que Ele não lhe conhece ou não entende; talvez você se considere sujo demais! E você está certo, pois todos somos sujos demais para Cristo. Mas Ele ainda diz, “Segue-me!”. Você considera que seu pecado é demais para que Cristo queira você, ou você mesmo não deseje seguir a Jesus. Mas ouça o Rei da glória dizer: “Segue-me!”. Deixe tudo isso, siga a Jesus!

Jesus nos sonda

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Nada podemos esconder de Deus. Ele sabe de tudo sobre nós. De longe sonda os nossos pensamentos e antes que falemos, sabe o que iremos dizer. Nada foge da Sua percepção!

“Entrando Jesus num barco, passou para o outro lado e foi para a sua própria cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados. Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que cogitais o mal no vosso coração? Pois qual é mais fácil? Dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados – disse, então, ao paralítico: Levanta-te toma o teu leito e vai para tua casa. E, levantando-se, partiu para sua casa. Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens” (Mt 9:1-8).

Jesus estava voltando da terra dos gadarenos, para a Sua cidade de residência, Cafarnaum (confira Mc 2:1-12). Parece que as multidões não Lhe dariam paz! Elas logo ficam sabendo, e se ajuntam na casa dEle. Não há espaço para ninguém passar; mas quatro amigos trazem um paralítico à presença de Jesus.

Talvez para nós fique óbvio que eles tinham fé. O relato nos ajuda e diz que Jesus viu a fé deles. Não era somente a fé do paralítico, mas de seus amigos também. Mas não era uma fé em milagres somente; era uma fé no perdão dos pecados, na própria divindade de Cristo. Assim que Jesus percebeu a fé daqueles homens, Ele pronunciou que os pecados do paralítico estavam perdoados. Ele não havia ido à presença de Cristo à procura de um milagre, mas em busca de perdão.

Isso é importante porque Jesus ter poder para perdoar pecados significa mais do que Ele ser um profeta. Significa que Ele é Deus, verdadeiramente. Aqueles homens que se esforçaram por estar em Sua presença reconheciam isso. É muito triste quando as pessoas vão à igreja buscando o milagre primeiro, e nem se importam com seus pecados. Porque Jesus pode perdoar pecados, e isso é muito mais precioso que produzir uma cura física que não impede que um dia morramos! Com o perdão dos pecados, podemos ser salvos e ter vida eterna!

É muito mais importante, portanto, que nossos pecados sejam perdoados do que obtermos a solução deste ou daquele problema. O pecado é um problema muito maior! É por causa do pecado que não moramos no jardim do Éden. Uma gripe não pode nos levar para o inferno, mas, das nossas iniqüidades, uma só basta!

Jesus também conhece nossos pensamentos. Os escribas estavam apenas pensando consigo mesmos. “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos”, tem a palavra certa para expor nossa incredulidade. Algumas pessoas bem gostariam que a mente fosse uma fortaleza, que Deus não pudesse adentrar e interferir, mas a verdade é que Deus tem todo o direito e o poder de conhecer mesmo nossos pensamentos. E isso é muito bom!

Obrigado, Senhor Jesus, por me sondar e me conhecer perfeitamente. Ajuda-me a que não só as palavras dos meus lábios, mas o meditar do meu coração sejam agradáveis a Ti. Amém!

Jesus e o valor do homem

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Todo o poder, sobre os céus e a terra, foi dado ao Senhor Jesus. Ele recebeu um nome que está acima de todo nome! Nada resiste à Sua palavra, e todo o universo se inclina submisso, ao Seu dispor!

“Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? Ora, andava pastando, não longe deles, uma grande manada de porcos. Então, os demônios lhe rogavam: Se nos expeles, manda-nos para a manada de porcos. Pois ide, ordenou-lhes Jesus. E eles, saindo, passaram para os porcos; e eis que toda a manada se precipitou, despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, e nas águas pereceram. Fugiram os porqueiros e, chegando à cidade, contaram todas estas coisas e o que acontecera aos endemoninhados. Então, a cidade toda saiu para encontrar-se com Jesus; e, vendo-o, lhe rogaram que se retirasse da terra deles” (Mt 8:28-34).

É interessante notar que os endemoninhados vão ao encontro de Jesus, e o encontro com eles é a única coisa que acontece de importante na terra dos gadarenos. Jesus, parece-me, havia passado à outra margem somente para libertar os dois homens. Logo depois, Ele volta para onde estava antes, com as multidões.

Outra coisa que notamos é que os demônios já sabiam sobre Jesus, e já sabiam que haveria um tempo em que o Senhor viria e lhes expulsaria. Jesus estava cumprindo com um cronograma, já bem estabelecido. Ainda que os demônios tivessem conhecimento do que Jesus faria a seguir, nada podiam fazer para impedi-lO! Cristo faria todas as coisas que se havia proposto nos tempos eternos, e os Seus inimigos poderiam, no máximo, assistir!

Também percebemos rápido o valor que Deus dá ao homem, em relação aos animais. O texto paralelo de Marcos nos diz que a manada continha nada menos que dois mil porcos (2000). Jesus estava disposto a trocar a vida de dois mil porcos pela libertação de dois homens! Nós valemos bem mais que os pássaros, disse o Mestre no sermão do monte. Agora, Ele nos mostra quão valioso é o homem!

Temos também que perceber a nossa própria maldade com esse texto. Os homens da cidade, vendo que uma manada tão grande de porcos havia se precipitado no desfiladeiro, só para salvar dois homens, logo concluíram que seria melhor Jesus ir embora. Talvez, para eles, uma manada de porcos valesse mais que os dois homens nos sepulcros.

Quantas vezes não cuidamos melhor de um animal de estimação que de uma pessoa? É evidente que cuidar de um animal é muito nobre, mas todas as pessoas que afirmaram isso, sempre disseram também que uma pessoa que cuida bem dos animais cuidará ainda melhor do ser humano, e não é isso que acontece, não é mesmo? Alguns de nós talvez até concordassem com os gadarenos!

Nada pode impedir o Senhor de fazer aquilo a que Ele se propôs. Seja contrariando Seus inimigos, seja contrariando os próprios homens, Ele é soberano, e como quer move com os exércitos dos céus e os habitantes da terra! Aleluia!

Postagem de Natal

“Ora, o nascimento de Jesus foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertando José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto”

“Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje, vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”

Nós temos motivos para comemorar. Talvez não seja a data correta do nascimento de Jesus, mas certamente, não deveríamos celebrar, com os anjos, o Seu nascimento? Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem!

Jesus e o mar

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Quem é esse Jesus, do qual tanto falamos? Espero que, pela graça de Deus, estejamos conhecendo-O cada vez mais, porque “a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Precisamos conhecer a Deus cada vez mais!

“Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8:23-27).

Jesus entrou em um barco com Seus discípulos para passar à outra margem. Pelo texto anterior, sabemos que Ele ordenou que as multidões fossem para lá (confira Mt 8:18). Ele deve ter tido um dia agitado! Depois de pregar em Cafarnaum, foi e curou a sogra de Pedro, e naquela mesma tarde, curou muitos doentes e endemoninhados, e isso virou a noite! Sendo madrugada, orou e resolveu ir à outra margem, anunciar o Evangelho às outras cidades (confira os textos paralelos em Marcos e Lucas). Ele certamente estava cansado, e por isso Ele dorme no barco em turbulência.

Os discípulos, porém, temeram por suas vidas com a tempestade. Sabemos que Pedro, André, Tiago e João são pescadores que Jesus já chamou (confira Mt 4:-18-22), e provavelmente acostumados a navegar na região. Se eles estavam com medo de morrer, a tempestade devia estar mesmo muito forte! O barco era varrido pelas ondas, diz o texto.

Mas quando os discípulos acordam Jesus, e Ele percebe a situação, logo os acusa de timidez. Eu não entendo exatamente porque Ele diz isso, mas posso imaginar: sendo Jesus o Messias, Ele certamente não morreria antes de cumprir Sua missão. Os discípulos também poderiam muito bem pedir a Deus que lhes desse calmaria, e Deus os teria atendido. Nós não precisamos temer quando Jesus está no barco! Nós não precisamos ser tímidos, mas podemos pedir segurança ao Senhor! Não precisamos ter medo de morrer se Cristo está conosco, porque até a morte é lucro!

Jesus, então, faz o que nenhum pescador havia antes pensado em fazer: Ele repreendeu os ventos e o mar! Os marinheiros certamente pensavam em administrar as velas do barco, ou o leme, ou fazer qualquer coisa que ajudasse o barco a suportar o mar bravo. Jesus resolve o problema fazendo cessar o tumulto todo, e isso, novamente, com a Sua palavra! A mesma palavra de Cristo, poderosa para curar todos, também é eficiente para trazer calmaria!

Finalmente, temos a pergunta dos discípulos: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Não é este o Rei da glória? “Os que, tomando navios, descem aos mares, os que fazem tráfico na imensidade das águas, esses vêem as obras do SENHOR e as suas maravilhas nas profundezas do abismo. Pois ele falou e fez levanta o vento tempestuoso, que elevou as ondas do mar. Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao SENHOR, e ele os livrou das suas tribulações. Fez cessar a tormenta, e as ondas se acalmaram” (Sl 107:23-29)!

Jesus é exigente

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Dou graças a Deus por Ele ter me guardado do mal! Dois dias atrás sofri um acidente, capotando o carro, e batendo em outros dois veículos. Mas pela misericórdia do bom Deus, Ele não permitiu que ninguém se machucasse. Poderia ter sido diferente, e eu poderia mesmo ter morrido, e ainda assim, Deus seria O mesmo, mas Ele escolheu manter-me vivo por enquanto!

“Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem. Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis,  e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. E outros dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mt 8:18-22).

Jesus certamente entende de logística! Muitas pessoas estavam ao Seu redor. Ele percebeu que isso não era bom, e ordenou que passassem para a outra margem, provavelmente, do mar da Galiléia. Ele logo iria passar á outra margem com Seus discípulos (confira Mt 8:23-28). Ele sabia para onde ia e orientou que as pessoas se adiantassem!

Orientou não, ordenou! Jesus tinha autoridade sobre a multidão. Sabia que podia lhes dizer o que fazer. As pessoas estavam maravilhadas com Cristo, e sabiam que Sua palavra operava grandes coisas. Provavelmente as pessoas obedeceram a Jesus e, enquanto se afastavam, alguns se aproveitaram para se aproximar do Mestre.

Era comum naquela época que um estudioso escolhesse um mestre e aparentemente um escriba desejava seguir ao Mestre. Talvez esse houvesse ouvido o sermão da montanha e visto as curas que Ele realizou, ou mesmo só tenha ouvido falar, a verdade é que era alguém que, junto com a multidão, observava a Jesus. E percebeu que Ele era um grande Mestre.

Observe, porém, como Jesus replica! Ele é rigoroso, Seu padrão é alto: Ele não tinha onde reclinar a cabeça! Então o escriba queria seguir a Jesus? Não seria exatamente como o escriba pensava. Não seria uma vida fácil. Jesus não quer discípulos acomodados, pessoas que estão esperando conforto nesta vida. Nós devemos estar dispostos a não termos aonde dormir quando seguimos a Cristo.

Jesus já tinha alguns discípulos e um deles disse ao Senhor: “Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai”. Na cultura judaica, era muito importante honrar os pais, dentre outras coisas, com um sepultamento do mais digno que pudesse ser providenciado. Mas Jesus é exigente: nós devemos considerar ser mais importante estarmos com Ele do que qualquer exigência que a sociedade nos faz. Jesus exige ser O mais importante! E Ele merece!

Que nós não desprezemos a rigorosidade e exigência de Jesus, porque Ele é digno dessas coisas todas. Deus nos conceda isso, pela Sua graça, amém!

A divindade de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Dou graças a Deus por Sua Palavra, porque por meio dela posso conhecer ainda mais o Senhor! Podemos ver as maravilhas das Suas mãos, o Seu poder, as Suas obras! Podemos crer que Ele é o mesmo de sempre, poderoso para salvar! Devemos nos encher de assombro, temor, respeito, quando lemos as Escrituras.

“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt 8:16, 17).

O poder do Emanuel era quase incrível! Ele, com uma palavra, expeliu todos os demônios e curou todos os doentes que Lhe trouxeram! Ele tinha deixado a sinagoga de Cafarnaum naquele dia, e ido curar a sogra de Pedro. Agora, durante a tarde, todos já sabiam onde Ele estava, e voltaram a Lhe trazer todos os doentes, porque com uma palavra, ele curava a todos!

A Palavra de Jesus tem poder. Ela é eficiente, porque uma vez que Ele tenha falado, aquela realidade irá passar a existir. Isso só pode ser verdade porque Ele é Deus! Homem algum pode determinar assim, com uma palavra, curas e exorcismos; pelo contrário, todos os homens dependem de Cristo para fazer isso! A Palavra de Jesus tem poder e não é de se estranhar, porque Ele mesmo é o Verbo Divino, e todas as coisas foram criadas por meio dEle.

Nós logo percebemos aqui a divindade de Jesus. Já poderíamos ter falado sobre isso antes, mas esse é um texto muito apropriado. Jesus Cristo é Deus mesmo! Ele fala, e as coisas acontecem. Me lembra um pouco de Gênesis: “Disse Deus: Haja luz, e houve luz”. Disse Jesus: “Eu quero; fica limpo!” E o leproso está curado. Diz Jesus: “Seja feito conforme a tua fé” e, de longe, o servo do centurião está curado!

Aqui também temos mais uma profecia. É uma das cinco profecias do Servo sofredor de Isaías, e é justamente aquela que aponta para o Messias como aquele que sofre em nosso lugar, paga pelos nossos pecados, é moído pelas nossas transgressões e, por sofrer o nosso castigo, nos traz a paz com Deus pelo Seu sangue!

“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53:6).

Esse não é um dos textos mais lindos da Bíblia (confira Is 52:13-53:12)? Ele revela todo o propósito de Deus em salvar. Revela todo o sofrimento que o próprio Deus propôs ao Seu único e grande Filho e herdeiro; Ele “levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”.

Nossas enfermidades, nossas aflições, tudo isso Ele dispensa com uma palavra. Mas o nosso pecado, esse O faz enfermar, e ter dores terríveis naquela cruz. Lá Ele é moído, porque nossas doenças não são nada se comparadas aos nossos pecados! Você consegue perceber isso? Você consegue entender que o verdadeiro propósito de Deus não é exorcismo ou cura, mas nos salvar de algo tão terrível que nós nem nos damos conta?

Jesus é cuidadoso

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Que bom é que Jesus esteja não só em nós, mas em nossa família também. Nós temos de falar de Cristo aos nossos familiares! Nós temos de, em oração, falar dos nossos familiares ao Senhor!

“Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. Mas Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo” (Mt 8:14, 15).

Esse pequeno texto, junto com as outras duas curas anteriores a ele, nos mostra um Jesus que, ainda que cure todos os enfermos e livre as pessoas de seus tormentos, também considera cada caso único, cada doente especial por algum motivo, cada caso particular. Jesus curava pessoas até da Síria que Lhe eram trazidas, mas era capaz de considerar cada uma!

Pedro já era discípulo de Jesus, e a sogra de Pedro, que aparentemente se dava muito bem com ele, estava doente. As pessoas logo falaram a Jesus sobre ela. As pessoas pediram que a Jesus que a curasse (Lc 4:38, 39), e Ele a curou, tendo apenas a tocado.

Curando a sogra de Seu discípulo, o Mestre se revela cuidadoso com os que são Seus. Alguém bem gostaria de dizer que Ele a curou porque Ele estava curando todo mundo, mas o texto muda o ritmo aqui, completamente. Há um parágrafo, separado, só para esta cura, que é mencionada, ainda que rapidamente.

Jesus Cristo, nosso Senhor, cuida de nós. Ele cuida de nós também quando abençoa nossa família, ou quando nossos familiares também são dEle. Nosso Redentor trata o coração das pessoas que estão à nossa volta, para que tudo corra para o nosso bem. Ah, quão suave é o cuidado de Cristo por nós!

Pelos textos paralelos, em Marcos 1:29-31 e Lucas 4:38, 39, sabemos que Jesus vinha da sinagoga nessa ocasião. Ele estava em Cafarnaum e acabara de curar um endemoninhado. No texto de Mateus, que estamos lendo, Ele vinha de uma longa maratona de curas e pregações. Imagine como Jesus deveria estar cansado! Ele não parava nunca!

Por isso a sogra de Pedro serve o Senhor. Hoje, não precisamos nos preocupar se Cristo está cansado ou não porque Ele não se cansa mais, nem precisa ele de qualquer coisa que possamos oferecer. Mas devemos ter a mesma gratidão, expressa de forma correta por nossa busca em servir a Deus. Que façamos isso mesmo! Amém.

A fé em Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Deus tem autoridade sobre todas as coisas, reina sobre tudo quanto há nos céus e na terra. Teu, SENHOR, é o reino, e Tu te exaltaste por chefe soberano sobre todos!

“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel achei fé como esta. Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado” (Mt 8:5-13).

Aqui nós temos Jesus entrando em Cafarnaum, pouco depois do sermão do monte (confira Lc 7:1-10). Um centurião tinha um servo que ele amava muito, que estava enfermo, paralítico, quase à morte, sofrendo muito. Ele ouviu falar de Jesus, de todas as curas que Ele havia realizado, e envia uma comitiva de judeus e depois outra, de amigos, a fim de que Jesus use Sua autoridade para curar o seu servo querido.

Observe o testemunho que o centurião faz da autoridade de Jesus. Primeiro, ele fala de sua própria autoridade como centurião: se ele mandasse um soldado fazer qualquer coisa, ainda que sem motivo aparente, o soldado simplesmente o obedecia! Ele poderia dar uma ordem escrita, por carta, e ainda assim o soldado ia e vinha como convinha ao centurião.

E então nos é revelado que a autoridade de Jesus também é assim: basta uma palavra dEle e aquilo que Ele ordenou acontece! Ele poderia proferir essa palavra de qualquer lugar, e seria feito. O centurião não duvidou disso, e por isso, não querendo incomodar o Mestre, pediu que Ele, de longe, pronunciasse a cura. E Jesus graciosamente o fez!

Observe que o centurião não se considerava digno de receber Jesus em sua casa. No paralelo de Lucas somos informados que ele não se considerava digno de estar na presença de Jesus, e por isso mandou outros para falar com o Cristo por ele. Observe o reconhecimento que esse homem fez de Jesus, ainda que só de ouvir falar! Não é isso incentivo a que falemos de Jesus também, a todas as pessoas?

Mas, antes de ordenar a cura do servo do centurião, Jesus elogia sua fé diante da multidão, para que servisse de exemplo. E pronuncia uma palavra dura: haverá pessoas de todos os cantos no Reino dos céus, que entrarão no Descanso, mas alguns que supunham entrar, algumas pessoas que participaram mesmo da comunhão, serão lançados fora. Por quê? Falta-lhes fé em Jesus. Eles podem até crer em milagres, mas não conseguem discernir quem é Jesus para crer nEle!

Isso é um aviso para nós: cresçamos em conhecer o Senhor, cresçamos em fé, a fim de sentarmos do lado deste centurião naquele Dia! Deus nos conceda isso, amém!

Jesus escolhe

Graça e paz vos sejam multiplicadas! É muito bom poder ouvir Deus falar todos os dias por meio de Sua Palavra. É muito bom conhecer a Jesus cada vez mais! Ore e leia a Bíblia, sempre, procurando Deus nestas páginas abençoadas! Busque-O desejando-O ardentemente, enquanto você ainda pode buscá-lO, e cresça no conhecimento de Deus!

“Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra. Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo” (Mt 8:1-4).

Jesus acabou de pregar o sermão do monte, e agora desce para ir a outro lugar. As multidões estão seguindo a Jesus, mas, aparentemente, Ele consegue ficar a sós com esse leproso, ou pelo menos não à vista das multidões.

Esse leproso provavelmente ouviu das curas que Cristo realizava (confira Mt 4:23, 24). Talvez ele não tenha ouvido o sermão do monte, porque os leprosos eram excluídos do contato com outras pessoas, por serem considerados imundos. Mas ele logo reconheceu que Jesus era o Senhor. Aliás, que Ele era Senhor. Aqui, pelo grego, esse leproso considera que Jesus é Deus quando ele diz a Cristo, “Senhor”. O leproso reconhece que esse Jesus diante dele é soberano sobre todo o universo, com um pequeno, porém singular adjetivo!

Note bem que o conhecimento desse homem e a fé que ele tinha em Jesus é algo surpreendente. No Antigo Testamento, somos informados que se alguém encostar um leproso ficaria impuro como ele. Mas o leproso está tão certo de que Jesus é o próprio Deus, que se ele tocar Ele que é três vezes Santo e totalmente puro, ele seria purificado, e não Jesus, tornado impuro. E foi, de fato, o que aconteceu!

Esse leproso reconheceu a soberania de Cristo também quando disse, “se quiseres”. Deus tem todo o poder e faz tudo como Lhe agrada. Jesus não era obrigado a curar aquele homem, nem nada devia para ele. Então o homem pede que Deus faça uma escolha! Quantos de nós já demos espaço a que Deus fizesse as escolhas em relação ao que vai fazer de nós?

E a escolha do Emanuel foi de purificá-lo. Isso ficou anotado para que nós pudéssemos aprender também. Deus deseja a nossa purificação. Deus deseja nos tocar a fim de que sejamos limpos. Deus, tendo feito uma escolha eterna pelos que são Seus certamente a realizará. Nós nem sempre podemos realizar tudo que escolhemos. Aliás, nós não temos poder algum. Mas Deus pode tudo, e nós devemos nos submeter a Ele como soberano do universo!

Observe, finalmente, que Jesus é discreto. Ele não deseja chamar a atenção para si mesmo, mas instrui o leproso a dar glórias a Deus de acordo com o que havia sido prescrito por Moisés, a fim de servir de testemunho para o povo da ação de Deus. Nós também devemos ser assim: não buscar nossa própria glória, mas testificar a glória de Deus diante dos homens! Amém!

Jesus é diferente

Graça e paz vos sejam mutiplicadas! Quantas vezes nós ouvimos sermões e ficamos impressionados, não com a mensagem, mas sim com o pregador? Quantas vezes deixamos de dar atenção ao que nos é dito pelo efeito que a pessoa que nos diz causa em nós? Nós temos de ser capazes de perceber as duas coisas: tanto aquilo que nos é dito quanto a pessoa que nos fala. Assim também com Jesus!

“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mt 7:28, 29).

Depois de pregar o sermão que recebeu nas Escrituras o maior espaço, Jesus recebeu o reconhecimento da multidão. Que discurso incrível essas pessoas ouviram! Eu imagino que Mateus tenha registrado aqui um resumo, e não tudo, mas registrou o essencial, aquilo que devemos saber. Essas palavras de Jesus são tão profundas! Tantos homens até hoje mergulham nesses textos para entender melhor o que Ele diz aqui!

Observe que as multidões ficaram maravilhadas da Sua doutrina. Não devemos estranhar essa palavra aqui. Algumas pessoas a associam à teologia e imaginam que doutrinas são coisas complexas e distantes do mundo real e prático. Que mentira! Jesus acaba de pregar um sermão muito prático e desafiador, e a Bíblia fala que Ele pregava doutrina! Nós precisamos aprender com Jesus a fazer doutrina, a entender doutrina, a fim de podermos receber e obedecer à forma de doutrina que Cristo nos entrega (Rm 6:24).

As pessoas decerto ficaram maravilhadas com a pregação de Jesus. Ele pregava com graça e amor. Seu discurso certamente é duro, e Ele estabelece um padrão que somente com a ação de Deus podemos alcançar, mas eles ainda assim ficaram maravilhados. Certamente, quando Jesus proferiu esse discurso, as pessoas entenderam não só a gravidade do que havia sido dito, mas a esperança de que, se Deus deseja mesmo que vivamos segundo esse padrão, Ele mesmo nos concederá isso, segundo a Sua promessa (Ez 36:26, 27).

Jesus também pregava com autoridade. Toda a autoridade Lhe foi dada no céu e na terra pelo Pai. Ele não precisava simular ou fingir autoridade. Ele não precisava hesitar ou se preocupar co a aceitação do Seu discurso, porque Ele possui autoridade e só se preocupam com essas coisas aqueles que gostariam de ter autoridade, mas não a têm.

Jesus também era diferente das outras pessoas que pregavam no Seu tempo. Ele não pregava como os escribas! Enquanto que os escribas e fariseus se aproveitavam do analfabetismo reinante para alterar aquilo que as Escrituras dizem tão claramente a fim de apoiarem seu próprio entendimento das coisas, Jesus proclamava exatamente aquilo que Deus dizia e o que realmente significava.

Zeloso pelo verdadeiro Deus e pelo verdadeiro conhecimento de Deus, esse era Jesus! Seu povo perecia por falta de conhecimento; o remédio? Fornecer conhecimento! Que nós possamos crescer no conhecimento de Deus e do que dizem as Sagradas Letras! Amém!

Como não obedecer a Jesus?

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Louvo sempre a Deus Pai por causa de Seu amor, Sua seriedade, Seu zelo, Sua santidade que o fazem ser sério contra o pecado, por amor de nós mesmos e por amor do Seu nome! Nós devemos mesmo nos submeter a esse Deus Forte, esse Maravilhoso Conselheiro! Como não obedecer a Jesus Cristo?

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (Mt 7:24-27).

Nosso Mestre conhecia muito bem a Si mesmo e, por isso, pode recomendar às multidões que praticassem o que Ele dizia. Ele sabe que Suas palavras estão cheias de sabedoria, de conhecimento, de justiça, retidão e pureza; Ele sabe que o melhor que um homem pode fazer é ouvi-lO, porque Ele é Deus de verdadeiro Deus e Sua palavra não mente, nem falha o Seu conselho.

O homem prudente pratica aquilo que Jesus prega e ensina. O homem insensato, não faz isso. Mas o que Jesus acabou de ensinar no sermão do monte? Justiça, retidão. Enfim, como viver uma vida que agrada a Deus, em todas as situações, seja idando com o pecado, seja com o próximo, seja praticando a piedade, ou mesmo a questão financeira; como devemos nos proteger dos falsos profetas. Agora, Ele apresenta a importância de obedecermos ao Seu padrão.

Uma pessoa que não pratica o que Jesus diz certamente acabará em ruínas! Quando o juízo daquele Dia vier, essa pessoa será condenada totalmente! Nada há nela que traga segurança para aquele Dia. No entanto, uma pessoa que confiou plenamente em Cristo e em Seu ensino, tem o próprio Deus como aliçerce da obra; Ele é a Rocha, e Deus mesmo nos coloca ali. O prudente canta como o salmista:

“Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclino para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR. Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira” (Sl 40:1-4).

Nós também seremos felizes se ignorarmos a voz do mundo, que diz: “viva sua vida como quiser”. Essa é a fala dos arrogantes! “Não há um Deus nos céus” dizem os afeiçoados à mentira! Confie e espere no SENHOR. Ele colocará você sobre uma Rocha, e sua vida estará segura para aquele Dia. Coloque toda a sua confiança no Senhor, e viva da forma como Ele prescreve, e veja como você será feliz também!

Cristo, o Juíz de vivos e mortos, já nos avisou que há de julgar o mundo (At 17:30, 31). Que Deus nos abençoe para estarmos prontos para este grande e glorioso Dia! Amém!

Jesus é o único

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Ontem nós falamos sobre os falsos profetas e mestres que se levantam na igreja. Nós podemos reconhecê-los pelos frutos. Hoje, porém, nós iremos mais além e diremos que a nossa segurança deve estar alicerçada unicamente em Cristo, pois de outra forma não somos Seus. Quão importante, e digo mais, indispensável, é que conheçamos a Jesus!

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (Mt 7:21-23).

Esse texto é muito sério e deve nos trazer muito temor de Deus e do Seu Cristo. E, ao mesmo tempo, completo descanso!

A primeira coisa que Jesus nos diz é que não basta chama-lo de Senhor; é necessário fazer a vontade de Deus (Lc 6:46). E qual a vontade de Deus Pai? Primeiro, que confiemos plenamente em Cristo Jesus para nossa salvação. Essa é a primeira coisa que Deus deseja para o Seu povo. Você crê que a sua salvação depende inteiramente da obra de Cristo? Você crê que é salvo pela graça mediante a fé nEle?

As pessoas que Jesus apresenta nesse texto não criam assim. Tinham certeza de estarem salvos, não por causa daquilo que Cristo fez, mas por causa daquilo que elas mesmas faziam. Observe que há pessoas que profetizam, em nome do Senhor, que expulsam demônios e até operam milagres, e que dizem que Jesus Cristo é o Senhor, mas porque confiam nessas coisas e não na pessoa do Salvador, porque creem que a prova de estarem salvas são dons espirituais e maravilhas que eles mesmos realizam, e não que Cristo está de fato neles, essas mesmas pessoas hão de ter uma triste surpresa naquele Dia.

Jesus não deseja que confiemos em nós mesmos. Se confiarmos nas nossas próprias obras, seremos como o arbusto no deserto, que não verá quando vier o bem (Jr 17:5-8). Nós devemos confiar no SENHOR, Ele deve ser toda a nossa esperança. Ele é digno de nossa confiança, e não nós mesmos!

Qualquer coisa em que você confie para sua salvação que não seja Cristo, é o suficiente para demonstrar que você não confia plenamente nEle. Se Ele é suficiente para que você seja salvo, então porque você acredita estar salvo por causa de boas obras? Porque você acredita que está salvo, só porque Deus operou um milagre através de você? Não é nessas coisas que você deve depositar a sua fé. Deposite toda ela em Cristo!

Naquele dia, Cristo apelará para o conhecimento que Ele tem de nós mesmos. Ele dirá aqueles que não confiaram nEle, desonrando assim a Deus Pai, que nunca os conheceu. De fato, Cristo nunca conheceu essas pessoas. Elas achavam que O conheciam, mas se O conheciam, porque depositaram a sua esperança em outra coisa que não Ele? Deus nos dê graça, a fim de que toda a nossa fé e confiança estejam nEle, e nEle somente. Amém!

Jesus discerne

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Nós todos precisamos de sabedoria para entender as coisas que observamos estarem acontecendo na igreja. Há muitas coisas erradas que acontecem por causa da falta de conhecimento de Deus, por causa da falta de conhecimento da Palavra de Deus. Nós devemos aprender com Cristo e O imitarmos:

“Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:15-20).

Porque devemos ter cuidado com os falsos profetas? Cristo deve ter uma razão muito boa para nos dizer para tomarmos cuidado. Uma das primeiras coisas que notamos é que eles são lobos roubadores. Eles não desejam o bem das pessoas, certamente que não! Jesus sabe todo o dano que eles podem causar a nós mesmos e às igrejas.

Foi por causa de lobos roubadores e todo mau que podem causar que Pedro, discípulo de Jesus, escreveu sua segunda carta (confira 2 Pedro capítulo 2). Foi para prevenir a igreja de falsos mestres que Judas, outro discípulo de Cristo, escreveu sua carta (confira Judas). Foi para instruir a igreja a nem sequer receber os falsos mestres que João, mais um discípulo de Jesus, escreveu sua segunda carta (confira 2 João)!

Esses três discípulos demonstram que aprenderam com o Senhor a discernir os falsos profetas no meio da igreja. Se as instruções aqui, desse texto, não são suficientes, confira como eles identificaram esses homens maus:

“Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa delas, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe 2:1-3).

“Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne [confira 1 Jo 4:1-3]: assim é o enganador e o anti-cristo. Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece, não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai, como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz essa doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas” (2 Jo 7:-11).

Jesus é prudente: Ele sabe o mau que esses falsos profetas podem causar na igreja e no mundo. Cristo é observador: discernir entre um falso mestre e um verdadeiro requer observação, e precisamos estar atentos a esses falsos mestres! Que Deus nos ajude nisso, amém!