terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Jesus e nossa obstinação

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como nós temos necessidade de que Deus seja gracioso conosco! Nós somos capazes de rejeitar todas as Suas tentativas de nos abençoar. Nosso coração duro não aceitará nenhuma de Suas correções ante de ser trocado por um coração de carne. E até mesmo Seu Filho, Seu único e grande Herdeiro, será morto pelos cruéis lavradores da vinha que soos nós. Somente pela graça podemos receber e ouvir a Sua Palavra!

“Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes. Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras” (Mt 11:16-19).

No texto anterior, vimos como Jesus falou bem de João Batista, o maior dos nascidos de mulher. Aqui, porém, Ele está repreendendo o povo, por ter rejeitado tanto João Batista quanto a Ele mesmo. As pessoas viram João, agindo de forma completamente diferente da sociedade, e o rejeitaram. Vem então Jesus, vivendo na sociedade e para ela, e Ele também é rejeitado!

Devemos entender, portanto, que independente da forma como abordamos as pessoas com o Evangelho, por ser ele um insulto ao humanismo, ao nacionalismo, e a todos os “ismos” pelos quais a nossa cultura tanto preza, por ser ele uminsulto ao egocentrismo e ao próprio ego inflado, as pessoas rejeitarão a mensagem de boa-nova. Não importa se agimos como da alta sociedade, ou se vivemos como párias: as pessoas desejam, de todas as formas, rejeitar a verdade de Deus.

Foi isso que o povo de Israel fez com João e com Jesus e é isso que se deve esperar em todos os lugares. Mesmo nas cidades onde os apóstolos, ou mesmo Paulo, pregaram e muitos foram salvos, houve perseguição. Em Damasco, cidade onde Paulo fora para prender muitos do “Caminho”, depois de ser salvo por Cristo e pregar na cidade, ele teve de sair de lá às escodidas, descido por um cesto!

Isso só serve para demonstrar a verdade e a incoerência das pessoas. Elas querem ter motivos, desculpas para não crerem em Cristo. Elas irão usar qualquer coisa, por mais absurda que seja, como razão para não dar ouvidos ao Evangelho que pode salvá-las.

Hoje também rejeitam ao Senhor Jesus Cristo. Há quem diga que Ele nunca existiu. Essas pessoas não são sinceras, porque a existência de Jesus é o fato mais bem estabelecido do período clássico, bem como a Sua divindade.

Hoje as pessoas dizem: “Não creio em Deus, nem em milagres, porque não há provas!”. E, se alguém apresenta a Bíblia, uma coleção de 66 livros de pessoas que viram a Deus e testemunharam milagres, não seus pais ou antepassados, mas eles mesmos, livros cujos fatos narrados podem ser averiguados pela arqueologia, a pessoa replica: “Mas eu não posso tomar a Bíblia como prova, pois a Bíblia é um livro religioso, um livro que fala coisas como a existência de Deus, ou a ocorrência de milagres”.

Incoerentes! Aceitem de uma vez o Evangelho de nosso Senhor, ou admitam que, apesar das evidências em seu favor, vocês não o desejam. E nós, que cremos em Cristo, demos graças a Deus pela nossa salvação. Amém!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jesus e João Batista

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom ser conhecido por Jesus! Temos falado muito sobre o conhecimento que nós temos dEle, mas Ele também deve nos conhecer se somos salvos. “Nunca vos conheci” é o que Ele diz apenas aos que serão expulsos de Sua presença (Mt 7:23), mas as Suas ovelhas, Ele conhece muito bem.

“Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí vos enviou diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 11:7-15).

Esse é um texto longo, mas bastante claro: Jesus está falando sobre João e seu ministério. João havia nascido, como sabemos, de Isabel, 6 meses antes de Jesus, aproximadamente. E João desde o seu nascimento havia recebido uma missão muito especial, que era preparar o caminho do Messias. João vivera boa parte da sua vida ministerial no deserto, vestindo peles de camelo e comendo gafanhotos com mel. E havia também recebido o Espírito e poder de Elias, isto é, Deus o havia preparado como um profeta especial.

Jesus fala que dentre todos os filhos dos homens, nascidos de mulher, não houve ninguém maior que João. Ninguém teve que passar pelas coisas que João passou, desde o berço. Nenhum homem que não o Filho do Homem teve uma missão tão importante na terra. João preparou o caminho que Jesus haveria de trilhar! Ele começou a pregar o arrependimento e o reino de Deus antes do Senhor!

Jesus aponta para João Batista como um verdadeiro profeta que, como todos os outros, foi rejeitado pelo povo e pelas suas autoridades. Um profeta que viveu de forma estranha e que com isso demonstrava obediência e santidade, uma pessoa diferenciada do mundo e que nada tinha em comum com o mesmo. Estava no mundo, mas não era do mundo. Era um homem do qual esse planeta não era digno.

Um profeta com um ministério que Jesus conhecia. Uma pessoa a quem Jesus estimava, que considerava como acima de todos os outros homens que vieram antes dele. Só não era maior que os anjos! Jesus reconhece o valor de João Batista. Jesus está querendo nos dizer algo com isso. O que seria?

Certamente, nós também temos de ser diferentes do mundo. Nós temos de ser mais parecidos com Jesus. Ou João Batista. Nós não podemos amar o mundo. Temos de ser obedientes e santos, de tal forma que o mundo não seja digno de nós. Esse é o padrão de Jesus: não a riqueza, os palácios, s roupas finas, e fazer parte da diretoria; mas vaguear pelo deserto a fim de cumprir a missão que nos é dada por Deus. Que Ele mesmo nos abençoe para fazermos isso! Amém.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Jesus cumpre tudo

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Só o ouvir falar de Jesus é uma grande alegria! Saber que Ele, Deus mesmo, encarnou e fez tudo o que fez, disse o que disse, nos dá toda a esperança de que Ele de fato ama o Seu povo e cumpre o Seu propósito eterno. Jesus ter vindo nos dá segurança que Deus não muda de idéia, e sabemos que Ele também voltará um dia, como prometeu!

“Quando João ouviu, no cárcere, falar das obra de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11:2-6).

João estava na prisão, provavelmente, por ter repreendido o governador. O ministério de João já está no fim, e ele já havia batizado Jesus. Mas, mesmo na prisão, ele ouve falar das obras de Cristo. Observe que o Evangelho não diz, Jesus, mas sim, Cristo, ou Messias. As obras que João havia ouvido que Jesus fizera eram claramente aquelas que testavam que Ele é o Cristo, o cumprimento das promessas antigas e preciosas.

Não creio que a pergunta de João é porque ele duvidasse de Jesus: ele sabia que havia de preparar o caminho do Senhor, e sabia quem esse Senhor era porque já o havia batizado. Talvez João estivesse se sentindo como num sonho feliz, e não estivesse crendo na realidade do que estava acontecendo. Seja como for, havemos de encontrar o motivo da pergunta de João também na resposta que Jesus nos dá.

Primeiro, Cristo diz aos discípulos de João que anunciem a ele o que eles mesmos estavam vendo. Talvez João suspeitasse que as histórias haviam sido inventadas. Há muitos hoje que também pensam assim. Eles bem gostariam de rasgar os textos em que Jesus opera milagres, pois eles não querem crer nessas coisas. Ouros ignoram outros aspectos da fé, que Jesus apontou em Seus sermões, que muitos outros gostariam que não estivessem lá. Mas os registros dos Evangelhos são fiéis em tudo, porque foram escritos por pessoas que estavam lá com Jesus, ou por pessoas que ouviram de quem estava lá, como é o caso do Evangelho de Lucas.

As obras que Cristo fazia eram realmente messiânicas: as profecias apontavam para a vinda do Messias como um tempo de paz e também onde ninguém ficaria doente, e Jesus está anunciando que um dia isso realmente será verdade, ao curar os enfermos agora. Jesus curou inúmeras pessoas, os Evangelhos não nos dizem quantas foram, mas deve ter sido um número bem grande!

Mas a missão do Cristo também estava cumprindo outra promessa, mostrando que não haveria de vir outro para completa a missão: as boas-novas estão sendo pregadas aos humildes e aos pobres. Deus está revelando Sua salvação aos quebrantados, outra profecia cumprida! Como Jesus é completo! Não precisamos de outro que venha depois dEle, porque Ele cumpre tudo!

A verdadeira felicidade é olharmos para Jesus e não haver nada nEle que nos entristeça. Que seja assim conosco, amém!

sábado, 28 de janeiro de 2012

A agenda de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom poder conhecer o Deus de amor, e poder confiar em Sua fidelidade e bondade! Como nós somos felizes porque Cristo, Deus o Filho, veio e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, não nós, mas aqueles que viveram antes de nós e nos passaram, pelos Evangelhos, esse conhecimento sublime!

“Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles” (Mt 11:1).

Jesus mal tinha acabado de dar essas instruções aos Seus doze discípulos, como vimos nas postagens anteriores, e já saiu pelas cidades para continuar Sua obra. Realmente é fantástico como que Jesus era ativo e estava sempre ocupado! Ele tinha consciência de que Seu ministério não duraria 40 anos, mas 3 ou no máximo 5, o que é pouco tempo. Ele sabia que não tinha tempo algum a perder.

Nós mesmos devemos aprender isso com Jesus: às vezes pensamos que iremos ficar muito tempo nessa terra, e nos engajamos em um trabalho para o Senhor, uma obra de evangelismo. Visitamos as casas, batendo de porta em porta, por uma ou duas horas, durante um dia da semana apenas. Ou talvez visitemos hospitais, ou asilos, e combinamos com os irmãos fazermos isso regularmente, uma vez por mês.

Quanto tempo temos perdido porque achamos que ficaremos cansados? Deus renova o vigor dos que confiam nEle. Até os jovens se cansam, e os moços, de exaustos caem, mas não aquele que trabalha na obra de Deus! Ele sente um renovo especial, seu sono parece revigorante e ele dorme como uma criança, e de manhã está totalmente disposto!

Jesus também havia cofiado uma missão aos discípulos. O texto paralelo, em Lucas, nos diz que os discípulos também saíram pelas cidades de Israel. Observe que Jesus não se preocupou muito, não vigiou de perto suas ações. Ele simplesmente deixou os discípulos com essa missão e foi para as cidades deles, isto é, aquelas cidades em que os discípulos mesmos não iriam. Senão, que sentido haveria de instruí-los que procurassem pousada na casa de outros?

Essa é outra coisa maravilhosa que aprendemos sobre Jesus: enquanto os discípulos iam fazer a obra que haviam recebido, Cristo mesmo cuidou de ensinar e pregar nas cidades deles, onde viviam seus familiares e amigos. Que alegria saber que, quando obedecemos a Deus, Ele mesmo já providenciou o cuidado do que deixamos para trás! Deus chama uma família com filhos pequenos para trabalhar em missões, numa tribo distante: Ele já cuidou da educação que essas crianças terão!

Observe também que Cristo ensinava e pregava. Ensinar ou pregar não bata: precisamos das duas coisas. Você vai aos cultos mas não participa da escola dominical? Você gosta muito de estudar a Bíblia com livros, mas não freqüenta uma assembléia dos santos? Não se engane, precisamos das duas coisas!

Que Deus nos abençoe cada dia com mais conhecimento da pessoa de Jesus, pois essa é a vida eterna! Amém.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jesus e a hospitalidade

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom podermos receber a Palavra de Deus em nossos corações, todos os dias! Podemos assim conhecer melhor a Deus, e Ele pode assim fazer parte de nós e nos levar a uma vida real, espiritual e piedosa! Pelo conhecimento dEle, e por Ele nos transformar, Ele nos supre amplamente a entrada no Seu reino eterno!

“Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo. E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o se galardão” (Mt 10:40-42).

Esse texto é muito precioso e gracioso, porque Jesus está terminando as Suas orientações aos discípulos, que em breve sairiam por Israel pregar o Evangelho do Reino e praticar serem iguais ao seu Mestre. Logo, eles estariam vivenciando em primeira pessoa aquilo que eles viam Jesus fazer! Devia ser uma sensação tão boa!

Jesus, então, lhes dá uma última instrução, que serve como verdadeiro incentivo: as pessoas que recebessem aos discípulos, e que fossem hospitaleiras com eles, estaria na verdade recebendo o próprio Jesus, porque Jesus os havia enviado. E assim, estariam recebendo o Pai também, pois o Pai enviou o Filho. As pessoas iriam tratar bem os discípulos, caso os recebessem como verdadeiros enviados de Deus, porque seria como se estivesse recebendo o próprio Senhor da glória!

Da mesma forma, Jesus ensina que essas pessoas iriam ser galardoadas, recompensadas, pelo auxílio que dessem aos discípulos. Se os recebessem em casa, ou mesmo lhes dessem um copo de água fria para refrigerar do calor e do cansaço da viagem, as pessoas iriam estar colaborando com o crescimento do Reino de Cristo na terra, e certamente Deus as abençoaria por isso. Ora, isso não é Deus premiando Seus próprios dons? Ele envia Seu Filho para fazer o bem e trazer salvação, e ainda dará mais àqueles que agirem com gratidão!

Jesus também garante isso para que Seus discípulos estejam confiantes de que foram enviados por Deus e que, mais do que eles, o que importa é que o Evangelho de Deus esteja sendo recebido. Algum discípulo poderia perguntar: “mas Senhor, eu sou o menor dos discípulos, e a pessoa portanto terá o menor galardão!” Mas Jesus já responde a essa objeção, quando diz, “por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão”.

Ó discípulos de Cristo, estejam confiantes! Mais do que a aceitação ou rejeição que vocês receberem, lembrem-se que é Cristo que está sendo proclamado. Ele os enviou para que vocês fossem como Ele é!

O cristão hoje não deve pensar de forma diferente. Ainda que ele não se considere, nem deva, um apóstolo, que ele pelo menos seja um discípulo e esteja confiante de que foi Cristo quem o enviou. Que ele esteja confiante de que deve proclamar as boas-novas do Messias e receber um galardão semelhante. Oh, como é bom podermos imitar a Jesus!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Jesus e a família

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom poder conhecer a Jesus, através da Palavra de Deus! As Escrituras são precisas e nada omitem a respeito do Salvador. O mesmo não podemos dizer de certos homens, ou talvez de nosso próprio coração enganoso. Que nosso conhecimento sobre Cristo seja dado por Deus e não por fábulas engenhosamente engendradas!

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e a sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á” (Mt 10:34-39).

Jesus advertia a Seus discípulos sobre as dificuldades que eles haveriam de encontrar por seguir a Ele, e as dificuldades enquanto cumpriam as ordens do Senhor. As pessoas teriam resistência. As pessoas odiariam e se oporiam. Pessoas da própria família deles! Cristo mesmo enfrentou a oposição de familiares durante Seu ministério, porque lemos: “nem mesmo os seus irmãos criam nele” (Jo 7:5). Não devemos esperar uma recepção melhor se confiamos em Cristo e buscamos obedecer a Deus!

E, de fato, essa é a guerra mais angustiante que um homem pode ter: discutir com familiares é realmente frustrante. Na sua família estão pessoas que você conhece muito bem, e que te conhecem muito. Quem dera os inimigos estivessem longe, e pudéssemos não sentir tanta simpatia por eles! Quem dera não conhecessem nosso intimo tão bem!

Jesus usa a afinidade entre o pai e o filho, a filha e a mãe, a nora e a sogra para afirmar quão próxima e quão terrível seria essa disputa. Não são familiares distantes, que moram longe, mas o pai, o irmão, o filho, com quem vivemos boa parte da vida, que se opõem mesmo a que vivamos como Deus nos prescreve!

Porém, Cristo deve ser mais importante para nós que a nossa própria família. Não devemos deixar de obedecer a Cristo para obedecermos a um pai incrédulo. Não devemos amolecer diante do pedido ímpio de um filho que possa nos tirar do Seu caminho. Devemos suportar com paciência a perseguição, mesmo a que vem da própria família, a fim de percebemos o que Jesus deve ter sofrido, e como o Pai deve se sentir quanto aos rebeldes.

Não somos nós, porém, que devemos lutar e fazer outros sangrar por causa da fé. Se possível, no que concerne a vós outros, tende paz com todos os homens. Mas não aceite a paz que negocia o Evangelho, ou a obra que Deus He confia, pois essa não é uma paz verdadeira! Esteja disposto a ser humilhado, a sentir vergonha, por causa de Cristo, e isso provocado pelos seus mesmo. Esteja disposto a ser amaldiçoado; você não espera menos de alguém que carrega uma cruz. Você ama mais a sua família ou a Cristo?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Jesus e a nossa confissão

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Que alegria e segurança sermos de Jesus! Que bom que Ele está em nós e nós estamos nEle! Deus quando olha para nós, vê Cristo nos envolvendo e estamos seguros. E os homens, quando olham para nós, será que suspeitam que é Cristo quem vive?

“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:32, 33).

Esse texto é uma continuação das exortações que Jesus está dando aos Seus discípulos antes de enviá-los. Depois de lhes dizer aonde ir, como se hospedarem, como se guardarem dos homens maus, e o dever de terem coragem de anunciar a verdade, Cristo também lhes ordena que professem sua fé por Ele.

Ora, Jesus, fazendo todas estas coisas os discípulos já não estariam professando a sua fé? Bom, talvez não necessariamente. Note bem que Jesus também acabou de falar do dever de temermos a Deus. Deus é absolutamente soberano, e a Sua exigência de O confessarmos, depois de entendermos Seu poder e Sua autoridade, e da Sua proteção que Ele nos dá, soa mais como algo do tipo: “Sejam coerentes! Existiria algo melhor para vocês fazerem? Deus tem todo o poder; porque vocês não haveriam de obedecê-lO?”.

Sabedores, no entanto, do cuidado que o Pai tem por nós, porque haveríamos de negar a Jesus? Sabedores do amor com que Ele nos amou, iremos carregar a Sua vergonha, também fora da porta!

No entanto, como fazer isto? Negar ou confessar a Jesus pode ser feito de várias formas, mas certamente negá-lo ou confessá-lo com os lábios é a primeira. Mas Pedro negou três vezes a Jesus quando Ele foi para ser crucificado; Jesus negou a Pedro diante do Pai? Não! Por quê? Porque Pedro havia andado com Jesus, e por isso as pessoas afirmavam que ele era um dos Seus discípulos.

O contrário também pode acontecer, e Jesus nos avisou disso em Mt 7:21-23: pessoas que confessam Jesus com os lábios e fazem obras em Seu nome, que, no entanto, não fazem a vontade do Pai, e Cristo não os conhece, nem jamais os conheceu.

O que verdadeiramente importa, e a confissão que realmente é verdadeira, é aquela em que Cristo vive em nós. É aquela em que imitamos o Senhor encarnado, e seguimos os Seus passos. É aquela confissão do discípulo que abandona todo e O segue. É mais simples e ao mesmo tempo mais perigoso que simplesmente dizer “Senhor Jesus!”, é mais simples e ao mesmo tempo mais perigoso que fazer milagres e profetizar em nome do Mestre: é sermos iguais a Ele.

Jesus deseja que sejamos como Ele é, e Ele exige isso como confissão de fé, porque sabe que a melhor forma de demonstrarmos que confiamos plenamente em alguém é quando imitamos essa pessoa. Nós confiamos plenamente em Cristo? Nós demonstramos isso aos homens, vivendo com o mesmo caráter dEle, sendo Ele que vive em nós? Que Deus nos dê essa graça! Amém.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Jesus e a soberania de Deus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom saber que Deus tem o controle de todas as coisas! Nada acontece, nem mesmo um passarinho cai, se essa não for a vontade de Deus. Quanto mais as coisas que acontecem na nossa vida! Podemos descansar plenamente nEle enquanto vivemos para a Sua glória!

“O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o em plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados. Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valei vós do que muitos pardais” (Mt 10:24-31).

Jesus está dando mais orientações aos Seus discípulos, continuando as que vimos nas últimas duas postagens. Agora, Ele começa a falar sobre os homens maus, que haveriam de destratar e ameaçar a vida dos discípulos enquanto eles faziam o que Cristo os havia mandado fazer.

Primeiro Jesus afirma que esses perseguidores teriam discípulos e que todos seriam muito maus. Sendo eles seguidores ou servos desses homens maus, haveriam de ser tão maus quanto seus próprios senhores e mestres. Nós também devemos ser capazes de fazer tal discernimento: se uma pessoa obedece com alegria alguém que é mau, essa pessoa também é má. O servo do homem mau deve sempre ser bom e fazer o bem (I Pe 2:18-20); caso contrário, se peca, será mau como seu senhor humano.

Nós também temos de entender o convite do Mestre, de sermos iguais a Ele, aqui. O discípulo deve buscar ser igual ao seu mestre, e nós devemos buscar sermos iguais a Jesus! Não faria sentido O chamarmos de Mestre se não fosse com esse objetivo. Nós O seguirmos para andarmos nas Suas pisadas.

Jesus nos chama a proclamarmos a verdade para que todos possam ouvir. A luz não é colocada debaixo de uma caixa de papelão, para ficar escondida, mas em cima, no teto para iluminar todo o ambiente. Nós também devemos pregar a verdade toda, completa, de forma clara e de forma a que todos possam ter acesso a ela.

Nós também não precisamos ter medo das adversidades e dos homens maus. Proclamando a verdade, as pessoas que vivem na mentira se sentirão insultadas pessoalmente, e tentarão nos calar. Principalmente porque, em geral, são essas as pessoas que detêm o poder neste mundo tenebroso que jaz no maligno. Mas Jesus nos diz para não termos medo dessas pessoas.

Nós não precisamos ter medo dessas pessoas, nem dos problemas e adversidades, porque Deus é soberano. Deus é quem todos nós devemos temer, porque Ele pode tanto fazer o corpo quanto a alma perecerem no inferno, isto é, Ele é o único que pode aplicar a justiça verdadeira que todos merecemos. Antes de temer aos homens e deixar de proclamar a verdade, devemos fazer como os apóstolos, e entender que antes importa obedecer a Deus que aos homens (At 4:19, 20). Que Deus nos abençoe para que façamos assim! Amém.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Jesus nos chama a O imitarmos

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom sabermos que todas as coisas que Jesus nos diz, todas as Suas instruções para nós, são para que sejamos como Ele é! Ele nos diz como devemos agir e como nos comportarmos diante desse mundo que nos odeia como odiou a Ele mesmo. Que bom saber, do Mestre, o que devemos fazer!

“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobo; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas; por minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós. Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filhos; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem” (Mt 10:16-23).

Jesus agora está prestes a enviar os Seus doze discípulos para uma missão especial. Eles haveriam de sair por Israel e Cristo os estava preparando. E a primeira orientação dEle é quanto ao caráter que os discípulos deveriam ter: prudência e simplicidade. Porque? Porque os discípulos correriam perigos, e deveriam tanto evitar problemas pela sabedoria quanto pela inocência, assim como Ele mesmo fazia.

Jesus não corria atrás de problemas, os problemas corriam atrás dEle. Ele porém tanto era sábio para responder Seus acusadores e adversários quanto era plenamente inocente e ninguém poderia convencê-lo de pecado ou apontar alguma falha nEle. Nós também devemos ser assim, como o Senhor! Essa é uma ótima forma de evitar problemas com o mundo: sendo prudente e inocente.

Jesus sabia que os discípulos iriam ter de ficar face a face com as mais diversas pessoas, desde gentios até importantes membros da sociedade e do estado. Ele os orienta a dependerem inteiramente na atuação do Espírito Santo a fim de pregarem e darem testemunho de Cristo. Jesus mesmo dependia do Espírito a fim de poder dar exemplo para nós, e o Espírito veio sobre Ele no Seu batismo. Nós também devemos confiar a nossa pregação não a métodos ou esquemas, mas a Deus o Espírito, que certamente nos auxilia.

Jesus também sabia dos efeitos que o Evangelho provoca aonde quer que chegue: espada, guerra, divisões, mortes. O verdadeiro Evangelho não é o anúncio de uma paz que não existe, mas de uma guerra cuja paz só pode ser alcançada por Cristo, dando-a a nós pela graça mediante a fé. O Evangelho também transforma a pessoa que recebe a Jesus, e isso pode gerar ódio, especialmente das pessoas que amavam o velho homem que ali havia.

Nós devemos nos preparar, como discípulos de Jesus, a sermos prudentes e sábios, cuidadosos dos homens maus, dependendo do Espírito para testemunhar a quem quer que seja e esperarmos ódio e contendas, assim como Ele. Deus derrame mais graça sobre nós! Amém.

domingo, 22 de janeiro de 2012

As instruções aos discípulos

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como nós nos regozijamos pelo conhecimento de Cristo! É tão profundo, é tão rico e precioso! Nós precisamos aprender cada vez mais de Jesus a fim de que possamos ser como Ele é, e pelo conhecimento dEle todas as coisas que conduzem à vida e à piedade nos são dadas por Deus!

“A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel; e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento. E, em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes. Ao entrardes na casa, saudai-a; se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade” (Mt 10:5-15).

Aqui o Mestre dá instruções diversas aos Seus discípulos. A primeira delas é que eles haveriam de sair nessa missão apenas para o povo de Israel, inicialmente. Sabemos que Jesus era o Servo prometido que haveria de redimir não só a casa de Jacó mas homens de todas as nações. Mas, primeiro, importava que o Evangelho fosse pregado ao povo da Antiga Aliança, como cumprimento da promessa de Deus. Talvez alguns gregos ouvissem o Evangelho enquanto os discípulos pregavam, mas esse não era o foco.

Jesus também instrui a que eles não cobrem pelos seus “serviços”. Os discípulos estariam trazendo curas e libertação ao povo, fazendo aquilo mesmo que Jesus havia feito: curando toda sorte de doenças e livrando os endemoninhados de seus tormentos. E os discípulos não deveriam aproveitar a fama que obteriam ou a boa-vontade que as pessoas teriam para com eles para enriquecer, porque aquilo que eles estavam oferecendo às pessoas, eles haviam recebido de graça.

Não é essa uma repreensão contra aqueles “pastores” e “apóstolos” que empregam mesmo artistas e atores para encenar curas, ou mesmo as realizam de verdade, mas usam isso para enriquecer? Afirmam que o ministério precisa de doações e doações, quando são eles mesmos que enriquecem, e as doações apenas pagam por produtos e canais de televisão? Durante o caminho, eles se provêm de ouro e prata, e duas túnicas, e alforjes para o caminho: ternos caros, jatos particulares, mansões. Eles não seguem o ensino e exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo!

Jesus dá ainda mais um motivo pelo qual não devemos cobrar ao realizarmos a obra que Deus nos dá: digno é o trabalhado do seu alimento. O discípulo de Jesus não deve jamais se orgulhar de tirar dinheiro do trabalhador, dinheiro que lhe serviria para alimentar sua família. No entanto, é exatamente isso que certos ministros de satanás, disfarçados de ministros da justiça, tem feito e isso para vergonha do nome de Cristo, apresentando ao mundo um Jesus que nunca existiu fora da mente deles mesmos.

Jesus também fala da seriedade da pregação do Evangelho. Todos nós devemos dar atenção a isso: que a recusa do Evangelho não é uma coisa simples, como escolher ou não vestir determinada roupa: é a desobediência contra Deus, é plena rebeldia declarada, e Deus terá mais rigor contra aqueles que rejeitam o Seu maravilhoso Evangelho do que com os próprios homens de Sodoma e Gomorra. Deus nos ajude a atentar para Suas exortações e instruções. Amém!

sábado, 21 de janeiro de 2012

A sabedoria de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Depois de duas semanas de férias, estou de volta para continuar a procurar o caráter de Jesus com essas devocionais. Que grande prazer é ter sido chamado por Jesus para ser Seu discípulo! Que alegria poder ter tão Grande Mestre sobre nossas vidas, e poder imitá-lo cada vez melhor!

“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu”

Jesus escolheu Seus discípulos. Isso não era comum na Sua época, mas sim o contrário: as pessoas seguiam e tomavam por mestres aqueles que elas mesmas queriam, mas não seria assim com nosso Senhor. Cristo, sendo Deus, tinha todo o direito de escolher quem Ele abençoaria como Professor, mesmo porque, somente Ele poderia fazer a escolha correta!

Agora o Mestre chama Seus discípulos. Eles sabiam quando o Mestre iria lhes contar alguma coisa especial ou particular, ou quando eles deveriam O ouvir falar. Quando em Mt 5, Jesus sobe no monte e se assenta, os Seus discípulos se aproximam dEle para O ouvir melhor. Agora, eles também devem prestar bastante atenção, porque Jesus os chamou. Que nós também possamos dar a atenção que nosso Senhor merece quando Ele nos fala!

Cristo chamou Seus discípulos para lhes dar autoridade sobre demônios e doenças. Quanta sabedoria de Jesus nisso! Seus discípulos tinham de entender que lhes era necessário serem iguais a Ele mesmo. Mas, para isso, tinham de receber do Senhor a autoridade para operar milagres e sinais, assim como Ele mesmo possui autoridade. Não basta termos o desejo de curarmos as pessoas, ou de lhes fazermos qualquer bem. Não importa se queremos ter o Seu poder, temos de receber o Seu caráter em nós!

Observe também a sabedoria do Deus Encarnado quando Ele permite que outros O imitem: Jesus logo iria para morrer, em Jerusalém, e ressuscitaria, e ascenderia aos céus. Ele sabia que a Sua obra deveria continuar na terra a despeito de Sua partida. E, para isso, é necessário que outros sejam como Ele é! Ele haveria de enviar o Espírito Santo a eles mas, por agora, Ele também deseja que os discípulos creiam que é possível serem iguais ao Senhor de toda Luz. Que também tenhamos essa certeza, a e que um dia seremos como Ele é!

Por fim, Jesus sabiamente os dividiu em número de dois. É melhor serem dois do que um. Um protege o outro, um levanta e incentiva o outro, o trabalho de dois unidos é maior que o trabalho de dois separados, e o aproveitamento dos resultados também é maior. Deus o Filho não deseja que andemos sozinhos na vida de serviço ao Senhor, nem na vida cristão. Precisamos de um irmão, sempre; precisamos uns dos outros.

Que possamos aprender com o Mestre o Seu caráter sábio e amoroso! Amém!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Jesus e a seara

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Já imaginou como seria se Jesus vivesse hoje, percorrendo todos os lugares pregando o Evangelho e curando os enfermos? Já pensou que coisa maravilhosa se o próprio Cristo ensinasse nas igrejas, discipulando as pessoas?

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt 9:35-38).

Jesus percorria todas as cidades e povoados. Israel não é grande em tamanho, e por isso o Servo de Deus podia manter um ministério itinerante na nação Eleita da antiga Aliança. Ele poderia muito bem ter ficado em casa, onde as pessoas levariam pessoas a Ele; certamente, seria menos cansativo pra Ele mesmo. Ele poderia ter ficado ao redor de Sua própria região e pregado na sinagoga onde Jairo era o chefe, ou em um monte ai, próximo. Mas Ele sabia que deveria ter um ministério viajante se fosse cumprir as profecias sobre Ele.

Percorrendo todas as cidades, o Mestre abençoava as pessoas com curas. O Espírito do SENHOR estava (e está) sobre Ele, pelo que Ele foi ungido para pregar, libertar e curar também. Isso também fazia parte do ministério de Jesus e sendo Ele quem Ele era, não haveria de se eximir de coisa alguma que o Pai lhe ordenasse. Nisso vemos a obediência de Cristo, a Sua diligência, um caráter brilhante que surpreende, único, incomparável!

Mas, durante essas viagens que Ele fazia, Ele viu as multidões. Jesus percebe quando alguma coisa está fora de lugar no coração do homem, e as multidões estavam como ovelhas sem pastor: abandonadas, negligenciadas, deixadas à sua própria sorte. Ovelhas se deixadas assim estão muito perto da morte. E Jesus se compadeceu das multidões.

Jesus já havia ensinado a Seus discípulos como orarem, e agora, Ele lhes dá um pedido de oração. Sabemos que se pedirmos algo da vontade de Deus, Ele nos ouve (I Jo 5:14, 15), e aqui vemos Jesus dizendo pelo quê devemos orar, ou aquilo que, em oração, devemos pedir! Orar e pedir em nome de Jesus não é dizer um “em nome de Jesus, amém” depois da oração, mas orar aquilo que o Senhor oraria. E Ele oraria para que Deus mandasse mais trabalhadores para a Sua seara. Nós também temos de orar por isso!

O pedido de oração que o Messias nos instrui é mais uma prova de Seu caráter e Sua inteligência: Ele pediu não por Ele, mas pelas multidões pelas quais se compadecera. Ele nos orienta a fazermos algo ousado e efetivo em favor dessas multidões: orarmos. E orarmos para que haja mais trabalhadores na seara de Deus porque se as multidões serão amparadas e cuidadas, então faz-se necessário que haja mais pessoas trabalhando.

Porque nós somos o meio pelo qual Deus, normalmente, abençoa as multidões. Deus, mande mais trabalhadores para a Sua seara! Se falta pessoas a serem enviadas, envia-me a mim! Amém.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Jesus e nossa incredulidade

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Quanta coisa nós podemos aprender de Jesus com os Evangelhos! Cada pequeno texto, cada verso ainda que dos menores, revela conhecimento da Sua pessoa. Os registros que Deus nos deu são completos, e certamente, aquilo que Deus revelou deve ser apropriado por nós mesmos, para o nosso bem!

“Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo endemoninhado. E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel! Mas os fariseus murmuravam: Pelo maioral dos demônios é que expele os demônios” (Mt 9:32-34).

Jesus havia acabado de curar dois cegos, no texto anterior. Pelo que sabemos, Jesus lhes disse a que guardassem segredo do milagre, mas eles, assim que saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela região. Não sabemos porque Cristo lhes havia advertido a que não contassem pra ninguém, mas podemos supor que Ele não queria que as pessoas o buscassem apenas para receberem curas ou milagres, mas sim que elas buscassem a Ele mesmo.

Jesus já havia lidado antes com as multidões. Sabemos do final do capítulo 4 de Mateus que Jesus curou muitas pessoas. Nosso Senhor, no entanto, não havia curado todas as pessoas enfermas ou endemoninhadas que existiam e, por isso, um mudo endemoninhado ainda poderia ser encontrado, como foi nesse texto. E as multidões logo o levaram até Cristo. Como o fizeram não nos é dito, mas eis ele ali, diante de Jesus, e aquela multidão observando o que iria acontecer.

Jesus então expele o demônio e ao mesmo tempo cura o homem de sua mudez. Isso deve nos causar tanto espanto quanto causou nas multidões! O Filho tem poder tanto para um quanto para outro, e para realizar ambos com a mesma facilidade. Nós às vezes temos a impressão de que certas doenças, limitações, tormentos ou dificuldades são tão difíceis de resolver. De fato, para nós que nada podemos, mesmo com o desenvolvimento de toda a ciência, ainda é difícil curar mesmo a menor das doenças, enquanto que Cristo pode curá-las com uma palavra!

As multidões logo identificaram como Jesus era diferente de tudo o que eles já haviam visto ou ouvido falar. Nunca antes alguém havia curado tantas pessoas, exorcizado tantos demônios, realizado tantos sinais. Agora, Elas percebem que Jesus realizou algo que ninguém nunca tinha feito: ao mesmo tempo em que exorcizou o demônio, também curou o mudo que estava endemoninhado.

Nós também devemos nos assombrar e tremer diante do poder de Jesus. Nós precisamos depender inteiramente dEle. Mas não como as multidões que depois o crucificariam. Elas iam a Ele atrás de milagres e sinais. Nós devemos buscá-lO por causa de quem Ele é: Rei dos reis, Senhor dos senhores, Filho de Deus, Messias, Redentor prometido!

Há também que se observar a postura dos fariseus: incredulidade. Eles murmuravam sobre o que Jesus havia feito. Quantos de nós não fazemos o mesmo? Já ouvi e li pessoas dizerem que Jesus de fato não fez milagres, e isso de pessoas que se dizem cristãs! Mas nosso erro não é muito menor se, lendo o relato da Sua história, não formos seriamente abalados, não tremermos de medo e assombro sobre a pessoa de Cristo, Seu caratê, Seu poder, Sua graça. Se não nos admirarmos dEle, e do que Ele fez, de que adianta afirmarmos que o relato é verdadeiro? Porque ele não tem efeito algum sobre nós! Deus tenha misericórdia, e que creiamos verdadeiramente no Seu Filho antes que se ire! Amém.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Jesus e a nossa busca

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Toda a nossa fé depende do conhecimento que temos de Cristo. Ou cremos na pessoa dEle, ou cremos em algo errado e indigno da nossa fé. Há pessoas que crêem na própria fé, pensando que é ela, e não Jesus, que nos faz o bem ou tem poder para realizar milagres! Não devemos pensar assim, senão vejamos:

“Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi! Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos. Jesus, porém, os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba. Saindo eles, porém, divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra” (Mt 9:27-31).

Há muitas pessoas que usariam este e outros textos que temos visto para tentar encontrar uma fórmula pela qual poderiam obter milagres. Mas não é esse nosso objetivo; antes, queremos saber quem é Este que opera maravilhas com um toque ou mesmo uma palavra. Quando nos focamos na cura, estamos ignorando o propósito do Evangelho, que é anunciar a Jesus! Precisamos aprender algo sobre Jesus neste texto, ou nossa leitura será em vão.

A primeira coisa que devemos admitir é que Jesus opera curas e milagres. Não poderia ser diferente, porque Ele é Deus encarnado. Mais ainda, é do Seu feito abençoar e curar: Sua mão não está encolhida para fazer o bem.

No entanto, Cristo aqui atende dois cegos que clamavam por Ele. Teria sido muito fácil Jesus os curar de início, mas Ele vai até Sua casa, longe das multidões, e lá Ele os curou. Essa não será a primeira vez que Jesus aparentemente resistirá curar de imediato (confira Mt 15:21-28), mas Ele deve ter algum motivo para fazer isso. Para Ele era tão fácil curá-los no meio do caminho quanto em casa. Então porque Ele resiste?

Dou sempre graças a Deus, dentre outros motivos, porque Ele coloca em nós um desejo tão grande por Ele, mesmo quando não percebemos. Às vezes oramos ou lemos a Bíblia com o objetivo de conseguirmos algo que desejamos, buscando uma coisa específica, que não o próprio Deus. E não a recebemos. Os céus fazem silêncio, e não obtemos resposta positiva. Por quê? Será que não é porque buscamos a coisa errada?

Será que não foi essa a intenção de Jesus nesse texto? Se Ele os curasse ai, no caminho, talvez não O tivessem buscado. Mas porque Ele objetou e se fez de difícil, aqueles dois homens não buscavam mais apenas a cura física, mas o próprio Senhor Jesus.

Isso é muito gracioso da parte do nosso Deus. Não precisamos tanto de curas: precisamos de Cristo. Não precisamos tanto de dinheiro ou de um emprego, precisamos do Senhor. Não que não possamos pedir por essas coisas, mas conhecendo a Jesus como conheço, atrevo-me a sugerir que você não busque ou peça nada antes de buscar conhecer mais o Senhor, de querer que ele esteja mais perto de você. Mais do que a bênção, busque o Senhor que fez e controla os céus e a terra! Ele é mais digno da nossa afeição e do nosso desejo que qualquer outra coisa que possa existir! Deus nos dê essa graça, amém!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Jesus e as circunstâncias

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Se realmente conhecemos a Jesus, não precisamos nos preocupar com as circunstâncias ao nosso redor! Temos tanta paz com o Príncipe da Paz, que nos deixa a Sua paz que excede todo o entendimento! Quantas vezes sofremos por não confiarmos ou nos esquecermos de quem é Cristo?

“Tendo Jesus chegado à casa do chefe e vendo os tocadores de flauta e o povo em alvoroço, disse: Retirai-vos, porque não está morta a menina, mas dorme. E riam-se dele. Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. E a fama deste acontecimento correu por toda aquela terra” (Mt 9:23-26).

Jesus Cristo havia sido chamado por Jairo para ir ressuscitar a sua filha, mas quando chegou lá, um funeral já estava em andamento: pessoas tocavam flautas, e o povo estava em alvoroço porque a filha do chefe as sinagoga havia morrido. Enquanto Jairo havia tido a atitude certa para com Jesus, atitude cheia de fé e adoração, as pessoas ali estavam sofrendo e se lamentando!

Nosso desespero diante das diversas circunstâncias da nossa vida às vezes é muito evidente. Quando nos encontramos diante da morte, nossa ou de alguém querido, ou quando somos tomados de pânico pelas dificuldades, já começamos a nos desesperar, entendendo que logo tudo estará acabado. Não é verdade! Se Cristo está à caminho, logo tudo estará resolvido!

Também com o desespero temos tristeza. A tristeza da multidão e provavelmente de todos que estavam ali era evidente. Não só o povo se alvoroçava, mas os prantos e os choros eram regidos pelos sons das flautas. Jesus encontrou um poço de tristeza, um lugar de lamentações, quando chegou à casa do chefe da sinagoga.

Jairo estava disposto a reencontrar a alegria, mas talvez não o povo. As flautas não pararam quando as pessoas viram Jesus. Quando Jesus afirmou que ela só estava dormindo, elas riram dEle, como se contasse alguma piada. Elas não contemplavam a possibilidade de Jesus realmente restabelecer a vida da filha de Jairo.

Mas foi isso que Ele fez. Apesar de muitas vezes nós mesmos não crermos que Deus irá fazer, ou possa fazer, Ele ainda é capaz de fazer. Ele pode fazer qualquer coisa! Não há nada difícil para Ele. Quando duvidamos, ou quando não pressupomos que Deus pode realmente realizar algo fantástico, isso não é só falta de fé: o Jesus que conhecemos não é o mesmo das Escrituras.

O Cristo que a Bíblia revela pode fazer todas as coisas que Ele desejar fazer.  Isso não nos dá confiança? Ele tem planos para nós de nos fazer bem; entreguemos então, nossos problemas a Ele, lançando sobre Ele toda ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós! Que Deus nos dê a Sua graça para isso! Amém!