domingo, 25 de março de 2012

Jesus e a sabedoria divina

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Nós podemos hoje nos ter por bem-aventurados e felizes, porque o registro da Palavra de Deus é fiel, e podemos ouvir e imaginar aquilo que os discípulos ouviram e viram. Quão maravilhoso deve ter sido andar com o Senhor encarnado! Quantos profetas e justos do passado não haviam desejado isso, olhando e perscrutando as profecias?

“Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram” (Mt 13:10-17).

Cristo havia acabado de pronunciar a parábola do semeador, e agora, Seus discípulos Lhe perguntam por que Ele começou a falar por parábolas ao povo. O motivo parece para nós terrível, mas é ao mesmo tempo muito simples: para que não “entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados”. Jesus estava cumprindo mais uma profecia, ao encobrir as verdades do reino dos céus àquela geração perversa! A punição para a incredulidade, parece, é a própria incredulidade e ignorância!

Jesus, assim, usa as parábolas para manter o conhecimento espiritual do reino além do entendimento do povo. Sabemos que Jesus pregava com clareza, como vimos no sermão do monte, onde Ele falou com objetividade, mas agora, o conhecimento que Ele deseja transmitir, estará oculto às multidões.

Isso porque o Cristo encobre o conhecimento ao tornar ambíguo e incerto o entendimento, caso a parábola não seja explicada. O Mestre não queria que as pessoas entendessem e chegassem então ao conhecimento, porque Ele não queria que essas pessoas fossem salvas pelas Suas palavras! Quanto temor me dá em escrever isto, mas não creio que seja diferente.

O conhecimento e entendimento das parábolas são essenciais porque por eles as pessoas viriam a crer, ao lhes ser descortinado o mundo espiritual. Sabemos que Deus, em Sua infinita sabedoria, poderia muito bem dar o conhecimento de forma simples a fim de que qualquer um entenda, mas Ele não fez assim, exatamente por Sua infinita sabedoria! Ele manteve em mistério o mundo espiritual, mas por quê?

Acredito que o motivo seja apenas este: Cristo não queria que as pessoas cressem em milagres, porque estes logo desapareceriam, ou o evento seria esquecido aos poucos. Tampouco Jesus queria que eles cressem por causa de palavras bem ditas ou um bom discurso, porque um sofismo contrário poderia muito bem acabar com a credulidade.

Cristo deseja que eu e você creiamos por causa do gracioso chamamento,m por causa de uma fé e um entendimento que são dados do alto e independem de milagres ou bons sermões, ainda que estes existam. Porque a nossa fé deve estar baseada em Deus unicamente, e não naquilo que Deus faz. Amém!

sábado, 24 de março de 2012

Jesus é sensível

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Os Evangelhos são excelente fonte de informação sobre Jesus Cristo. Estamos agora nos dirigindo para o terceiro grande discurso de Jesus, o discurso das parábolas. Apesar de o sentido das palavras de Jesus não ser direto, isso apenas nos revela mais uma característica do Senhor e, em especial, da Sua encarnação.

“Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar; e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. Quem tem ouvidos [para ouvir] ouça” (Mt 13:1-9).

A primeira coisa que percebemos é que “naquele mesmo dia”, isto é, no mesmo dia em que ele expulsou o demônio, e os fariseus tiveram grande discussão com Jesus, Ele continuou pregando. Provavelmente Ele havia curado o endemoninhado em Sua própria casa, em Cafarnaum, e agora, atendendo às grandes multidões que se reuniam em volta dEle, o Mestre vai para um espaço mais aberto, a fim de que todos O possam ouvir.

As multidões seguiam a Jesus constantemente. Estamos, agora, num momento crucial do ministério de Jesus, quando Ele vai começar a ser menos popular e não veremos tanto as multidões. Mas, por hora, vale notar que muitas pessoas se impressionavam ainda com Jesus, não só pelos sinais que Ele fazia, mas pelas palavras que Ele dizia, e como tinha coragem e autoridade ao debater com os escribas e fariseus.

Jesus, então, começa a apresentar a famosa parábola do semeador ao povo. Parábolas são uma grande fonte de informação: Jesus pode com elas afirmar, simultaneamente, várias coisas. As parábolas de Jesus são tiradas da vida ordinária e comum das pessoas, coisas que elas poderiam observar o tempo todo, e, assim, poderiam se lembrar e refletir sobre o que Ele havia dito. A semeadura era trabalho conhecido e muitíssimo comum: assim, as pessoas não se esqueceriam nem deixariam de meditar nas coisas que Ele haveria de dizer.

Cristo usava as parábolas para comparar a realidade visível com o mundo espiritual. Não nos deteremos na interpretação da parábola agora, que é assunto para amanhã; hoje, nos contentamos em perceber a sensibilidade de Jesus: Ele encarnou, foi reconhecido em forma humana. Como a maioria do povo, Se tornou um servo. As parábolas são a forma que Jesus encontrou de “encarnar” as realidades espirituais, fazer o divino ser entendido pelo humano.

A encarnação da realidade espiritual que Cristo queria apresentar dificilmente poderia ser melhor; mesmo alguém que jamais tenha ouvido a explicação da parábola pode perceber que Jesus está fazendo distinção entre diferentes resultados. É um convite à reflexão mais profunda de assuntos e circunstâncias triviais. É olhar para as pequenas coisas e com elas apreender um universo inteiro de sabedoria, inteligência e conhecimento. Como Jesus é sensível! Que possamos aprender com Ele a sermos assim também! Amém.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jesus e Sua família

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Olhando para Cristo sempre, e vendo nEle toda a nossa esperança, e tudo o que precisamos! Que alegria, como diz um grande pregador de tempos passados, que toda Escritura é uma estrada para Cristo! Que enorme alegria sermos tornados irmãos, irmãs e família dEle!

“Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mt 12:46-50).

Jesus estava provavelmente ainda discutindo com os fariseus, com o povo o rodeando e o cercando, e provavelmente se amontoava ali, de forma que sua família não podia se aproximar. Ele também estava visivelmente ocupado, falando com o povo.

Mas Sua família queria Sua atenção. Não nos é dito o que a família de Jesus queria falar com Ele. Podemos imaginar que fosse algo parecido com João 7:3-5, onde a família do Senhor está simplesmente desafiando Jesus a por a prova diante do povo os Seus sinais, visto que queriam que Ele fosse a Jerusalém e manifestasse Seus feitos em público, mas eles não criam nEle.

Isso era deveras muito triste: a própria família, que viu Jesus crescer, e conviveu com Ele, não cria nEle! Não é assim também hoje? As pessoas ouvem falar de Jesus, e os Evangelhos dão testemunho fiel do Mestre. Seu caráter santo e irrepreensível, Suas palavras mais doces que o mel, são rejeitadas, e as pessoas, de forma insincera, pedem que Ele faça um sinal para que seja acreditado. Geração perversa! E a família de Jesus era parte dessa geração!

A pessoa que deu o aviso a Jesus estava O incentivando a permitir que Sua família o fizesse sofrer. Ao possivelmente interromper Jesus de dirigir palavras ao povo, ele estava agindo conforme o que ele considerava correto, o que seja, valorizar a família que Deus nos dá. Permitir isso, para Jesus, significaria sofrer por conta da incredulidade deles, incredulidade injustificável!

Mas nosso Senhor não procede assim. Antes, Ele nos dá uma palavra de consolo: podemos nós mesmos fazer parte da Sua família! Mais do que pessoas ligadas por laços de sangue, Jesus valoriza e tem apreço por aqueles que fazem a vontade do Seu Pai e, assim, são filhos de Deus e, portanto, Seus irmãos e irmãs.

A verdadeira família de Jesus é a família da fé. Ele nos convida a chamarmos apenas Deus de Pai (Mt 23:9), porque a realidade dessa família celestial é maior que a da família de onde viemos. Os laços de Cristo também não são laços de sangue? Mas, não são eles eternos? Não digo que a família não é importante; longe disso, porque quem não tem cuidado dos seus tem negado a fé e é pior que o descrente. Mas, quando a nossa família nos faltar, e quando nossos inimigos forem os da nossa própria casa, não desfaleçamos; antes, regozijemos não só com a perseguição, mas com a família que Deus nos dá em Cristo Jesus! Amém.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Jesus nos protege

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Aquele que quiser se alegrar, alegre-se nisto: em conhecer a Deus, e reconhecer que Ele faz misericórdia, justiça e juízo sobre a terra. Que prossigamos, portanto, na busca pelo conhecimento de Deus que se encontra em Jesus Cristo!

“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa” (Mt 12:43-45).

Jesus tem conhecimento espiritual superior ao nosso, e Ele entende e sabe de coisas que sequer fazemos idéia. É o caso, por exemplo, da história de Lc 16:19-31, onde o Mestre nos informa de acontecimentos aos quais nenhum homem vivo poderia se referir, por desconhecer.

No entanto, esse conhecimento que Cristo possui só nos é dado para que aprendamos algo com Ele, para que entendamos algo além apenas do conhecimento que Deus, em Sua sabedoria, determinou não deixar evidente a todos.

Neste texto que temos diante de nós, o objetivo de Jesus é comparar aquilo que acontece com um homem quando é possuído, e, depois de o espírito imundo sair dele, a sua situação piorar, com o que haveria de acontecer com a geração que Ele teve de sofrer enquanto Deus encarnado entre os homens.

A comparação é bastante simples, e por isso mesmo nos deixa assombrados: assim como o estado de um homem piora quando o espírito imundo volta na companhia de outros sete piores que ele, assim também a geração perversa daquele tempo iria ser atormentada por males muito piores do que aqueles que eles estavam testemunhando.

A comparação é importante para notarmos também a obra de Jesus. Ele curava os doentes e retirava os espíritos imundos. Lembrando das passagens de Mt 4:23-25, ou Mt 8:16, 17, percebemos que, no ritmo em que Jesus curava e expulsava demônios, logo em Israel já não haveriam mais enfermos ou endemoninhados! A obra de Jesus em seus efeitos é comparada à limpeza de uma casa: deixa-a perfeita, vazia, varrida e ornamentada. Assim também Jesus haveria de deixar aquela geração.

E, assim também, podemos ver na história a profecia de Jesus cumprida. A situação de Israel piorou muito depois que Ele ascendeu aos céus: se antes os fariseus O perseguiram, agora eles matam Seus discípulos. Se antes as pessoas têm de ir até Jesus, agora os doentes são tantos que eles se encontram em todas as ruas, e quando Pedro passa, eles almejam apenas que a sua sombra lhes toque para que fiquem curados, tal é o número dos enfermos.

Note, porém, que isso só pode acontecer caso a casa se encontre vazia. Ó amados, se temos o Espírito Santo, nossa casa não está vazia. Se Cristo se encontra, e se a Sua Palavra habita ricamente, não há espaço. Nosso estado agora só tem como melhorar. Porque Cristo não limpou nosso ser senão para ter-nos como Sua habitação. Que temor devemos ter diante dEle, pois só Ele nos protege do mal!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Jesus dá seu testemunho

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Nós precisamos olhar sempre para Cristo. Nele está tudo o que precisamos saber, como precisamos agir, como e o quê sentir. Qualquer dúvida, ou mesmo qualquer correção que precisamos, está nEle, e precisamos olhar para Ele o tempo todo, porque precisamos ser como Ele. E como é bom podermos conhecê-lo, ainda mais quando Ele mesmo fala a respeito de Si!

“Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal. Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra. Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão” (MT 12:38-42).

Jesus, como vimos em textos anteriores, havia acabado de curar um endemoninhado cego e mudo (Mt 12:22), e entrado então em uma discussão longa com os fariseus que O estavam reprovando. Os fariseus não tinham uma intenção sincera de conhecer a Cristo, nem queriam crer nEle para ter vida. Há pouco Cristo já havia lhes dado um sinal, e agora eles pedem outro! Quantos sinais lhes seriam necessários? O Mestre já não havia dado numerosos sinais? Jesus fez bem em não anuir com o pedido deles.

Jesus, então, começa a falar um pouco de Si mesmo. Ó grande felicidade, ó fonte segura! Ele se compara com Jonas, o profeta que ficou três dias e três noites dentro do ventre do grande peixe. Jesus está aqui apontando para a Sua morte e ressurreição, diretamente! Cristo se apresenta como alguém superior, mais digno de crédito que Jonas! Os fariseus consideravam a história de Jonas e o tinham como profeta. Quanto mais deveriam ouvir a Jesus!

Jesus também compara os israelitas de Seu tempo com os ninivitas: estes haviam apenas ouvido a pregação desmotivada de Jonas, e haviam crido, e se arrependido. Aqueles, haviam visto sinais e pregações como nenhum outro homem havia feito antes, e que reis e profetas de todos os tempos gostariam de poder ouvir, e ainda assim, não creram. Que grande tristeza! Que grande condenação paira sobre eles! Que não seja assim conosco: que creiamos, e nos regozijemos, no conhecimento do Senhor.

Jesus então se compara com Salomão. Ele certamente é mais sábio, pois não houve homem mais sábio que Jesus em toda a humanidade, porque a Sua sabedoria era divina. Ele é maior que Salomão, pois é o grande sumo sacerdote estabelecido para sempre. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Os livros de Provérbios e Eclesiastes são até hoje imitados e copiados pelo mundo, e a sua sabedoria é reconhecida até quando a influência oriental traz textos de tempos posteriores àquilo que Salomão escreveu, e trazem, ainda por cima, sabedoria inferior. Mas eia! Eis aí quem é maior que Salomão, Jesus Cristo. Não deveríamos crer? Seria imprudente não fazê-lo. A rainha do sul viajou desde os confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Haveremos nós de ignorar a sabedoria daquEle que é maior que Salomão, que está posto diante de nós pelas Escrituras? Que assim não seja!

terça-feira, 20 de março de 2012

Jesus e os homens

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Continuamos com a busca incessante de conhecer mais a Cristo e olhar para Ele, a fim de que em tudo sejamos Seus imitadores; e as dúvidas, ou mesmo as certezas que não deveríamos ter, sejam todas resolvidas ao mantermos nossos olhos fixos nEle!

“Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau: porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mt 12:33-37).

Jesus ainda está discutindo com os fariseus a acusação de que Ele expelia demônios pelo poder de Belzebu. Cristo, pelo que vemos, não se preocupa só em se defender, mas em alertar os fariseus quanto à sua própria conduta.

A primeira observação de Jesus é de que uma arvora boa dá bons frutos e uma árvore má dá maus frutos. Ele está comparando a atitude dEle mesmo com a atitude dos seus acusadores. Ele é a árvore boa, que dá bons frutos; que expele demônios e cura enfermos. Os fariseus são a árvore má: eles não só não fazem essas coisas, como também tentam desmerecer e acusar a Cristo que as faz.

Cristo prossegue então argumentando que a própria acusação dos fariseus é resultado de sua maldade. Eles são uma “raça de víboras”; eles são maus, então lhes é impossível – ou, ao menos não é natural – falar coisas boas, corretas ou respeitáveis. A boca fala do que está cheio o coração.

Ele prossegue apresentando que o quadro é completo em todos os casos: um homem bom tem um bom tesouro, e quando ele vai procurar alguma coisa ali, irá tirar necessariamente uma coisa boa. O homem mau também tem um tesouro, mas é um tesouro mau, e quando busca algo ali dentro aquilo também é mau. As pessoas más são de todo más, desde o íntimo até o exterior, e nas suas ações e palavras.

Jesus finaliza Sua defesa condenando a palavra frívola, isto é, dita sem pensar, daqueles que são maus. Observe que o justo, a árvore boa, o homem bom com o bom tesouro, será justificado pela palavra frívola. Quantos de nós estamos tão acostumados à Palavra de Deus ou ao pensamento bom que até nossas palavras impensadas são bálsamo para os ouvintes? Ou estamos como os fariseus, condenados a sermos um desprazer a todos à nossa volta?

Olhe porém, para Jesus. Suas palavras aos fariseus pareceram duras, mas foram esperança e consolo para aqueles que, tendo sido abençoados pela libertação e cura, agora eram atacados pela dúvida desleal plantada pelos fariseus. As palavras de Cristo são alegria para o justo e para o homem que se tem por fraco. Porque até mesmo quando o Mestre é rigoroso e severo, Ele é manso e humilde, e suave, para com os Seus.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O arrependimento de Jó

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Hoje farei uma pausa nos devocionais sobre o texto de Mateus para trazer uma reflexão que está a um tempo em minha mente e tem me feito meditar muito. Espero que os irmãos sejam abençoados e creio que com esta reflexão poderemos examinar melhor os textos bíblicos seguintes.

“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:5, 6).

Este texto é muito precioso para entendermos toda a história de Jó: ele se arrependeu. Isso parece curioso, se lembrarmos que o tempo todo ele se defende de seus amigos acusadores. É ainda estranho porque Deus mesmo se gaba de Jó, como leremos mais à frente. Então porque Jó se arrependeu?

Ele se arrependeu e se odiou porque antes, só conhecia a Deus de ouvir falar. Jó não tinha nenhum motivo de arrependimento na sua devoção pessoal, ou na sua vida justa, santa, generosa. Jó não tinha de quê se arrepender consoante seus motivos ou qualquer dúvida contra Deus, ou pela falta de fé. Ele simplesmente não conhecia a Deus de forma pessoal e íntima. E, por isso, ele se arrepende tanto.

É necessário notar que essa falta de intimidade com Deus não impediu Jó de ter uma vida voltada para Ele. “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” Assim o livro introduz seu protagonista já nas primeiras linhas. Somos também informados de que Jó santificava seus filhos e pedia perdão pelos pecados que eles pudessem ter cometido, mesmo em seus corações ou pensamentos. O próprio Deus elogia a Jó, e o considera único e inigualável em relação a todos os outros homens (Jó 1:8).

Jó, entretanto, passa por um período de privações e dúvidas. Todos os benefícios materiais de que Deus lhe permitiu gozar até agora lhe são retirados. O que este homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal, diz? “Nu saí do ventre da minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” Jó louva a Deus, ainda na adversidade.

Depois, sua própria saúde é tirada, sua esposa lhe diz para amaldiçoar a Deus e morrer, e seus amigos lhe acusam de todos os pecados que possam pensar. Dúvidas, dificuldades e um céu silencioso são jogados sobre Jó, mas esse homem permanece firme, sabedor de que o seu Redentor vive e que um dia se levantaria sobre a terra.

Chega, enfim, o momento em que dos céus se ouve uma resposta enigmática. O que Deus estaria querendo dizer com todas aquelas informações sobre estrelas e comportamento de animais? Jó, entretanto, percebeu perfeitamente: Deus, que é inescrutável, estava revelando a Si mesmo a Jó o tempo todo por meio da criação, mesmo o fato de Ele ser insondável e inalcançável com nosso pensamento. Mas que, exatamente por isso, não há limites em O conhecer e podemos sempre nos aprofundar no conhecimento do Altíssimo, e termos assim gozo e alegria infinitos (Jr 9:23, 24).

Jó se arrependeu de não conhecer o Senhor intimamente, mas a sua saga é prova de que Deus se revela em intimidade aos que O temem (Sl 25:14). Temos verdadeiro temor do Senhor? Será que não deveríamos nos arrepender e nos abominar no pó e na cinza, como Jó, por não O conhecermos ainda mais? Será que precisamos de mais temor e de uma vida íntegra e reta como a de Jó, se desviando do mal, ou estaremos satisfeitos com a sensação enganosa do nosso coração de termos intimidade com Deus sem, no entanto, que Ele nos faça arder o coração em temor e obediência?

Que prossigamos, portanto, estudando a Palavra de Deus, tendo o temor do Senhor sobre nós a fim de que estejamos sempre O conhecendo cada vez mais. Amém!

sábado, 17 de março de 2012

Jesus é Coerente

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Perdoem-me a ausência, e espero que os irmãos não dependam de mim para conhecerem mais a Jesus! Olhem sempre para Ele, não para mim que sou falho! Irei continuar de onde paramos, buscando conhecer mais o Senhor.

“Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa. Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem este mundo nem no porvir” (Mt 12:29-32).

Aqui estamos continuando o texto lido anteriormente de onde paramos, isto é, Mt 12:22-28. O Mestre está apresentando aos fariseus não somente sua defesa, mas o motivo pelo qual a acusação que fizeram recai sobre eles mesmos. Há uma questão de coerência em tudo que nosso Senhor faz, em todas as Suas ações e palavras.

Essa coerência é algo natural na vida de forma geral. Um reino age de coerência com aquilo que é do seu interesse. Um ladrão roubando uma casa sabe o que deve fazer primeiro e em seguida. Cristo também sabe o que deve fazer a cada momento. Ele não está sendo pego de surpresa! Pelo contrário, é apenas mais uma oportunidade de fazer as obras que Ele vê Seu Pai fazendo também.

E, por isso, nós aqui também somos exortados a sermos coerentes. Coerentes com nosso chamamento, com nosso Senhor, com o que dEle conhecemos. Precisamos imitá-lo. Precisamos agir de conformidade com o que Ele pensa e faz. Quem não se alinha com Ele está fazendo exatamente o oposto do que é do Seu interesse. Devemos nos submeter em tudo a Ele, ou nos veremos lutando contra Ele!

Aqui, Cristo também faz um alerta a respeito de um pecado que, aparentemente, não possui perdão. Essas são palavras muito duras! Talvez preferíssemos concordar com um que disse que não nos é dito qual é esse pecado. No caso, prefiro crer que nenhum dos eleitos de Deus, nenhum dos que receberam Seu perdão, jamais cometeram ou cometerão esse pecado. O pecado imperdoável talvez se refira à rejeição obstinada que todos os réprobos apresentam ao Evangelho, e que, afinal, jamais serão perdoados pelo Altíssimo.

Que nós possamos ser coerentes com Cristo. Sejamos coerentes com a Palavra de Deus. Sejamos coerentes com o Espírito que habita em nós. Sejamos coerentes a fim de fazermos as boas obras a que somos chamados a fazer. Que possamos, assim, imitar o nosso Senhor! Amém.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Jesus, a credulidade e a incredulidade

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom sabermos a natureza do ministério de Jesus! O Mestre, em todas as coisas, dava evidências da Sua divindade e apresentava a Verdade de Deus aos homens. Mas não devemos crer senão por causa da Sua Pessoa, inteiramente digna de confiança para nos prover salvação e perdão de pecados, por ser o Senhor de tudo e todos!

“Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mt 12:22-28).

Jesus havia se retirado, como vimos no texto anterior, mas as pessoas ainda O procuravam a fim de serem curadas. Aparentemente, os fariseus conseguiram também encontrar a Cristo realizando um milagre inédito até então: a expulsão de um demônio e duas curas físicas.

Mas o verdadeiro problema do homem,  como já vimos antes, é o pecado, e não apenas doenças ou tormentos. Jesus sabe que deve lidar com esse real problema, seja na Sua vida perfeita, seja na demonstração de que o poder requerido para esses milagres não é grande, seja explicando o reino dos céus (Mt 5-7), seja, finalmente, provendo perdão ao morrer e ressuscitar a fim de que Seu povo seja perdoado e purificado e comunicando a este povo uma vida nova que por fim eliminará a presença do pecado.

A multidão, porém, se guia por vistas e se deixa impressionar e convencer com a mesma facilidade que terá de deixar qualquer credulidade logo depois. Eles olham para o milagre de Jesus e então se perguntam se Ele não seria o Filho de Davi. Mais que Isso, Jesus é o Senhor de Davi, mas o título de Filho lhe cai bem também. Jesus é de fato o Messias do qual Davi era tipo e que também O anunciou. O que impediria as pessoas de verem isso tão claramente?

Os Fariseus também têm sua opinião sobre Jesus. Eles afirmam que Ele faz milagres e exorcismos pelo poder do próprio Satanás, afirmando que Cristo tinha a intenção de enganar o povo. Os fariseus são outro tipo de pessoa: o incrédulo que, apesar de as provas lhe serem apresentadas dia a dia, na frente dele, ele não crê, e irá buscar qualquer explicação, por mais absurda que seja, para justificar sua incredulidade.

Por fim, temos a resposta de Jesus. Sabemos que Jesus conhecia os pensamentos dos fariseus. Jesus tinha uma percepção fantástica, senão que Ele realmente conseguia ler as mentes das pessoas, auxiliado pelo Espírito Santo a profetizar o que havia dentro dos corações. Ele conhece o erro dos pensamentos dos incrédulos fariseus, e os confronta.

Jesus primeiro defende a validade do Seu próprio ministério. Não faria sentido Satanás ir contra a ação de si mesmo. Assim também, Jesus não poderia estar agindo em nome de Belzebu ao desfazer as obras do mesmo! Depois, Ele questiona se os outros exorcistas tinham a mesma autoridade que Ele ou não. Porque dois pesos e duas medidas?

Por fim, nos é dito que o reino de Deus é chegado sobre nós. Jesus reina, aleluia!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Jesus e o SENHOR

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom reconhecer que o amor de Deus, agora revelado em Cristo, era anunciado antes mesmo da Sua vinda! Como é bom conhecer Cristo não somente das narrativas dos Evangelhos, mas também de toda a Escritura!

“Mas Jesus, sabendo disto, afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou, advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade, para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta Isaías: Eis aí o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios. Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo. E, no seu nome, esperarão os gentios” (Mt 12:15-21).

Jesus havia já por duas vezes confrontado os fariseus acerca do sábado e, agora, eles querem tirar a Sua vida. Jesus sabia que ainda não era chegado o Seu tempo, e então Ele foge, afastando-se dali.

No entanto, Seu ministério não pode parar. As pessoas continuam indo atrás de Jesus! Elas continuam doentes, e continuam buscando aquele que pode curar com uma palavra todas as doenças e enfermidades. Apesar de os fariseus não terem acesso a Jesus, o povo que O conhece ainda pode encontrá-lO!

Jesus, porém, advertia a todos que não anunciassem essas curas e milagres, mais que O mantivessem no anonimato. Isso não somente para que os fariseus não O encontrassem, mas também para que as profecias a Seu respeito pudessem se cumprir. O texto então nos apresenta a segunda profecia de Isaías do Servo sofredor.

A primeira coisa que o texto diz é que Jesus é o servo. Ele foi escolhido por Deus, pois Sua missão não poderia ser realizada por um anjo ou por qualquer outro. Ele é amado por Deus, e alegra o Seu coração. Deus o Espírito repousa sobre Ele a fim de que Ele pregue juízo e direito aos gentios. Por hora, Ele se oculta e não se anuncia a todos, nem continua a contender com os fariseus. Sabemos que todas as vezes que Jesus discutiu com as pessoas, Ele foi procurado para isso.

“Assim diz o Deus, o SENHOR, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas. Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura. Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir” (Is 42:5-9).

Essa é a continuação da profecia. Jesus é mais do que o Servo: Ele é chamado em justiça, e, assim, Ele é O Justo. Ele é guiado por Deus para ser o Mediador  de uma nova aliança com o povo de Deus, e para anunciar a salvação aos gentios. Ele tem toda a glória de Deus, e vem para ser parte de uma grande linha de profecias que já se cumpriram. Aleluia!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Jesus nosso Pastor

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom saber que, mais do que o pastor cuida das suas ovelhas, Deus cuida de nós. Deus tem o desejo de que as Suas ovelhas engordem, e sejam apascentadas em paz, protegidas do perigo que nos cerca. E Ele já tem feito o bem a nós, com toda sorte de bênção espiritual!

“Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequidas; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado? Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem. Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra. Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida” (Mt 12:9-14).

Começa agora uma etapa nova no ministério de Cristo: a perseguição dos fariseus. Conquanto já estivesse acontecendo minimamente antes, agora esses hipócritas desejam a todo o custo que Jesus morra, porque Ele havia demonstrado, como vimos em textos anteriores, que a interpretação das Escrituras que os escribas fariseus davam era muito equivocada. Os fariseus tomaram isso como insulto pessoal, assim como muitas pessoas hoje, quando confrontadas com a doutrina bíblica correta, se recusam e fazem acusações pessoais ao que lhes apresentou o seu erro e a verdade de Deus.

Os fariseus não conseguiram, entretanto, uma boa ocasião para colocar Jesus na parede. Eles perguntam se é lícito curar no sábado. Curar, para eles, era trabalho, e não poderia ser realizado no sábado. Jesus, porém, inverte o entendimento do que aconteceria ali, se aquele homem fosse curado: seria como se o pastor tirasse a sua ovelha numa cova.

Imediatamente nós podemos nos lembrar da passagem de Ezequiel 34:31: “Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois, mas eu sou o vosso Deus,diz o SENHOR Deus”. Assim como o pastor cuida das suas ovelhas em qualquer tempo, nosso Deus é ainda mais diligente pelo nosso bem, e com terno amor nos ajuda em todos os momentos, “Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei” (Ez 34:11).

Jesus é o cumprimento dessa profecia de Ez 34! Ó, linda profecia! Suave e doce, ela fala do bem que Deus pretende fazer ao Seu povo, àqueles que são Suas ovelhas: “Apascentá-las-ei de bons pastos, e nos altos montes de Israel será a sua pastagem; deitar-se-ão ali em boa pastagem e terão pastos bons nos montes de Israel. Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o SENHOR Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com justiça” (Ez 34:14-16).

O cumprimento dessa profecia se dá, evidentemente, em Jesus Cristo. Ele é o Pastor que vem atrás de Suas ovelhas. Ele mesmo as apascenta e as faz repousar. Não é assim que você sente Deus cuidando de você? Ó que gentil pastor nós temos! Glórias a Ele, amém!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Jesus e a misericórdia

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom podermos usufruir da Palavra de Deus para conhecer ao Senhor. Ainda que a Bíblia contenha doutrinas, e verdades pelas quais devemos viver, e ainda que isso seja muitíssimo precioso, o assunto principal da Bíblia é o próprio Deus, mais especificamente Cristo, o Filho, que encarnou e esteve entre nós. Que Deus nos abençoe sempre na leitura de Sua Palavra!

“Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado. Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o Filho do Homem é senhor do sábado” (Mt 12:1-8).

O uso normal desse texto é apologético, no entanto, não tenho a intenção de debater opiniões, mas de conhecer mais a Deus pelo Filho. Muitos usam esse texto para demonstrar o erro dos sabatistas estritos, quando o objetivo principal é demonstrar o caráter de Jesus.

Jesus estava passando pelas searas. Certamente era já tempo de colheita e Seus discípulos estavam com fome. Os discípulos então começam a colher espigas e comer. Isso soa um bocado estranho, que os discípulos passaram na plantação de outra pessoa e simplesmente roubaram o que havia lá.

E, aparentemente, os fariseus também estavam passando pelas searas, porque eles logo vêem aquilo e começam a contestar os discípulos, não talvez pelo roubo, pois havia uma lei que permitia isso, mas porque era dia de sábado e os discípulos estavam realizando o trabalho de colheita.

Jesus, entretanto, defende os discípulos! Ele olha para os fariseus e começa a lembrá-los da história de Davi (I Sm 21:1-6), para demonstrar que, à semelhança de Davi, Ele também tinha autoridade e direitos especiais. Isso é confirmado quando mais à frente Ele diz que é senhor do sábado.

Ele também defende os discípulos com a afirmação de que os sacerdotes violavam o sábado e ficavam sem culpa. O Mestre está se referindo ao fato de os sacerdotes oferecerem sacrifícios no sábado, iguais aos dos outros dias, e esse era o ofício dos sacerdotes (Nm 28:9). Jesus é sumo-sacerdote, da ordem de Melquisedeque, cujo sacerdócio é superior ao de Levi; por acaso não teria Ele o direito de, se necessário, violar o sábado e ainda assim ficar sem culpa?

Mas tudo isso reflete uma coisa em Jesus: a misericórdia triunfa sobre o juízo. A misericórdia é melhor que o sacrificar. Os discípulos estão com fome, e isto em pleno sábado? Deixem-nos colher espigas e comer. Os homens sofrem e nossa cidade padece nos domingos de noite? Deixemos, não, convidemos as pobres almas a entrar na assembléia dos santos! Que sejamos mais misericordiosos, assim como Cristo sempre é conosco.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O convite de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Ó quão doces e suaves são as palavras de Jesus! Mais do que o mel à nossa boca! O Senhor da glória, que renova as forças do cansado e do que não tem nenhum vigor, nos convida a aprendermos dEle.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso pra a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30).

Esse é talvez um dos textos mais conhecido dos Evangelhos, e mais citado por cristãos em todo o mundo. Nele, Jesus faz um convite àqueles que estão “cansados e sobrecarregados”, e promete alívio. Ó você, que está cansado e que leva uma vida dura e pesada, ouça o convite de Jesus hoje! E aquele que tem uma vida atribulada, confie nas Suas promessas de refrigério ainda agora! Jesus faz o convite mais amável e com amor e benignidade te atrai neste tempo determinado para a sua salvação!

Esse Jesus que faz o convite é o próprio Deus que pode dar alívio. Mais do que uma boa noite de sono, Ele, que não se cansa, pode muito bem nos auxiliar: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fadiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fadigam” (Is 40:28-30).

Ó pecador, confie nEle agora! Coloque toda a sua esperança no SENHOR. Busque abrigo e refúgio nEle, porque Ele é torre e escudo aos que nEle confiam. E você, que já confia no Senhor, renove a sua confiança no Salvador, porque ela nunca é demais!

Jesus também nos convida a aprendermos dEle. Mais do que aprender Seus ensinamentos, somos convidados a ter Jesus como Mestre e imitá-lO. Havemos de tomar sobre nós o Seu jugo, isto é, fazer as obras que Ele mesmo fez e faz até hoje. Ó que convite sublime, ser igual ao Mestre!

Jesus quer que aprendamos dEle a mansidão. Mansidão não é, como alguns pensariam, frouxidão. “Os mansos são os que sutilmente se submetem a Deus, à Sua Palavra, à Sua vara, que seguem Suas direções e consentem com Seus desígnios, e são gentis para com os homens” (Matthew Henry). Jesus compara o Seu trabalho como o trabalho de um boi, que ara a terra ao carregar o arado com um jugo. Nós somos convidados a sermos mansos como Ele, nos submetendo à Palavra de Deus e a correção de um Pai amoroso como o Altíssimo.

Nós também somos convidados à humildade de coração. Humildade de coração, “É o oposto daquela disposição altiva, autoconfiante e auto-suficiente que o mundo tanto admira e adora. É exatamente o oposto daquela atitude independente e desafiadora que se recusa a se curvar ante a Deus” (Arthur Pink).

Não é um convite simplesmente ao recebimento de alívio e esperança, senão também de humilhação e submissão a Deus. Não poderia ser de outra forma, porque Cristo mesmo Se humilhou, aparecendo em figura humana, e se submeteu totalmente à vontade do Pai. Hoje Ele notifica a todos os homens que se arrependam e confiem plenamente no Filho. Amém!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Jesus e a revelação

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom descansar na dependência de Deus, esconder-se debaixo de Suas asas! E como é bom saber que Ele foi gracioso para conosco, por ter se revelado a nós!

“Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11:25-27).

Jesus está aqui agradecendo ao Pai. Isso, de começo, já é muito importante. Nós sabemos que Cristo é Deus o Filho, e que Ele viveu da forma como viveu para que imitemos os Seus passos, para que O tenhamos como exemplo. E Ele louva ao Pai. O Deus triuno tem completa consciência da Sua glória e majestade; nós mesmos só temos uma leve noção dessas coisas, e isto por revelação que Ele nos dá na Sua Palavra! Nós também devemos dar graças a Deus quando entendemos o que Ele faz.

Jesus deixa claro no Seu louvor ao Pai a graça com que Deus age. Deus não revelou as coisas do Reino dos céus, o Evangelho, a pessoas sábias e entendidas; antes, Ele preferiu revelar a pessoas incultas, sem estudo. Por quê? Por vários motivos, na verdade. Deus geralmente não faz nada que não tenha um escopo amplo. Mas aqui, especialmente, Ele o faz para a Sua glória, e por isso Jesus o Filho louva ao Pai.

Jesus nos diz também que era do agrado do Pai que os sábios e instruídos fossem envergonhados e os simples, recebendo a revelação de Deus, pudessem dar louvores somente a Ele e não a si mesmos ou a uma suposta superioridade, porque foi Deus quem revelou e, se Ele não tivesse revelado, nem os simples nem o sábios conheceriam o Evangelho.

Todas as coisas foram entregues pelo Pai ao Filho. Cristo tem toda a autoridade nos céus e na terra, e Ele sustenta todas as coisas pelo Seu poder. É Ele quem nos dá vida, respiração e tudo mais. E, especialmente, é Ele quem traz a verdadeira e completa revelação de Deus. Basta olharmos para Jesus para conhecermos o que de Deus se pode conhecer!

A revelação, portanto, depende inteiramente da ação de Deus. Não existe nada em nós que nos leve a conhecê-lo, porque por natureza nós sequer temos o desejo de conhecê-lo. Não está em nosso poder alcançar o sublime conhecimento de Deus, e as Suas riquezas insondáveis. Se iremos conhecer a Deus, isso depende inteiramente de revelação.

Essa revelação, entretanto, não é tanto um conhecimento secreto apenas para iniciados, mas um abrir de olhos para a verdade de Deus que, ao vermos espiritualmente, se torna bastante óbvia. A pessoa de Jesus parece um enigma aos que não crêem, mas àqueles que já O receberam, e portanto têm o Espírito Santo, lêem os Evangelhos e, pela graça de Deus, são instruídos mesmo nas mínimas coisas. Que o Senhor nos dê a graça de continuar a conhecê-lO! Amém.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Como escaparemos nós?

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom saber que Cristo é o Juíz de vivos e mortos! Como é bom pode confiar nEle para sermos também considerados inocentes, porque Ele é também nosso advogado!

“Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de não terem se arrependido: Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas teriam se arrependido com pano de saco e cinza. E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo” (Mt 11:20-24).

Esse é um daqueles textos que, infelizmente, grande parte dos pregadores têm deixado de lado, porque apresentam nosso Senhor irado contra os pecadores, um Jesus nada dócil e frágil, um Jesus ameaçador e que não só aponta o erro, mas julga e condena. Um Cristo que veio para executar Juízo sobre a terra, como parte de Seu domínio sobre ela.

Jesus está amaldiçoando cidades que não creram nEle. O Mestre havia passado por algumas cidades. Sabemos também que Ele fez vários milagres em Cafarnaum e naquela região, nos capítulos 4 e 8 de Mateus. E, ainda assim, Ele amaldiçoa essas cidades.

Essas cidades estavam condenadas pelo nosso Senhor porque não tiveram fé para com ele. Não creram nEle, a despeito de todos os milagres. Essa falta de fé era completamente incompreensível! O povo havia vivido um hiato de 400 anos sem a revelação de Deus, recebendo dos céus apenas silêncio, e de repente Deus o Filho encarna e opera milhares de milagres na frente de todos, especialmente, aonde ele havia começado Seu ministério, e as pessoas não creram nEle ainda assim!

Jesus fala da falta de arrependimento das pessoas. O fato de Ele ter operado milagres deveria ter despertado, em qualquer pessoa, um senso de que Deus existe e Ele é grande, e que meu padrão de moral não é suficiente para me salvar; os milagres de Jesus deveriam levar as pessoas a se arrependerem, mas elas não se arrependeram.

Jesus então passa a comparar as cidades pelas quais Ele passou com cidades infames de tempos passados, Tiro, Sidom e Sodoma.

A primeira comparação é da quantidade de graça que essas cidades receberam. As cidades antigas tinham recebido apenas o juízo de Deus. Sodoma foi completamente destruída por fogo que desceu dos céus, mas Cafarnaum recebeu Jesus e testemunho milagres. As cidades que Jesus estava amaldiçoando tinham recebido uma chance muito melhor de se arrependerem, porque Deus havia tido mais graça para com elas.

Jesus também compara, assim, a condenação das cidades. Corazim e Betsaida teriam um julgamento muito mais severo do que Tiro e Sidom, exatamente porque receberam mais graça e ainda assim não creram. Jesus está sendo absolutamente justo com esse critério. E rigoroso, porque nosso Senhor não era frouxo com a justiça!

Você, leitor, também recebeu maior graça que os homens e mulheres de Sodoma: você pode conhecer a Jesus hoje, pela leitura dos Evangelhos. Você pode crer inteiramente nEle, sabedor das Suas obras, que Tiro e Sidom não viram. Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Jesus e nossa obstinação

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como nós temos necessidade de que Deus seja gracioso conosco! Nós somos capazes de rejeitar todas as Suas tentativas de nos abençoar. Nosso coração duro não aceitará nenhuma de Suas correções ante de ser trocado por um coração de carne. E até mesmo Seu Filho, Seu único e grande Herdeiro, será morto pelos cruéis lavradores da vinha que soos nós. Somente pela graça podemos receber e ouvir a Sua Palavra!

“Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes. Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras” (Mt 11:16-19).

No texto anterior, vimos como Jesus falou bem de João Batista, o maior dos nascidos de mulher. Aqui, porém, Ele está repreendendo o povo, por ter rejeitado tanto João Batista quanto a Ele mesmo. As pessoas viram João, agindo de forma completamente diferente da sociedade, e o rejeitaram. Vem então Jesus, vivendo na sociedade e para ela, e Ele também é rejeitado!

Devemos entender, portanto, que independente da forma como abordamos as pessoas com o Evangelho, por ser ele um insulto ao humanismo, ao nacionalismo, e a todos os “ismos” pelos quais a nossa cultura tanto preza, por ser ele uminsulto ao egocentrismo e ao próprio ego inflado, as pessoas rejeitarão a mensagem de boa-nova. Não importa se agimos como da alta sociedade, ou se vivemos como párias: as pessoas desejam, de todas as formas, rejeitar a verdade de Deus.

Foi isso que o povo de Israel fez com João e com Jesus e é isso que se deve esperar em todos os lugares. Mesmo nas cidades onde os apóstolos, ou mesmo Paulo, pregaram e muitos foram salvos, houve perseguição. Em Damasco, cidade onde Paulo fora para prender muitos do “Caminho”, depois de ser salvo por Cristo e pregar na cidade, ele teve de sair de lá às escodidas, descido por um cesto!

Isso só serve para demonstrar a verdade e a incoerência das pessoas. Elas querem ter motivos, desculpas para não crerem em Cristo. Elas irão usar qualquer coisa, por mais absurda que seja, como razão para não dar ouvidos ao Evangelho que pode salvá-las.

Hoje também rejeitam ao Senhor Jesus Cristo. Há quem diga que Ele nunca existiu. Essas pessoas não são sinceras, porque a existência de Jesus é o fato mais bem estabelecido do período clássico, bem como a Sua divindade.

Hoje as pessoas dizem: “Não creio em Deus, nem em milagres, porque não há provas!”. E, se alguém apresenta a Bíblia, uma coleção de 66 livros de pessoas que viram a Deus e testemunharam milagres, não seus pais ou antepassados, mas eles mesmos, livros cujos fatos narrados podem ser averiguados pela arqueologia, a pessoa replica: “Mas eu não posso tomar a Bíblia como prova, pois a Bíblia é um livro religioso, um livro que fala coisas como a existência de Deus, ou a ocorrência de milagres”.

Incoerentes! Aceitem de uma vez o Evangelho de nosso Senhor, ou admitam que, apesar das evidências em seu favor, vocês não o desejam. E nós, que cremos em Cristo, demos graças a Deus pela nossa salvação. Amém!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jesus e João Batista

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom ser conhecido por Jesus! Temos falado muito sobre o conhecimento que nós temos dEle, mas Ele também deve nos conhecer se somos salvos. “Nunca vos conheci” é o que Ele diz apenas aos que serão expulsos de Sua presença (Mt 7:23), mas as Suas ovelhas, Ele conhece muito bem.

“Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí vos enviou diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 11:7-15).

Esse é um texto longo, mas bastante claro: Jesus está falando sobre João e seu ministério. João havia nascido, como sabemos, de Isabel, 6 meses antes de Jesus, aproximadamente. E João desde o seu nascimento havia recebido uma missão muito especial, que era preparar o caminho do Messias. João vivera boa parte da sua vida ministerial no deserto, vestindo peles de camelo e comendo gafanhotos com mel. E havia também recebido o Espírito e poder de Elias, isto é, Deus o havia preparado como um profeta especial.

Jesus fala que dentre todos os filhos dos homens, nascidos de mulher, não houve ninguém maior que João. Ninguém teve que passar pelas coisas que João passou, desde o berço. Nenhum homem que não o Filho do Homem teve uma missão tão importante na terra. João preparou o caminho que Jesus haveria de trilhar! Ele começou a pregar o arrependimento e o reino de Deus antes do Senhor!

Jesus aponta para João Batista como um verdadeiro profeta que, como todos os outros, foi rejeitado pelo povo e pelas suas autoridades. Um profeta que viveu de forma estranha e que com isso demonstrava obediência e santidade, uma pessoa diferenciada do mundo e que nada tinha em comum com o mesmo. Estava no mundo, mas não era do mundo. Era um homem do qual esse planeta não era digno.

Um profeta com um ministério que Jesus conhecia. Uma pessoa a quem Jesus estimava, que considerava como acima de todos os outros homens que vieram antes dele. Só não era maior que os anjos! Jesus reconhece o valor de João Batista. Jesus está querendo nos dizer algo com isso. O que seria?

Certamente, nós também temos de ser diferentes do mundo. Nós temos de ser mais parecidos com Jesus. Ou João Batista. Nós não podemos amar o mundo. Temos de ser obedientes e santos, de tal forma que o mundo não seja digno de nós. Esse é o padrão de Jesus: não a riqueza, os palácios, s roupas finas, e fazer parte da diretoria; mas vaguear pelo deserto a fim de cumprir a missão que nos é dada por Deus. Que Ele mesmo nos abençoe para fazermos isso! Amém.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Jesus cumpre tudo

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Só o ouvir falar de Jesus é uma grande alegria! Saber que Ele, Deus mesmo, encarnou e fez tudo o que fez, disse o que disse, nos dá toda a esperança de que Ele de fato ama o Seu povo e cumpre o Seu propósito eterno. Jesus ter vindo nos dá segurança que Deus não muda de idéia, e sabemos que Ele também voltará um dia, como prometeu!

“Quando João ouviu, no cárcere, falar das obra de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11:2-6).

João estava na prisão, provavelmente, por ter repreendido o governador. O ministério de João já está no fim, e ele já havia batizado Jesus. Mas, mesmo na prisão, ele ouve falar das obras de Cristo. Observe que o Evangelho não diz, Jesus, mas sim, Cristo, ou Messias. As obras que João havia ouvido que Jesus fizera eram claramente aquelas que testavam que Ele é o Cristo, o cumprimento das promessas antigas e preciosas.

Não creio que a pergunta de João é porque ele duvidasse de Jesus: ele sabia que havia de preparar o caminho do Senhor, e sabia quem esse Senhor era porque já o havia batizado. Talvez João estivesse se sentindo como num sonho feliz, e não estivesse crendo na realidade do que estava acontecendo. Seja como for, havemos de encontrar o motivo da pergunta de João também na resposta que Jesus nos dá.

Primeiro, Cristo diz aos discípulos de João que anunciem a ele o que eles mesmos estavam vendo. Talvez João suspeitasse que as histórias haviam sido inventadas. Há muitos hoje que também pensam assim. Eles bem gostariam de rasgar os textos em que Jesus opera milagres, pois eles não querem crer nessas coisas. Ouros ignoram outros aspectos da fé, que Jesus apontou em Seus sermões, que muitos outros gostariam que não estivessem lá. Mas os registros dos Evangelhos são fiéis em tudo, porque foram escritos por pessoas que estavam lá com Jesus, ou por pessoas que ouviram de quem estava lá, como é o caso do Evangelho de Lucas.

As obras que Cristo fazia eram realmente messiânicas: as profecias apontavam para a vinda do Messias como um tempo de paz e também onde ninguém ficaria doente, e Jesus está anunciando que um dia isso realmente será verdade, ao curar os enfermos agora. Jesus curou inúmeras pessoas, os Evangelhos não nos dizem quantas foram, mas deve ter sido um número bem grande!

Mas a missão do Cristo também estava cumprindo outra promessa, mostrando que não haveria de vir outro para completa a missão: as boas-novas estão sendo pregadas aos humildes e aos pobres. Deus está revelando Sua salvação aos quebrantados, outra profecia cumprida! Como Jesus é completo! Não precisamos de outro que venha depois dEle, porque Ele cumpre tudo!

A verdadeira felicidade é olharmos para Jesus e não haver nada nEle que nos entristeça. Que seja assim conosco, amém!

sábado, 28 de janeiro de 2012

A agenda de Jesus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom poder conhecer o Deus de amor, e poder confiar em Sua fidelidade e bondade! Como nós somos felizes porque Cristo, Deus o Filho, veio e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, não nós, mas aqueles que viveram antes de nós e nos passaram, pelos Evangelhos, esse conhecimento sublime!

“Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles” (Mt 11:1).

Jesus mal tinha acabado de dar essas instruções aos Seus doze discípulos, como vimos nas postagens anteriores, e já saiu pelas cidades para continuar Sua obra. Realmente é fantástico como que Jesus era ativo e estava sempre ocupado! Ele tinha consciência de que Seu ministério não duraria 40 anos, mas 3 ou no máximo 5, o que é pouco tempo. Ele sabia que não tinha tempo algum a perder.

Nós mesmos devemos aprender isso com Jesus: às vezes pensamos que iremos ficar muito tempo nessa terra, e nos engajamos em um trabalho para o Senhor, uma obra de evangelismo. Visitamos as casas, batendo de porta em porta, por uma ou duas horas, durante um dia da semana apenas. Ou talvez visitemos hospitais, ou asilos, e combinamos com os irmãos fazermos isso regularmente, uma vez por mês.

Quanto tempo temos perdido porque achamos que ficaremos cansados? Deus renova o vigor dos que confiam nEle. Até os jovens se cansam, e os moços, de exaustos caem, mas não aquele que trabalha na obra de Deus! Ele sente um renovo especial, seu sono parece revigorante e ele dorme como uma criança, e de manhã está totalmente disposto!

Jesus também havia cofiado uma missão aos discípulos. O texto paralelo, em Lucas, nos diz que os discípulos também saíram pelas cidades de Israel. Observe que Jesus não se preocupou muito, não vigiou de perto suas ações. Ele simplesmente deixou os discípulos com essa missão e foi para as cidades deles, isto é, aquelas cidades em que os discípulos mesmos não iriam. Senão, que sentido haveria de instruí-los que procurassem pousada na casa de outros?

Essa é outra coisa maravilhosa que aprendemos sobre Jesus: enquanto os discípulos iam fazer a obra que haviam recebido, Cristo mesmo cuidou de ensinar e pregar nas cidades deles, onde viviam seus familiares e amigos. Que alegria saber que, quando obedecemos a Deus, Ele mesmo já providenciou o cuidado do que deixamos para trás! Deus chama uma família com filhos pequenos para trabalhar em missões, numa tribo distante: Ele já cuidou da educação que essas crianças terão!

Observe também que Cristo ensinava e pregava. Ensinar ou pregar não bata: precisamos das duas coisas. Você vai aos cultos mas não participa da escola dominical? Você gosta muito de estudar a Bíblia com livros, mas não freqüenta uma assembléia dos santos? Não se engane, precisamos das duas coisas!

Que Deus nos abençoe cada dia com mais conhecimento da pessoa de Jesus, pois essa é a vida eterna! Amém.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jesus e a hospitalidade

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom podermos receber a Palavra de Deus em nossos corações, todos os dias! Podemos assim conhecer melhor a Deus, e Ele pode assim fazer parte de nós e nos levar a uma vida real, espiritual e piedosa! Pelo conhecimento dEle, e por Ele nos transformar, Ele nos supre amplamente a entrada no Seu reino eterno!

“Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo. E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o se galardão” (Mt 10:40-42).

Esse texto é muito precioso e gracioso, porque Jesus está terminando as Suas orientações aos discípulos, que em breve sairiam por Israel pregar o Evangelho do Reino e praticar serem iguais ao seu Mestre. Logo, eles estariam vivenciando em primeira pessoa aquilo que eles viam Jesus fazer! Devia ser uma sensação tão boa!

Jesus, então, lhes dá uma última instrução, que serve como verdadeiro incentivo: as pessoas que recebessem aos discípulos, e que fossem hospitaleiras com eles, estaria na verdade recebendo o próprio Jesus, porque Jesus os havia enviado. E assim, estariam recebendo o Pai também, pois o Pai enviou o Filho. As pessoas iriam tratar bem os discípulos, caso os recebessem como verdadeiros enviados de Deus, porque seria como se estivesse recebendo o próprio Senhor da glória!

Da mesma forma, Jesus ensina que essas pessoas iriam ser galardoadas, recompensadas, pelo auxílio que dessem aos discípulos. Se os recebessem em casa, ou mesmo lhes dessem um copo de água fria para refrigerar do calor e do cansaço da viagem, as pessoas iriam estar colaborando com o crescimento do Reino de Cristo na terra, e certamente Deus as abençoaria por isso. Ora, isso não é Deus premiando Seus próprios dons? Ele envia Seu Filho para fazer o bem e trazer salvação, e ainda dará mais àqueles que agirem com gratidão!

Jesus também garante isso para que Seus discípulos estejam confiantes de que foram enviados por Deus e que, mais do que eles, o que importa é que o Evangelho de Deus esteja sendo recebido. Algum discípulo poderia perguntar: “mas Senhor, eu sou o menor dos discípulos, e a pessoa portanto terá o menor galardão!” Mas Jesus já responde a essa objeção, quando diz, “por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão”.

Ó discípulos de Cristo, estejam confiantes! Mais do que a aceitação ou rejeição que vocês receberem, lembrem-se que é Cristo que está sendo proclamado. Ele os enviou para que vocês fossem como Ele é!

O cristão hoje não deve pensar de forma diferente. Ainda que ele não se considere, nem deva, um apóstolo, que ele pelo menos seja um discípulo e esteja confiante de que foi Cristo quem o enviou. Que ele esteja confiante de que deve proclamar as boas-novas do Messias e receber um galardão semelhante. Oh, como é bom podermos imitar a Jesus!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Jesus e a família

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom poder conhecer a Jesus, através da Palavra de Deus! As Escrituras são precisas e nada omitem a respeito do Salvador. O mesmo não podemos dizer de certos homens, ou talvez de nosso próprio coração enganoso. Que nosso conhecimento sobre Cristo seja dado por Deus e não por fábulas engenhosamente engendradas!

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e a sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á” (Mt 10:34-39).

Jesus advertia a Seus discípulos sobre as dificuldades que eles haveriam de encontrar por seguir a Ele, e as dificuldades enquanto cumpriam as ordens do Senhor. As pessoas teriam resistência. As pessoas odiariam e se oporiam. Pessoas da própria família deles! Cristo mesmo enfrentou a oposição de familiares durante Seu ministério, porque lemos: “nem mesmo os seus irmãos criam nele” (Jo 7:5). Não devemos esperar uma recepção melhor se confiamos em Cristo e buscamos obedecer a Deus!

E, de fato, essa é a guerra mais angustiante que um homem pode ter: discutir com familiares é realmente frustrante. Na sua família estão pessoas que você conhece muito bem, e que te conhecem muito. Quem dera os inimigos estivessem longe, e pudéssemos não sentir tanta simpatia por eles! Quem dera não conhecessem nosso intimo tão bem!

Jesus usa a afinidade entre o pai e o filho, a filha e a mãe, a nora e a sogra para afirmar quão próxima e quão terrível seria essa disputa. Não são familiares distantes, que moram longe, mas o pai, o irmão, o filho, com quem vivemos boa parte da vida, que se opõem mesmo a que vivamos como Deus nos prescreve!

Porém, Cristo deve ser mais importante para nós que a nossa própria família. Não devemos deixar de obedecer a Cristo para obedecermos a um pai incrédulo. Não devemos amolecer diante do pedido ímpio de um filho que possa nos tirar do Seu caminho. Devemos suportar com paciência a perseguição, mesmo a que vem da própria família, a fim de percebemos o que Jesus deve ter sofrido, e como o Pai deve se sentir quanto aos rebeldes.

Não somos nós, porém, que devemos lutar e fazer outros sangrar por causa da fé. Se possível, no que concerne a vós outros, tende paz com todos os homens. Mas não aceite a paz que negocia o Evangelho, ou a obra que Deus He confia, pois essa não é uma paz verdadeira! Esteja disposto a ser humilhado, a sentir vergonha, por causa de Cristo, e isso provocado pelos seus mesmo. Esteja disposto a ser amaldiçoado; você não espera menos de alguém que carrega uma cruz. Você ama mais a sua família ou a Cristo?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Jesus e a nossa confissão

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Que alegria e segurança sermos de Jesus! Que bom que Ele está em nós e nós estamos nEle! Deus quando olha para nós, vê Cristo nos envolvendo e estamos seguros. E os homens, quando olham para nós, será que suspeitam que é Cristo quem vive?

“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10:32, 33).

Esse texto é uma continuação das exortações que Jesus está dando aos Seus discípulos antes de enviá-los. Depois de lhes dizer aonde ir, como se hospedarem, como se guardarem dos homens maus, e o dever de terem coragem de anunciar a verdade, Cristo também lhes ordena que professem sua fé por Ele.

Ora, Jesus, fazendo todas estas coisas os discípulos já não estariam professando a sua fé? Bom, talvez não necessariamente. Note bem que Jesus também acabou de falar do dever de temermos a Deus. Deus é absolutamente soberano, e a Sua exigência de O confessarmos, depois de entendermos Seu poder e Sua autoridade, e da Sua proteção que Ele nos dá, soa mais como algo do tipo: “Sejam coerentes! Existiria algo melhor para vocês fazerem? Deus tem todo o poder; porque vocês não haveriam de obedecê-lO?”.

Sabedores, no entanto, do cuidado que o Pai tem por nós, porque haveríamos de negar a Jesus? Sabedores do amor com que Ele nos amou, iremos carregar a Sua vergonha, também fora da porta!

No entanto, como fazer isto? Negar ou confessar a Jesus pode ser feito de várias formas, mas certamente negá-lo ou confessá-lo com os lábios é a primeira. Mas Pedro negou três vezes a Jesus quando Ele foi para ser crucificado; Jesus negou a Pedro diante do Pai? Não! Por quê? Porque Pedro havia andado com Jesus, e por isso as pessoas afirmavam que ele era um dos Seus discípulos.

O contrário também pode acontecer, e Jesus nos avisou disso em Mt 7:21-23: pessoas que confessam Jesus com os lábios e fazem obras em Seu nome, que, no entanto, não fazem a vontade do Pai, e Cristo não os conhece, nem jamais os conheceu.

O que verdadeiramente importa, e a confissão que realmente é verdadeira, é aquela em que Cristo vive em nós. É aquela em que imitamos o Senhor encarnado, e seguimos os Seus passos. É aquela confissão do discípulo que abandona todo e O segue. É mais simples e ao mesmo tempo mais perigoso que simplesmente dizer “Senhor Jesus!”, é mais simples e ao mesmo tempo mais perigoso que fazer milagres e profetizar em nome do Mestre: é sermos iguais a Ele.

Jesus deseja que sejamos como Ele é, e Ele exige isso como confissão de fé, porque sabe que a melhor forma de demonstrarmos que confiamos plenamente em alguém é quando imitamos essa pessoa. Nós confiamos plenamente em Cristo? Nós demonstramos isso aos homens, vivendo com o mesmo caráter dEle, sendo Ele que vive em nós? Que Deus nos dê essa graça! Amém.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Jesus e a soberania de Deus

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom saber que Deus tem o controle de todas as coisas! Nada acontece, nem mesmo um passarinho cai, se essa não for a vontade de Deus. Quanto mais as coisas que acontecem na nossa vida! Podemos descansar plenamente nEle enquanto vivemos para a Sua glória!

“O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o em plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados. Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valei vós do que muitos pardais” (Mt 10:24-31).

Jesus está dando mais orientações aos Seus discípulos, continuando as que vimos nas últimas duas postagens. Agora, Ele começa a falar sobre os homens maus, que haveriam de destratar e ameaçar a vida dos discípulos enquanto eles faziam o que Cristo os havia mandado fazer.

Primeiro Jesus afirma que esses perseguidores teriam discípulos e que todos seriam muito maus. Sendo eles seguidores ou servos desses homens maus, haveriam de ser tão maus quanto seus próprios senhores e mestres. Nós também devemos ser capazes de fazer tal discernimento: se uma pessoa obedece com alegria alguém que é mau, essa pessoa também é má. O servo do homem mau deve sempre ser bom e fazer o bem (I Pe 2:18-20); caso contrário, se peca, será mau como seu senhor humano.

Nós também temos de entender o convite do Mestre, de sermos iguais a Ele, aqui. O discípulo deve buscar ser igual ao seu mestre, e nós devemos buscar sermos iguais a Jesus! Não faria sentido O chamarmos de Mestre se não fosse com esse objetivo. Nós O seguirmos para andarmos nas Suas pisadas.

Jesus nos chama a proclamarmos a verdade para que todos possam ouvir. A luz não é colocada debaixo de uma caixa de papelão, para ficar escondida, mas em cima, no teto para iluminar todo o ambiente. Nós também devemos pregar a verdade toda, completa, de forma clara e de forma a que todos possam ter acesso a ela.

Nós também não precisamos ter medo das adversidades e dos homens maus. Proclamando a verdade, as pessoas que vivem na mentira se sentirão insultadas pessoalmente, e tentarão nos calar. Principalmente porque, em geral, são essas as pessoas que detêm o poder neste mundo tenebroso que jaz no maligno. Mas Jesus nos diz para não termos medo dessas pessoas.

Nós não precisamos ter medo dessas pessoas, nem dos problemas e adversidades, porque Deus é soberano. Deus é quem todos nós devemos temer, porque Ele pode tanto fazer o corpo quanto a alma perecerem no inferno, isto é, Ele é o único que pode aplicar a justiça verdadeira que todos merecemos. Antes de temer aos homens e deixar de proclamar a verdade, devemos fazer como os apóstolos, e entender que antes importa obedecer a Deus que aos homens (At 4:19, 20). Que Deus nos abençoe para que façamos assim! Amém.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Jesus nos chama a O imitarmos

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Como é bom sabermos que todas as coisas que Jesus nos diz, todas as Suas instruções para nós, são para que sejamos como Ele é! Ele nos diz como devemos agir e como nos comportarmos diante desse mundo que nos odeia como odiou a Ele mesmo. Que bom saber, do Mestre, o que devemos fazer!

“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobo; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas; por minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós. Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filhos; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem” (Mt 10:16-23).

Jesus agora está prestes a enviar os Seus doze discípulos para uma missão especial. Eles haveriam de sair por Israel e Cristo os estava preparando. E a primeira orientação dEle é quanto ao caráter que os discípulos deveriam ter: prudência e simplicidade. Porque? Porque os discípulos correriam perigos, e deveriam tanto evitar problemas pela sabedoria quanto pela inocência, assim como Ele mesmo fazia.

Jesus não corria atrás de problemas, os problemas corriam atrás dEle. Ele porém tanto era sábio para responder Seus acusadores e adversários quanto era plenamente inocente e ninguém poderia convencê-lo de pecado ou apontar alguma falha nEle. Nós também devemos ser assim, como o Senhor! Essa é uma ótima forma de evitar problemas com o mundo: sendo prudente e inocente.

Jesus sabia que os discípulos iriam ter de ficar face a face com as mais diversas pessoas, desde gentios até importantes membros da sociedade e do estado. Ele os orienta a dependerem inteiramente na atuação do Espírito Santo a fim de pregarem e darem testemunho de Cristo. Jesus mesmo dependia do Espírito a fim de poder dar exemplo para nós, e o Espírito veio sobre Ele no Seu batismo. Nós também devemos confiar a nossa pregação não a métodos ou esquemas, mas a Deus o Espírito, que certamente nos auxilia.

Jesus também sabia dos efeitos que o Evangelho provoca aonde quer que chegue: espada, guerra, divisões, mortes. O verdadeiro Evangelho não é o anúncio de uma paz que não existe, mas de uma guerra cuja paz só pode ser alcançada por Cristo, dando-a a nós pela graça mediante a fé. O Evangelho também transforma a pessoa que recebe a Jesus, e isso pode gerar ódio, especialmente das pessoas que amavam o velho homem que ali havia.

Nós devemos nos preparar, como discípulos de Jesus, a sermos prudentes e sábios, cuidadosos dos homens maus, dependendo do Espírito para testemunhar a quem quer que seja e esperarmos ódio e contendas, assim como Ele. Deus derrame mais graça sobre nós! Amém.