sábado, 24 de março de 2012

Jesus é sensível

Graça e paz vos sejam multiplicadas! Os Evangelhos são excelente fonte de informação sobre Jesus Cristo. Estamos agora nos dirigindo para o terceiro grande discurso de Jesus, o discurso das parábolas. Apesar de o sentido das palavras de Jesus não ser direto, isso apenas nos revela mais uma característica do Senhor e, em especial, da Sua encarnação.

“Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar; e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. Quem tem ouvidos [para ouvir] ouça” (Mt 13:1-9).

A primeira coisa que percebemos é que “naquele mesmo dia”, isto é, no mesmo dia em que ele expulsou o demônio, e os fariseus tiveram grande discussão com Jesus, Ele continuou pregando. Provavelmente Ele havia curado o endemoninhado em Sua própria casa, em Cafarnaum, e agora, atendendo às grandes multidões que se reuniam em volta dEle, o Mestre vai para um espaço mais aberto, a fim de que todos O possam ouvir.

As multidões seguiam a Jesus constantemente. Estamos, agora, num momento crucial do ministério de Jesus, quando Ele vai começar a ser menos popular e não veremos tanto as multidões. Mas, por hora, vale notar que muitas pessoas se impressionavam ainda com Jesus, não só pelos sinais que Ele fazia, mas pelas palavras que Ele dizia, e como tinha coragem e autoridade ao debater com os escribas e fariseus.

Jesus, então, começa a apresentar a famosa parábola do semeador ao povo. Parábolas são uma grande fonte de informação: Jesus pode com elas afirmar, simultaneamente, várias coisas. As parábolas de Jesus são tiradas da vida ordinária e comum das pessoas, coisas que elas poderiam observar o tempo todo, e, assim, poderiam se lembrar e refletir sobre o que Ele havia dito. A semeadura era trabalho conhecido e muitíssimo comum: assim, as pessoas não se esqueceriam nem deixariam de meditar nas coisas que Ele haveria de dizer.

Cristo usava as parábolas para comparar a realidade visível com o mundo espiritual. Não nos deteremos na interpretação da parábola agora, que é assunto para amanhã; hoje, nos contentamos em perceber a sensibilidade de Jesus: Ele encarnou, foi reconhecido em forma humana. Como a maioria do povo, Se tornou um servo. As parábolas são a forma que Jesus encontrou de “encarnar” as realidades espirituais, fazer o divino ser entendido pelo humano.

A encarnação da realidade espiritual que Cristo queria apresentar dificilmente poderia ser melhor; mesmo alguém que jamais tenha ouvido a explicação da parábola pode perceber que Jesus está fazendo distinção entre diferentes resultados. É um convite à reflexão mais profunda de assuntos e circunstâncias triviais. É olhar para as pequenas coisas e com elas apreender um universo inteiro de sabedoria, inteligência e conhecimento. Como Jesus é sensível! Que possamos aprender com Ele a sermos assim também! Amém.

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